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Lisette Lagnado assume a 27ª Bienal de SP

 
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Canal Contemporâneo



Registrado em: Quarta-Feira, 31 de Dezembro de 1969
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MensagemEnviada: Qui Mai 19, 2005 12:11 pm    Assunto: Lisette Lagnado assume a 27ª Bienal de SP Responder com Citação

Lisette Lagnado assume a 27ª Bienal de SP

FABIO CYPRIANO

Matéria publicada originalmente na Folha de S. Paulo, em 19 de maio de 2005.

Lisette Lagnado. Nos próximos 16 meses esse é o nome da curadora mais assediada no país, graças ao cargo para o qual acabou de ser eleita, ontem, como responsável pela 27ª Bienal de São Paulo, que tem início previsto para setembro de 2006. Lagnado terá quatro co-curadores: Cristina Freire, do Museu de Arte Contemporânea da USP, a espanhola Rosa Martinez, atual co-curadora da Bienal de Veneza, Adriano Pedrosa, co-curador do Insite 05, José Roca, da Biblioteca Lis Angel Arango, em Bogotá, na Colômbia, além de Denise Grinspun, responsável pela ação educativa.

Segundo Lagnado, 44, "a Bienal terá um número reduzido de artistas, para que cada um possa comparecer com um conjunto representativo de seu trabalho". O tema, "Blocos sem Fronteiras", parte da definição de artista construtor: "Tomo emprestada essa idéia de Hélio Oiticica, para quem construtor é uma figura capaz de modificar a maneira de ver e de sentir, mas sem rezar pela cartilha do formalismo".

A Bienal será organizada em sete blocos, em vez de núcleos e segmentos, conceito também desenvolvido a partir das idéias de Oiticica, nesse caso das Cosmococas. "Elas tinham idéia de conglomerado, e bloco é bloco de Carnaval, portanto uma palavra que dá noção de coletivo. Bloco também tem uma conotação política", diz.

Os sete blocos terão artistas brasileiros, antecipados por seminários internacionais, de acordo com as seguintes temáticas: Conglomerado em Construção, Novas Formas de Participação na Arte: Parcerias, Participação e Trocas; Porque Tantas Ruínas e Vontade de Memória; Do Cinetismo às Participações Sociais; Filmes de Artistas e Documentários; O Acre: de Território a Estado; e Marcel 30, uma homenagem ao 30 anos da morte do artista belga Marcel Broodthaers (1924-1976).

Segundo Lagnado, a mostra não terá os núcleos históricos, "por orientação da própria direção da Bienal, que considera essa uma missão já bem cumprida e que a instituição deve valorizar o que está para vir".

O processo de escolha, inédito na Bienal, foi desencadeado pelo presidente da instituição, Manuel Francisco Pires da Costa, que indicou uma comissão curatorial, composta por Elizabeth Machado, Evelyn Berg Ioschpe, Eleonora Mendes Caldeira e Maria Ignez Corrêa da Costa Barbosa, que indicaram quatro curadores para apresentarem projetos e escolheram uma equipe externa para avaliar tais projetos. Aceitaram o pedido Anna Maria Belluzzo, Paulo Venâncio e Lagnado.

Anteontem e ontem, os curadores da comissão de seleção estiveram reunidos em sistema de videoconferência para tomar a decisão, após entrevistar os candidatos. Os membros dessa equipe foram os brasileiros Paulo Herkenhoff e a historiadora Aracy Amaral, mais a norte-americana Lynn Zelevansky, do County Museum de Los Angeles, o espanhol Manuel J. Borja-Villel, diretor do Museu de Arte Contemporânea de Barcelona, e João Fernandes, do Museu de Arte Contemporânea de Serralves, no Porto.

O resultado coincide com enquete realizada pelo site Canal Contemporâneo que, ontem pela manhã, indicava Lisette Lagnado com 55% de aprovação, num total de 93 votantes espontâneos.

Segundo Pires da Costa, a próxima edição da mostra também terá entrada gratuita, a exemplo da última edição, que bateu o recorde de público, com 917 mil visitantes.

Editado pela última vez por Canal Contemporâneo em Qui Mai 19, 2005 12:18 pm, num total de 1 vez
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Canal Contemporâneo



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MensagemEnviada: Qui Mai 19, 2005 12:16 pm    Assunto: Lisette Lagnado é a nova curadora da Bienal de SP Responder com Citação

Lisette Lagnado é a nova curadora da Bienal de SP

Matéria originalmente publicada no estadao.com.br em 19 de maio de 2005.

A escolha do curador foi feita mediante avaliação dos projetos apresentados por três curadores e avaliados por uma comissão especializada

São Paulo - O nome de Lisette Lagnado para ser a curadora da 27.ª Bienal Internacional de São Paulo foi escolhido por uma comissão de especialistas na área, um processo inovador proposto pelo presidente da Fundação Bienal, Manoel Francisco Pires da Costa.

A comissão estudou o projeto de três candidatos: e a decisão foi tomada por meio de uma videoconferência realizada ontem. A escolha foi o curador Paulo Venâncio, professor de arte da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), a curadora independente Lisette Lagnado, mestre em Comunicação e Semiótica (PUC/SP), doutora em Filosofia pela Universidade de São Paulo (USP), a curadora Ana Maria de Moraes Belluzzo, professora de história da arte na Faculdade de Arquitetura da USP e Lorenzo Mammì, diretor do Centro Universitário Maria Antonia. Mammì saiu da disputa, alegando não poder se desligar do seu trabalho no Centro Maria Antonia.

Fizeram parte da comissão julgadora a professora de história da arte na USP e ex-diretora da Pinacoteca do Estado Aracy Amaral, o diretor do Museu Nacional de Belas Artes do Rio e ex-curador da Bienal Paulo Herkenhoff, a curadora e coordenadora do Departamento de Arte Moderna e Contemporânea do Museu de Arte de Los Angeles, Lynn Zelevansky, o diretor do Museu de Arte Contemporânea de Barcelona Manuel Borja-Villel e o diretor do Museu de Arte Contemporânea de Serralves, no Porto, João Fernandes.

Lisette Lagnado, nascida em Kinshasa, no Congo, e naturalizada brasileira, iniciou sua carreira em 1981 como editora da revista Arte em São Paulo, foi repórter de artes plásticas na Folha de S. Paulo (1990-91). Sua primeira curadoria, A presença do Readymade, no MAC/USP, foi premiada pela APCA (Melhor Exposição do Ano, 1993). Em 1993, fundou, com a ajuda de amigos e familiares do artista, o Projeto Leonilson, com a catalogação de sua obra, uma retrospectiva itinerante e o livro Leonilson. São tantas as verdades (DBA, 2ª edição). Em 1994, publicou o livro Conversações com Iberê Camargo (esgotado) e foi curadora da Sala Especial em sua homenagem na II Bienal do Mercosul (1999), destaque entre suas várias curadorias. Durante três anos, foi Coordenadora do website Programa Hélio Oiticica, que sistematizou cerca de 80% da produção teórica do artista (www.itaucultural.org.br), permitindo que pesquisadores do mundo inteiro pudessem ter acesso a um material inédito. Atualmente é curadora-coordenadora na equipe do Programa Rumos Artes Visuais, Itaú Cultural.
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