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Alexandre Sá

Registrado em: Domingo, 1 de Mai de 2005
Mensagens: 2

Enviada: Ter Mai 03, 2005 2:20 am Assunto: soon, we'll be without the moon

Sabe Ana, é curioso.
Não nos conhecemos pessoalmente, mas resolvi te escrever pois fico pensando sobre estas questões estrangeiras a poética do artista, sabe?

Este perceber de coisas que parece tão sem afeto sem que isto tenha que ser obrigatoriamente Polyana.

Meio questão apenas de amor à justica....

E um certo costume diante de umas práticas sistêmicas que de certo modo, me parecem também estrangeiras. Como eu a elas. Sem que isto seja redundante.

E nós a nós mesmos já que não nos vimos pessoalmente por este grau de virtualidade, em que creio ser difícil uma resposta, ou um questionamento, ou uma angústia..

Tem uma carta da Lygia pro Mondrian, que diz assim.... bem baixo ao pé do ouvido:

"Mondrian, se sua força pode me servir, seria como o bife cru colado neste olho sofrido para que ele veja o mais depressa possível e possa encarar esta realidade às vezes tão insuportável - 'o artista é um solitário'. Não importam filhos, amor, pois dentro dele ele vive só. Ele nasce dentro dele, parto difícil a cada minuto, só irremediavelmente só. Você seria talvez a chuva que molha a flor que nasceu na areia ou no asfalto, se você prefere, pois é cidade e não natureza."

É um pouco isto de reconhecer parceiros sem que redundante irremediavelmente não traga o marketing como índice em nossas cabeças de todos os dias.

Apenas vontade de ir para antes das palavras e saber da responsabilidade que é isto e responsabilidade esta longe mesma da cruz que um dia criara-se em nossos radinhos de pilha.

Sabe, hoje no ofício-chitoninho apareceu um grupo de três pessoas boas e índole São Francisco da turma da humanização. Achei ótimo, mas pensei que isto fosse inviável de precisar de uma trupe de conscientização que se dispusesse a saber que travesseiro novo é sem culpa e alecrim.

Nós, __________________ (complete a frase) viemos do lá de cá da Khôra, ou de qualquer outro nome que nos satisfaça em teoria justificada.

Embora o inominável seja franco e risonho como um bebê.
E apesar da miséria ratificada dos pratos de alguns vizinhos de mim mesmo.
Sem ser frase decorada.

Profissão de fé, se Hegel ainda nos permite dizer.

E sistema também, nada ingênuo sem que implique em transformar-se num popruto

Sem que eu precise sentir uma culpa católica por pedir pro povo votar no Patinho para a Bienal no C.Contemps.

Sem que eu precise de alguma distância para dizer que ainda gosto de ti apesar de toda a distância de pouca identidade. A ti que já não sabemos mais quem somos, no xadrez sem vitória e sem derrota e sem fórmula 1.

Vontade de tissuname - Khora fêmea sem que isto seja redundante

Nem de ter que sentir bochecha vermelha por mandar beijo para a moça que me apresentou o texto do Mondrian numa série de pesquisas, nem do menino que um dia pensou que não fosse tão importante ao ponto de ficar conosco até o fim dos dias, nem a linda menina de cabelos luz que escreve a tese e o povo fica na torcida.

Quebra de protocolo como moldura.

Generoso de afeto sem que isto necessite da trupe dos humanizadores que tal vez acreditem num partido político sempre separado.

De onde nos olhamos, a festa lá fora é para ver o apartamento este.
id éficil?.
Aqui eu e tus todos na noite húmida e não menos forte e não menos justa.

Os cadáveres que se preparem porque o caminhão de lavar o chão ainda sabe que pode refrescar o asfalto, mesmo que ele não seja da prefeitura do campus.

Rede.
Sem que isto implique em Ployanna odiosa (é com dois ns?)

Porque amanhã é sempre outro dia por mais clichê que pareça.
E repleto de brisa

Abs
Alexandre Sá

Prá quem que eu dedico a música do videokê?

Fernando Cocchiarale, Anna Bella Geiger, ( que não conheço ), Ana Holck (que (já é?) nos vimos), Clarisse Tarran (que eu amo) e Paulo Venâncio (em qualidade).(sem que isto implique em vaselina)

Para Ana Lu e Lívia Flores.

E para minha
ouvinte lá de Campo Grande.

E para o Alex Ham, que é um luxo!

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