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Como atiçar a brasa

 


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fevereiro 17, 2009

Para diretor do CCSP, decisão é resultado de diálogo e reflexão por Silas Martí, Folha de S.Paulo

Matéria originalmente publicada na sessão Ilustrada do jornal Folha de São Paulo, em 13 de fevereiro de 2009.

Procurado pela reportagem para comentar a retirada da obra do artista João Loureiro, o diretor do Centro Cultural São Paulo, Martin Grossmann, enviou um texto em que defende que a decisão "foi resultado de um processo de diálogo, transparente, e de reflexão acerca não só da arte, mas da prática cultural institucional".

Leia a íntegra a seguir:

"Centros culturais não são museus, são equipamentos culturais plurais. O Centro Cultural São Paulo não é qualquer centro cultural: seu projeto, sua arquitetura, sua atuação na cidade e seu uso diferem substancialmente de outros espaços semelhantes. É, talvez, o espaço cultural mais democrático da cidade.

Mais do que receber público, abriga usuários que se apropriam de seus ambientes, criam pertencimento com o local, participam ativamente. Uma verdadeira multidão (em média, 2.000 pessoas por dia) ocupa de maneira diversa as dependências de sua arquitetura aberta e transparente que estimula o livre acesso ao conhecimento e à cultura.

Mas não é só: há também um grupo de usuários formado por cerca de 450 funcionários, responsáveis por um equipamento público de 46 mil metros quadrados. De 2007 a 2008, operacionalizamos e finalizamos um processo de reforma administrativa cujo planejamento foi iniciado na gestão à frente do centro cultural do atual secretário de cultura do município, Carlos Augusto Calil (2001 a 2004).

Essa nova estrutura administrativa possibilitou, entre outros ganhos: a integração das cinco bibliotecas em torno da praça das bibliotecas; a inclusão do deficiente visual nesse ambiente com a transferência para o local da biblioteca Louis Braille; um programa modelar de acessibilidade; novas formas de mediação cultural e educativa; o primeiro serviço Wi-Fi gratuito em um equipamento cultural público; a integração da programação artística e cultural; a integração técnica dos quatro acervos (Coleção de Arte da Cidade, Arquivo Multimeios, Discoteca Oneyda Alvarenga e Missão de Pesquisas Folclóricas), bem como a implantação de um novo espaço administrativo que hoje abriga por volta de 200 funcionários.

Foi este novo espaço de trabalho que o artista João Loureiro escolheu para realizar sua obra site-specific. O convite para idealizar uma obra inédita em diálogo com as particularidades físicas, conceituais, funcionais e discursivas do centro cultural visava uma maior cumplicidade e interação entre os artistas e a instituição.

Ocorre que, por se tratar de uma obra que comenta criticamente aspectos da prática institucional, acabou provocando, nesse contexto (fora dos espaços de exposições considerados como neutros), uma série de reações ligadas ao seu conteúdo e intencionalidade.

Nomear de "fantasma" o espaço administrativo no momento em que toda a equipe vem trabalhando incansavelmente para sua revitalização, investindo todos os esforços na qualificação e expansão de sua programação e atendimento ao público, provocou uma reação adversa no seio da instituição.

Entendemos que a retirada antecipada da obra foi resultado de um processo de diálogo, transparente, e de reflexão acerca não só da arte, mas da prática cultural institucional. A obra correspondeu à proposta da curadoria e, esperamos, às intenções do artista, cumprindo assim seu propósito. A instituição também cumpriu seu papel garantindo a produção e exposição da obra, até o limite aqui exposto."

Posted by Ana Maria Maia at 3:18 PM | Comentários(4)
Comments

O fato é que a obra colocou todos como fantasmas, não só os funcionários que estão ao pé da estrutura administrativa, mas também os que estão acima. É o tipo de proposta do artista que não traz novidade, não tem graça, a narrativa e redundante...
Todos nós sabemos que no corpo institucional da cultura desse país existem coisas tão misteriosas que só o diabo sabe... Não são fantasmas e sim espécies de cupins!
Localizar ninhos não é fácil, às vezes os malandrinhos estão fora do local infectado, coisa para especialistas... Não seria mais interessante o artista contextualizar o cenário visual com cupins? Sugestão ao nome da obra “Território dos cupiniquins”.

Posted by: Roberto Silva at fevereiro 17, 2009 5:05 PM

Não há melhor divulgação para uma trabalho do que ser retirado da exposição. Parabéns, agora o trabalho está ampliado, jogado nos veículos de circulação de massa, alçou vôos para além do CCSP.
Adorei o trabalho João Loureiro!

O silêncio emudece, sufoca, o grito sempre vai reverberar!

Viva os escandalosos e inflamados!

Posted by: Clarissa Borges at fevereiro 19, 2009 3:48 PM

A imagem é teatral quase cinematográfica. O branco esconde a existência humana, a vida parece não estar ali. A poética, de certo modo contestadora, se estabelece em um cenário dúbio: corpo objeto, corpo abjeto. Onde estaria “o fantasma” de João Loreiro?

Bacana, a repercussão...! Ainda mais quando se ganha... Por outro lado, o que não é bom para o trabalho em questão é a falta da critica, não essa politicamente correta dos senhores de cima... A quebra faz falta, pois é ai que formamos um norte, o rumo para a discussão desse território que produz arte...
O genial Luiz Paulo Baravelli, em uma reportagem respondeu o que achava do cenário da arte hoje “Um nevoeiro. A extrema liberdade que desfrutamos é boa, com certeza, mas nos coloca muito distantes uns dos outros e não há um “cenário’, não há ‘uma arte’ e não há um ‘Brasil’”. Existem indivíduos soltos no espaço."
Esse apontamento, essa mediação colaborativa é necessária interessa.

Viva a crítica! Viva a reação dos espectadores de baixo! Viva João Loreiro por sua provocação espetacular...! Viva os vivos...!!!

(Hoje uma arvore que estava na Praça General Oliveira Álvares em SP veio abaixo, caiu sobre dois carros parados no farol. A causa da queda repentina e surpreendente foi a infestação de cupins na raiz)

Posted by: Roberto Silva at fevereiro 19, 2009 6:09 PM

Recordação da casa dos mortos

Antes de partir pro Rio com a minha fantasia de fantasma, a mesma usada na foto do João Loureiro, foto a que me dispus a participar porque trabalho no ccsp, gostaria de falar alguma coisa a respeito da questão.
Me ocorreu intitular, isto, a que estou chamando de carta, com o mesmo título do livro do Dostoiévski por alguns motivos. Pra citar apenas dois, fico com a relação que o trabalho do João Loureiro tem com a literatura "universal", e a ambientação dos romances do autor russo que tantas vezes se inspirou no funcionalismo público para esmiuçar a complexidade dos tipos humanos e suas redes de relações. É muito lamentável, e aí dá vontade de citar outro título do autor russo... é "uma história lamentável" que as assombrações afloradas por leituras tão baratas da obra do João Loureiro, possam ter um poder tão devastador em um processo, no qual me vejo engajada, de garantir um espaço público capaz de acompanhar e fomentar a produção de artistas comprometidos com questões relevantes.
É mais do que sabido o quanto somos, no Brasil como um todo, carentes de formação em arte. E, por isso, é de se compreender que o trabalho "O Fantasma" possa ter sido tão mal digerido. Falta um certo treino no nosso paladar.
Bom, eu precisava compartilhar o meu pesar com aqueles que sentem o mesmo.

Posted by: débora bolsoni at fevereiro 21, 2009 4:16 AM
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