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PR/RJ/SP Mara Martins no Oito e Nove / Anna Bella Geiger no Tomie Ohtake
ANO 4 - N. 79 / 26 de julho de 2004



NESTA EDIÇÃO:
Ana Maria Tavares no Tomie Ohtake, São Paulo
Anna Bella Geiger no Tomie Ohtake, São Paulo
Augusto Sampaio no Memorial, Curitiba
Mara Martins no Oito e Nove, Rio de Janeiro
Encontro de Filosofia e Cinema na Maison de France, Rio de Janeiro
ARTE EM CIRCULAÇÃO
O rito é o tiro por Rubens Pileggi Sá


Ana Maria Tavares

Enigmas de Uma Noite com Midnight Daydreams (da série Dream Stations)

27 de julho, terça-feira, 20h

Instituto Tomie Ohtake
Av. Faria Lima  201
(Entrada pela Rua Coropés)
Pinheiros  São Paulo
11-6844-1900
www.institutotomieohtake.com.br
Terça a domingo, das 11 às 20h.
Exposição até 2 de setembro de 2004.

Veja o texto de imprensa.

Este material foi enviado por Marcy Junqueira (marcyjunqueira@uol.com.br).
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Anna Bella Geiger
Obras em Arquipélago

27 de julho, terça-feira, 20h

Instituto Tomie Ohtake
Av. Faria Lima  201
(Entrada pela Rua Coropés)
Pinheiros  São Paulo
11-6844-1900
www.institutotomieohtake.com.br
Terça a domingo, das 11h às 20h.
Exposição até 5 de setembro de 2004.

Veja o texto de imprensa.

Este material foi enviado por Marcy Junqueira (marcyjunqueira@uol.com.br).
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Augusto Sampaio
Interferência Memorial de Curitiba

27 de julho, terça-feira, das 19 às 21h

Memorial de Curitiba
Rua Claudino do Santos  s/nº
Curitiba   PR
41-322-1525
fcc@fcc.curitiba.pr.gov.br
http://www.fundacaoculturaldecuritiba.com.br
Terça a sexta, das 9 às 18h; sábados, domingos e feriados, das 9 às 15h.
Exposição até 22 de agosto de 2004.

Sobre o trabalho do artista.

Veja o texto de Leon Kossovitch sobre o artista.


Este material foi enviado por Confraria 248 (confraria248@uol.com.br).
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Mara Martins
A Flor Da Pele

27 de julho, terça-feira, 20h

Espaço de Arte Projeto Oito Nove
(Shopping Cidade)
Rua Siqueira Campos  143  loja 89  2º Pav.
Copacabana   Rio de Janeiro
21-2256-9479
projetooitonove@hotmail.com
Terça a sexta, das 12 às 20h; sábados, das 10 às 14h.
Exposição até 2 de Setembro de 2004.
Coordenação: Beanka Mariz e Sandra Portto

Veja o texto de imprensa.

Veja o texto A Flor da Pele, de Agnaldo Farias.

Este material foi enviado por Silvana de Oliveira (siloliveira1@brfree.com.br).
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Encontro de filosofia e cinema
O Cinema que Pensa

Exibição
A Grande Testemunha (Au Hazard Balthazar), de Robert Bresson

Performance
Joana&Miguel

Exibição dos curtas
Ave, de Paulo Sacramento
Quimera, de Eryk Rocha & Tunga


Debate
O Artista Como Pensador
Com Adrián Cangi, João Luiz Vieira, Luiz Renato Martins, Paulo Sérgio Duarte, Tunga e Juan Posada


Apresentação
Duo Sacopã

27 de julho, terça-feira, 17h

Maison de France
Av. Pres. Antonio Carlos  58  Castelo
Rio de Janeiro
21-3974-6699

Concepção: Paula Gaitan Juan Posada
Organização: Paula Gaitan, Juan Posada e Eryk Rocha


Este material foi enviado por Paula Maria Gaitan (paulamaria_g@hotmail.com).
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ARTE EM CIRCULAÇÃO

O rito é o tiro

RUBENS PILEGGI SÁ

Palíndromos - A história é essa: tudo o que vai, vem. O que sobe, desce. No poema é assim: "nasce/ morre/ renasce/ remorre". E também já se disse que tudo faz parte de uma circularidade onde não há começo, meio e fim, mas tudo parte de um grande movimento onde não há perdas, sobras, nem desperdício. Criar pode ser, também, destruir. Fazer pode ser, também, desfazer. Ir pode ser voltar. Ave Eva! Tudo vira palíndromo na maga mão do mestre.

Luis Andrade, é um cara do Rio de Janeiro, mestre da UFRJ, artistas dos bons, que sabe trabalhar sempre o vai e vem das coisas. O rei da frase que vai e volta como se essa nem saísse do lugar. Fizemos o palíndromo com o número 69. Porque de ponta cabeça ele continua sendo ele mesmo sem tirar nem pôr. Mas há outros, muito bons, que ele já fez há algum tempo: "sem sêmem nem mês és". Ou: "é legal! flagele! legal! flagele!". E ainda: "lusíadas. uma musa. daí sul". E: "o nabucodonosor... o sono do cubano", "imã giro origami", "após a gorda droga, sopa", "o cínico, o cínico, o cínico", etc.

Leia a continuação, veja a imagem e faça o seu comentário no Arte em Circulação:
http://www.canalcontemporaneo.art.br/arteemcirculacao/archives/000213.html


TEXTOS DO E-NFORME:

Ana Maria Tavares no Tomie Ohtake
 
A obra é fruto do projeto inédito, Criatividade: Ação e Pensamento, realizado em parceria com a Fundação Carlos Chagas, que coloca professores e alunos  acompanhando processo de criação da artista para aprofundar o ensino da arte. Ocupando 350 m2, a instalação “Enigmas de Uma Noite com Midnight Daydreams (da série Dream Stations)”, 2004, especialmente desenvolvida para o Instituto Tomie Ohtake, discute, segundo a artista, como as idéias de trânsito e passagem - ligadas também às noções de velocidade, de imediatismo, dos fluxos intensos e das redes que marcam nossa era - têm gerado nas pessoas ainda mais angústias, aflições e desejos interiores. “Em meu trabalho recente venho tratando poeticamente as idéias relativas ao homem e seu trânsito solitário pela vida e a base desse trabalho artístico está, principalmente, na tentativa de refletir a respeito da busca incessante da humanidade pelo controle e domínio de sua própria cultura material e tecnológica”.

A instalação é composta por poltronas-leito em couro e plástico injetado, cabines com áudio, piso revestido em fórmica, espelho e música ambiente. Conta ainda, como peça central, com Midnight Day dreams, 2004, projeção realizada em proporções de cinema, a partir de imagens em movimento, capturadas em 16mm, há setenta anos atrás, por um capitão da Marinha Mercante alemã, o Capitão Schenk, em suas inúmeras viagens de Hamburgo a Buenos Aires. O material bruto utilizado - vários rolos de filmes trazidos da Europa exclusivamente para essa obra - foi recuperado e editado sob direção da artista. Segundo Agnaldo Farias, Ana Maria Tavares atualiza a noção de natureza-morta, trazendo-a para os objetos e ambientes típicos da vida contemporânea. “Apoiando-se na ambivalência do termo [natureza-morta], que tanto aponta para o caráter imóvel das coisas representadas quanto para o fato de que elas possuem uma “vida silenciosa”, a artista constrói objetos e instalações, que nos alertam não só sobre a vida oculta de tudo que existe, mas também sobre a maleabilidade das noções de tempo e espaço”, escreve o crítico.

Esta obra de Ana Maria Tavares marca o encerramento da primeira edição de um programa inovador, realizado ao longo de um semestre, que colocou um grupo de alunos e professores em contato com o processo de criação da artista, ao mesmo tempo em que trabalhou sua própria produção. Criatividade: Ação e Pensamento, concebido pelo Instituto Tomie Ohtake, com apoio da Fundação Carlos Chagas, reuniu seis escolas - três públicas e três privadas -, da região de Pinheiros, nas quais os seis respectivos professores de artes escolheram os 30 alunos que com eles participaram da experiência. “Este trabalho tem como propósito a investigação pedagógica e da criação artística para trazer algo novo no processo da arte”, declara Ricardo Ohtake, diretor do Instituto.

Os trabalhos realizados pelos alunos e professores no curso, orientado por Stela Barbieri, diretora de Ação Educativa do Instituto Tomie Ohtake, e coordenado pela professora Marcia Cirne Lima, com aulas baseadas na formulação de Ana Maria Tavares, serão também exibidos no ateliê, paralelamente à mostra da artista.

A preocupação em registrar cada passo deste grande work in progress, já uma marca do Instituto Tomie Ohtake em todas as suas atividades, foi ainda maior neste projeto e por isso será revertida em preciosos documentos. O processo de criação de Ana Maria Tavares resultará em um livro - com textos do crítico Agnaldo Farias, que acompanhou de perto cada etapa da obra - e em um vídeo (Júlio Taubkin). O desenvolvimento do trabalho dos alunos também estará registrado em livro (Marcia Cirne Lima e Glória Kok, Glória Maria Santos Pereira e Yara Lúcia Espósito da Fundação Carlos Chagas, fotos de Laura Gorski) e em vídeo (Pedro Barbieri). Todos estes registros serão lançados em novembro, por ocasião do 30o aniversário de criação da Fundação Carlos Chagas.


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Anna Bella Geiger no Tomie Ohtake

Esta exposição, uma antologia luminosa e irrequieta de Anna Bella Geiger, demonstra a trajetória de uma artista que tem na experimentação o fundamento de sua obra, construída com liberdade por meio dos mais variados suportes. “... poucas obras são tão independentes como a de Anna Bella Geiger, que convidam a uma circulação maior de sentidos, a uma aberta exploração de suas camadas mais subterrâneas”, escreve o curador da exposição, Adolfo Montejo Navas. A mostra reúne a produção de quatro décadas (1960 até 2204), apresentando 88 obras, algumas muito pouco conhecidas, além de uma seleção de novos trabalhos em linguagem próxima ao poema-objeto, realizados em 2001, 2002 e 2003. Entretanto a exposição não é cronológica. “No arquipélago de formas que se desenha procuram-se os interstícios e sintonias que há entre as obras como um continuum”, escreve o curador.

São desenhos, pinturas, gravuras, objetos, vídeos, fotografia, fotomontagens, entre outros meios, que revelam o que pode construir uma artista que não caminha em linha reta. Para o curador do Instituto Tomie Ohtake, Agnaldo Farias, as diversas experiências da artista produzem ressonâncias que progridem em direções variadas, e não são coisas que de imediato se perceba como que encadeadas umas às outras. Mas em ANNA BELLA GEIGER – obras em arquipélago estas questões tornam-se mais próximas por meio da competente curadoria de Navas que dividiu a exposição em três segmentos: Territórios no qual se estabelece a vinculação entre cartografías exteriores e interiores (dos mapas e do corpo); Passagens onde estão registradas as obras que repousam neste trânsito, quando a dúvida do território faz-se mais presente, o que inclui até a natureza de sua pintura; e Situações são as obras-passagens que respondem a circunstâncias e motivos concretos. Para o curador, estes princípios benjaminianos já estão incluídos na obra da artista, mas aqui são “repotenciados” como conceitos operativos, de grande simbologia.

Anna Bella Geiger nasceu no Rio de Janeiro, em 1933. Sob orientação de Fayga Ostrower a partir de 1948 iniciou sua formação artística, em 1948. Fez língua e literatura anglo-germânicas na Faculdade Nacional de Filosofia da Universidade do Brasil, RJ, e estudou história da arte no The Metropolitan Museum of Art, em Nova York. Em 1954 realizou a sua primeira exposição individual em Toronto, Canadá.  De 1960 a 1965, participou do ateliê de gravura em metal do MAM-RJ. Com a série de gravuras vicerais participou da IX Bienal Internacional de São Paulo. Deu aulas no MAM/RJ, de 1968 a 1973, e em 1974 na Columbia University. Já recebeu a bolsa da John Simon Guggenheim Memorial Foundation (1983) e a Bolsa Vitae de Artes (1999/2000). Publicou com Fernando Cocchiarale, o livro Abstracionismo Geométrico e Informal: A Vanguarda Brasileira nos Anos Cinqüenta (1987). Já foi curadora de duas exposições A Gravura de Arte no Brasil: Proposta para um Mapeamento (1992), no CCBB-RJ, e da exposição Apropriação/Autoria (1995), na Universidade Federal Fluminense em Niterói.


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Augusto Sampaio no Memorial de Curitiba

Interferência Memorial de Curitiba caracteriza-se por duas ações simultâneas e complementares: a primeira será em área interna ao espaço expositivo, enquanto a outra, em área externa, adjacente ao local do evento.

Ação Interna: construção de um painel (1,50 x 10,0 m) com 60 sinais gráficos que resultam da variação e combinação sucessiva de dois registros elementares: linhas verticais e horizontais. Este léxico, que atualmente está em progressão, reúne até o momento cerca de 200 registros construídos em xilogravura.

Ação Externa: fixação direta nos muros e paredes em áreas adjacentes ao Memorial de Curitiba de totens e frisos elaborados especialmente para esta intervenção. Estes totens e frisos caracterizam-se pela repetição serial, tanto na dimensão vertical (totens) quanto na horizontal (frisos), de alguns registros selecionados do alfabeto apresentado na área interna.

Interferência Memorial de Curitiba é também a reação de um artista diante da complexidade que a vida urbana adquiriu nas grandes cidades.

Augusto Sampaio

LEON KOSSOVITCH

As xilogravuras de Augusto Sampaio ora se concentram como o que, em interiores, existe por ser contemplado, ora se expandem, em exteriores, como o que espreita àquele que se torna contemplador. Isoladas como motivos geométricos e reunidas em painéis que as combinam, as gravuras hiperbolizam-se como minimalidades de horizontais e verticais, impressas com cores não menos restritas; nos painéis, a autonomia de cada gravura fica preservada por procedimento justapositivo de montagem que elide compensações neutralizadoras de composição. Embora, conceitualmente, tais tabuleiros tenham, assim, ampliadas suas possibilidades, a combinatória não valoriza a pureza da geometria, pois a exatidão, estando no efeito óptico, pertence aos acidentes da matéria: incapazes de resultado preciso, as técnicas mecânicas de reprodução perdem-se na mesmice óptica, que torna indiferentes os elementos da combinatória. Como técnica das pequenas diferenças, a xilogravura atinge, pelo trabalho do formão na madeira, clareza com os acidentes que dinamizam a tectônica das verticais e horizontais. Esse despojamento não cai no ornamental, pois, recusando-se a preestabelecer significados, Augusto Sampaio é geômetra por não ser geômetra e intérprete sem sê-lo: suas gravuras instituem contemplador ativo, desejoso, ou não, de significações. Na rua, porém, o contemplador está desativado, acedendo a esta posição se, e somente se, olhado pela gravura. Colada a muro ou portão, sobre fachadas ou pixações, a gravura espreita o passante desavisado e, desarmando-o, surpreende-o: tocado pelo olhar, este se refaz, contemplando-os, significando-os, como cenários em que a cidade se expõe. É pela potência de estranhamento da gravura que contemplador e cidade ganham existência: a demonstração desta pela xilogravura, Augusto Sampaio a tira da estratégia do abandono de locais movimentados, entregues ao lambe-lambe, porque o olhar só assombra longe de cartazes arengantes, no claro silêncio de uma cidade que acorda como contemplação.


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Mara Martins no Oito e Nove

O projeto oito nove, novo espaço de arte contemporânea inaugura a exposição temática "arte e mercado", arte enquanto mercadoria e suas relações de produção. A artista convidada Mara Martins vai exibir A FLOR da PELE, trabalho produzido a partir do corpo tatuado de Beanka Mariz, criando íntima integração com a temática.

Beanka Mariz é uma das coordenadoras do projeto oito nove junto com Sandra Portto, ambas artistas plásticas.

O espaço de arte projeto oito nove realizará ao longo do ano exposições individuais e mostras coletivas, facilitando um maior fluxo de artistas e circulação de obras no mercado do Rio de Janeiro. Um dos objetivos desse espaço de arte é dar oportunidade a novos artistas não só do eixo Rio - São Paulo, mas criar conexões com artistas de todo o Brasil.
Paralelo a essa programação o projeto oito nove agendará uma mostra individual por semestre com artista convidado ou selecionado por uma curadoria para desenvolver um projeto baseado em temáticas atuais.

A Flor da Pele

AGNALDO FARIAS

Beanka faz de sua própria pele um campo no qual progressivamente vai semeando imagens. A tessitura microscópica e cambiante, a maciez, os poros ínfimos que arejam os estratos situados logo abaixo da superfície e por onde também escorrem as gotas de suor, a penugem leve e rala que em alguns pontos se concentra e se converte em pêlos grossos, a tonalidade cambiante do rosa que se desmaia em subtons amarelados como nos pés e mãos, e que se eleva sutilmente com a passagem azulácea das veias, enfim, todos os infinitos segredos que esse corpo, como de resto qualquer corpo, traz à flor da pele, em Beanka revelam-se ainda mais enigmáticos, uma vez que ela o transforma num campo fértil onde viceja um misterioso jardim de formas e cores, os amavios que enredam nosso olhar, flecham nosso fascínio em tocá-lo, percorrê-lo lentamente com a vista e o tato.

Beanka (e Sandra) convidou Mara a expor seus trabalhos, o que para um artista é o mesmo que ser convidado a se expor. O que expor? A saída de Mara foi uma resposta à altura, uma retribuição exata à autora do convite: um índice da repercussão da sua pele nos outros e que consistem em pequenos travesseiros que trazem estampados frações do corpo tatuado; vistas do tronco nu, abraçado e confundido em galhos verdes, rosas e borboletas azuis.

Mara, com sua maneira peculiar de transpor o íntimo, o delicado, eventualmente o pequeno, para outros suportes e dimensões, como desenhos, bordados ou, como neste caso, imagens impressas sobre tecido, tenta garantir que, nessas passagens, as perdas sejam as menores possíveis. Afinal, o que restaria de um corpo transposto em imagem, subtraído de sua substância e de seu aroma? Ao se referir às visões do corpo tatuado da amiga, a artista, em contrapartida, produziu um pequeno corpo acetinado e macio, um volume recheado de nuvem no qual se pode pousar a cabeça e sonhar. No reverso desse objeto suave, tão familiar e ao mesmo tempo tão grávido de estranheza e poesia, encontramos, pela ponta dos dedos, como a encurtar a distância do corpo ausente, a carícia aveludada do feltro. Cor da pele, naturalmente.
Agnaldo Farias.


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