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Cobertura do jornal O Globo

 
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Canal Contemporâneo



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MensagemEnviada: Sex Jul 01, 2005 3:06 am    Assunto: Cobertura do jornal O Globo Responder com Citação

Intriga no Sérgio Porto

Matéria de Ana Wambier publicada originalmente no jornal O Globo, na capa do Segundo Caderno de quinta-feira, 23 de junho de 2005

Uma polêmica está rondando o Espaço Cultural Sérgio Porto. A causa da querela é a troca inesperada de comando na curadoria das galerias de arte da instituição. O novo responsável, Luís Cancel, indicado pelo secretário das Culturas, Ricardo Macieira, anulou uma seleção do júri anterior, que já tinha chegado a um resultado com os nomes dos artistas que participariam de exposições ao longo deste ano no Sérgio Porto. A decisão de fazer uma substituição como essa no fim de todo o processo curatorial está causando indignação de parte da classe artística.

As galerias do Sérgio Porto são disputadas porque funcionam como um pequeno salão carioca: todo ano, artistas novos na cena contemporânea das artes plásticas são apresentados ao público em exposições individuais ou coletivas. Embora a polêmica em torno da programação de 2005 tenha sido inflamada agora, ela começou em fevereiro, com a nomeação de Cancel.

Dois meses antes, em dezembro de 2004, a diretora da Divisão de Artes Visuais do RioArte, Cláudia Saldanha, fez um convite à artista plástica Anna Bella Geiger e ao crítico de arte Fernando Cocchiarale para que os três juntos fizessem a seleção e curadoria dos portfólios enviados pelos artistas.

Primeira seleção tinha 49 artistas

Dos quase 200 inscritos, o trio escolheu 49 projetos. Depois de godo o trabalho feito, um decreto de Ricardo Macieira nomeou Luís Cancel como o novo responsável pela curadoria. Sem que Anna Bella Geiger ou Fernando Cocchiarale fossem comunicados, uma nova seleção começou a ser formada. E os pró-labores dos dois não foram pagos pela prefeitura.

Ao assumir o cargo, Cancel anulou a ata do resultado anterior e avaliou ele mesmo os trabalhos inscritos, escolhendo outros artistas para compor as galerias. Desta vez, foram pinçados apenas 13 artistas.

— Nós fomos convidados para fazer o trabalho. Depois de tudo, ninguém nos procurou para dar uma explicação do que estava acontecendo. Não somos mais crianças para sermos tratados assim. Pelo que me informaram, na nova lista constam pessoas que não apresentaram portfólio, foram convidados por fora. Não sei que critérios foram tomados. Mudaram as regras. Mas não compete a mim julgá-las — disse Anna Bella.

O secretário Ricardo Macieira, falando sempre na terceira pessoa, explicou que sua decisão buscava transparência no processo.

— Ninguém entende mais do sistema do Sérgio Porto do que o secretário Ricardo Macieira, que está há 12 anos no comando da cultura nesta cidade — disse ele de si mesmo. — Eles disseram que não receberam o pró-labore? Cadê o contrato? Eu desconheço.


O secretário disse ter escolhido Cancel porque quer mudar o modelo de seleção do Sérgio Porto para uma fórmula mais democrática.

— No próximo ano, o Cancel deverá escolher de cinco a seis pessoas para fazer a curadoria, com o resultado divulgado no Diário Oficial. Neste ano ele fez sozinho porque está na transição. Antes, tinha uma suposta transparência. Eu decidi fazer essa troca porque tenho pavor de “panelinhas”. Tinha muita gente que ia me procurar para reclamar da maneira como as coisas eram feitas antes — defendeu o secretário, que, apesar das mudanças, manteve Cláudia Saldanha em seu cargo. À frente da Diretoria de Artes Visuais do RioArte, ela é a responsável oficial pelo processo de seleção do Sérgio Porto.

As galerias de 2005 abrem no fim do mês com as exposições de Chico Cunha (do Rio) e Miguel Trelles (de Nova York). Nenhum deles havia enviado portfólio para o Sérgio Porto, mas foram convidados por Cancel, que manteve, na programação de 2005, seis artistas da lista de Anna Bella e Cocchiarale: Alexandre Monteiro, Marcelo Moscheta, Isabel Löfgren, Albano Afonso, Mauro Espíndola e Cézar Migliorin.

Indignados, os artistas começaram a manifestar suas opiniões num fórum pela internet e chegaram a sugerir uma anulação judicial da nova seleção.

— Não houve oficialmente um edital público, mas uma manifestação de vontade por parte da Cláudia Saldanha em avaliar junto com a Anna Bella e o Cocchiarale os portfólios enviados. Mesmo que não tenha saído publicado em Diário Oficial, é uma manifestação de caráter oficioso na medida em que está sendo feita publicamente pela diretora de um órgão público. Eu acho é que o Sérgio Porto queimou o filme — disse a artista plástica Cláudia Hersz.

Segundo Cláudia Saldanha, sua situação foi a mais difícil, uma vez que ficou entre a decisão da prefeitura e a indignação dos artistas.

— Óbvio que não me sinto confortável tendo iniciado um processo e não ter podido concluí-lo. Mas tem que se entender que este é um cargo político, o de curadoria, sujeito a esse tipo de mudança a qualquer momento. Mas a maneira como tudo foi feito é meio... Isso poderia ter sido evitado, poderia ter sido feito com mais antecedência — disse Cláudia Saldanha.

Ernesto Neto faz manifesto

As mudanças também provocaram artistas que nada tinham a ver com o processo de seleção do Sérgio Porto, como Ernesto Neto, que chegou a escrever um manifesto em repúdio às decisões da prefeitura.

— O grande problema nacional é a fragilidade institucional. O fato de uma comissão ter o seu trabalho abortado e jovens artistas terem seu “sonho” dissolvido já é lamentável. Mas o que acontece é que, amanhã, quando a prefeitura lançar um novo edital, qual será a credibilidade que ela vai ter, que jovem artista sério vai ter confiança e se dedicar a desenvolver um projeto para submeter à prefeitura? A irresponsabilidade do ato autoritário começa a destruir uma obra institucional — escreveu Neto em um documento que tornou público na internet.

No meio de toda a discussão, chegou-se a levantar a suspeita de que Cancel, que é marido de Regina Miranda, diretora do Centro Coreográfico da prefeitura, teria sido indicado ao cargo por questões políticas. O que o secretário nega.

— Ele foi convidado pela qualidade de seu currículo. É um profissional competentíssimo que já trabalhou nas melhores instituições internacionais — diz Macieira, sem se lembrar dos nomes de tais instituições. — Se fosse uma escolha política, já o teria colocado em 2000.

Embora Macieira não se lembre de memória, Cancel tem, efetivamente, um currículo chamativo. Nova-iorquino de origem porto-riquenha, ele foi secretário de Cultura de Nova York, entre 1991 e 1994. Em 2002, atuou como consultor internacional do Museu de Arte Moderna do Rio.

Artistas recusados falam em deselegância

Com apenas 25 anos, Cancel trabalhou como diretor-executivo do Museu do Bronx, onde ficou por 13 anos. Também foi diretor da Cayman Gallery, uma galeria especializada em arte latino-americana no SoHo. Formou-se em artes plásticas no Pratt Institute (Nova York), e estudou no Massachusetts Institute of Technology (MIT). Além disso, tem mestrado em administração de museus pela Universidade de Nova York e em administração pública por Harvard.

Artistas são recusados em e-mail público

Independentemente do currículo, um pequeno detalhe ajudou a piorar a disposição dos artistas a entender o que estava se passando no Sérgio Porto. A secretária de Cancel enviou, a todos os 163 artistas que tiveram o trabalho recusado na segunda seleção, uma correspondência eletrônica explicando as razões para a rejeição dos seus respectivos trabalhos, o que foi considerado deselegante.

— Tudo o que aconteceu resume uma situação de falta de moral e ética que estamos vivendo nesta cidade e neste país como um todo. Se não fizermos algo pelo menos com relação ao nosso próprio meio de trabalho, ficará cada vez mais difícil viver por aqui. Acredito ser essa uma obrigação de todo cidadão: exigir ética e transparência das instituições públicas. Não falo isso por recalque. Estou em outras duas exposições no Paço Imperial e no Paço das Artes. Falo por civilidade — disse a artista Ana Holck, uma das que haviam sido selecionadas por Anna Bella e Cocchiarale, mas que acabou não fazendo parte da nova seleção de Cancel.
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MensagemEnviada: Sex Jul 01, 2005 3:11 am    Assunto: Responder com Citação

Artistas que vão expor no Sérgio Porto ficam em situação embaraçosa

Matéria de Ana Wambier publicada originalmente no Segundo Caderno do Jornal O Globo, no dia 28 de junho de 2005

Os artistas que vão expor nas galerias do Espaço Cultural Sérgio Porto estão numa “sinuca de bico”. Selecionados para as exibições pelo novo curador das mostras, eles não podem aproveitar o momento porque parte da classe artística os acusa de compactuar com o secretário das Culturas, Ricardo Macieira, que decidiu nomear Luís Cancel para o cargo depois que a antiga curadoria, formada por Cláudia Saldanha, Anna Bella Geiger e Fernando Cocchiarale, já havia chegado a um resultado, que foi invalidado.

- Eu acho que é assim que acontece: as pessoas mandam seus portfólios para os salões podendo ou não serem escolhidos. Os artistas têm é que fazer os projetos comprometidos com seu trabalho. Agora vai questionar porque não foi selecionado? - defendeu a artista plástica Sandra Schechtman, uma das escolhidas por Luís Cancel e que não constava na lista de Cláudia Saldanha, Anna Bella e Cocchiarale.

Artistas se manifestam em fórum na internet

A discussão a respeito da troca de curadorias começou a ser comentada por artistas em abril no site Canal Contemporâneo, onde a mediadora Patrícia Canetti colocou a questão para que todas as partes se manifestassem a respeito do que ocorria no Sérgio Porto.

Os mais revoltados com a troca dos jurados no meio do processo curatorial comentaram que os artistas selecionados por Luís Cancel deveriam unir-se a eles e protestar também. Do contrário, alegaram, estariam rachando o movimento e deixando de exercer a civilidade.

Como escreveu a própria Patrícia, “ao descartar a seleção anterior, Cancel passa por cima dos curadores e dos artistas, rejeitando um compromisso institucional, como se nada houvesse antes da sua presença. Compartilham desta condição os artistas selecionados por ele, que, dizendo que não podem mudar esta situação, passam a contribuir para o tratamento de gado dispensado a eles mesmos”.

No site, um dos artistas escolhidos por Cancel, Cézar Migliorin, questiona se o fato de o curador fazer a sua própria escolha deve ser mesmo considerado um absurdo. “A não ser que participar de uma concorrência seja uma forma de compactuar”, respondeu ele.

- Eu penso que as pessoas deveriam sentar para resolver a coisa de forma mais adulta. Do contrário, ficaremos todos à mercê de uma coisa mal resolvida, não declarada. Não estou defendendo apenas um dos lados, mas acho que também estou no meu direito de poder expor. O que acontece é que somos extremamente desunidos. Eu apenas lamento tudo isso - disse Clarisse Tarran, também escolhida pela segunda seleção.

Embora o projeto de sua obra já estivesse definido antes de toda a confusão gerada em torno da seleção do Sérgio Porto, a obra de Clarisse é, por assim dizer, eloqüente para o momento: chama-se “Eu falo” e trata dos diversos tipos de fundamentalismo. Serão três instalações, sendo uma delas em vídeo. Em uma das peças que serão apresentadas pela artista na galeria do Sérgio Porto, há uma estátua coberta por um tecido que se parece com uma burca.

Outra obra que parece estar em sintonia com a discussão formada é a do artista Mauro Espíndola, que também vai expor nas galerias este ano. Sua obra consiste em grandes prateleiras cheias de recipientes de vidro semelhantes àqueles de farmácias antigas. Nessas vasilhas, os rótulos indicam antídotos para diversos males sociais. Em um dos vidros, há a inscrição: Antifóbico coletivo para fuxico.

- O Luís Cancel foi escolhido para o cargo e tem todo o direito de querer fazer a seleção ao gosto dele. É legítimo. Além disso, ele tem um ótimo currículo, já foi secretário de cultura de Nova York e é uma pessoa extremamente competente. Acho que a comunidade artística do Rio ganha com gente como ele trabalhando aqui. É um novo olhar para o meio. Isso pode ser muito rico - afirmou Sandra Schechtman.

Editado pela última vez por Canal Contemporâneo em Dom Jul 03, 2005 5:33 pm, num total de 1 vez
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MensagemEnviada: Dom Jul 03, 2005 5:32 pm    Assunto: Confusão no Sérgio Porto provoca desligamento de diretora do Responder com Citação

Confusão no Sérgio Porto provoca desligamento de diretora do RioArte

Matéria de Ana Wambier publicada originalmente no jornal O Globo, sábado, 1º de julho de 2005

Em meio à crise das galerias do Espaço Cultural Sérgio Porto, a diretora da Divisão de Artes Visuais do RioArte, Cláudia Saldanha, responsável por coordenar o processo de seleção dos artistas plásticos que lá expõem, pediu demissão do cargo. A causa do desligamento, explicou, foi a descontinuidade no trabalho de curadoria que vinha elaborando ao lado de Anna Bella Geiger e Fernando Cocchiarale.

O cancelamento das decisões tomadas pelo trio foi provocado por Luís Cancel, nomemeado para o cargo de curador do Sérgio Porto pelo secretário das Culturas, Ricardo Macieira. No comando da seleção, Cancel invalidou a escolha do júri anterior e definiu a sua própria.

Na carta de desligamento que Cláudia Saldanha diz ter enviado ao presidente do RioArte há mais de 15 dias, ela afirma ter ficado insustentável permanecer no posto, uma vez que estaria corroborando com práticas que julgou desrespeitosas.

— Não me identifico com a atual curadoria. Eu me senti desrespeitada e achei que a atitude foi também um grande desrespeito com os curadores Anna Bella Geiger e Fernando Cocchiarale, e com os artistas que já haviam sido selecionados — disse Cláudia Saldanha.

Cancel se explica em carta na internet

O novo curador das galerias, Luís Cancel, fez divulgar na internert uma carta em que justificava a razão de ter rejeitado a seleção de Anna Bella, Fernando e Cláudia.

Neste documento, Cancel diz: “Após ter aceito o convite do secretário, fui então ao RioArte para conhecer a Sra. Claudia Saldanha, que me informou haver feito uma revisão dos portfólios enviados à instituição com Anna Bella e Fernando, mas também me informou que esta seleção não era oficial e que a listagem dos escolhidos ainda não havia sido divulgada”.

— Eu nunca disse que a seleção que eu tinha feito com Anna e Fernando não era oficial. O fato de convidar essas duas pessoas com a importância delas já mostra que eu não estava simplesmente revisando as obras enviadas pelos artistas — disse Cláudia Saldanha, que em resposta, decidiu também escrever uma carta que tornou pública no site do Canal Contemporâneo.
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MensagemEnviada: Qui Jul 14, 2005 2:02 pm    Assunto: Estréia discordante no Sérgio Porto Responder com Citação

Estréia discordante no Sérgio Porto

Matéria de Ana Wambier publicada originalmente no jornal O Globo, quinta-feira, 14 de julho de 2005

As galerias de arte do Espaço Cultural Sérgio Porto, agora sob o comando do nova-iorquino Luís Cancel, foram reabertas esta semana com a exposição Chino/Latino. A primeira das seis mostras que ocuparão o espaço até janeiro do ano que vem é composta por obras do brasileiro Chico Cunha e do porto-riquenho Miguel Trelles.

No início do ano, a nomeação de Luís Cancel para o cargo de curadoria das galerias do espaço causou uma crise no meio das artes plásticas. Sua indicação produziu a saída da artista plástica Anna Bella Geiger e do crítico de arte Fernando Cocchiarale, que estavam justamente na função de curadores das galerias. A troca de nomes por parte da Secretaria das Culturas aconteceu sem maiores explicações. Ambos (Anna e Cocchiarale) haviam sido convidados para o trabalho pela então diretora da Divisão de Artes Visuais da RioArte, Cláudia Saldanha, que, em junho, pediu demissão do cargo.

Paisagem é a temática que predomina nas obras

A exposição Chino/Latino ocupa os dois andares do espaço e tem a intenção de promover um diálogo entre as obras de Chico Cunha e Miguel Trelles.

— O trabalho dos dois tem temas muito próximos. Achei pertinente esse intercâmbio. Embora bastante diferentes entre si visualmente, o trabalho dos dois passa por uma temática semelhante. São dois caminhos paralelos que passam pela mesma direção mas com vocabulários diferentes e particulares — explicou Luís Cancel.

As dez telas de Miguel Trelles e as seis de Chico Cunha (todas essas pertencentes a uma série que o pintor fez na década de 90) tratam de temas relativos a paisagens e são inspiradas, em certos aspectos, numa visão espacial própria da pintura chinesa, que abandona a idéia de perspectiva ocidental.

Os trabalhos de Trelles são, em geral, muito brilhantes e coloridos. Suas pinturas usam tinta acrílica, óleo, nanquim e até mesmo carvão. Já as obras de Chico são mais translúcidas graças à técnica encáustica (espécie de preparado de cera misturado a pigmentos) utilizada nas telas. As paisagens geográficas são também criadas com instrumentos próprios da xilogravura. Todas as obras de Chico expostas na galeria pertencem a coleções particulares ou a acervos de museus, como o MAC de Niterói.

Para a exposição no Sérgio Porto, Trelles preparou uma tela (“Parabéns Guajiro a Cunha”) especialmente para fazer um contraponto com seu par, Chico Cunha.

— Pintei-a em menos de três semanas para fazer parte da mostra. Não conhecia a obra de Chico e fiquei encantado — explicou.

Tanto Chico Cunha como Miguel Trelles foram convidados por Cancel mesmo estando à parte do processo de seleção pelo qual passaram os outros artistas: eles não enviaram portfólios para a instituição.

— Na maior parte respeitei o processo. Todos os outros artistas que vão expor ao longo do ano enviaram portfólios. Mas o curador sempre tem a opção de convidar artistas que julga apropriados. Achei relevante e interessante para os moradores do Rio conhecerem o trabalho particular de paisagem dos dois pintores.

Os artistas plásticos que ficaram revoltados com o processo de seleção de Cancel ainda pensam em produzir um abaixo-assinado.

— Eu acho essa exposição de abertura um equívoco curatorial. A proposta do Sérgio Porto sempre foi mostrar a produção atual, recente. Não é uma proposta museológica. A partir do momento em que se expõem trabalhos feitos há mais de dez anos e que pertencem a coleções particulares, a exposição foge do seu caráter primordial, que é mostrar obras inéditas, com frescor — defendeu a artista plástica Ana Holck.
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