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julho 28, 2019

Convocatória Território Livre - Marcos da Memória da UNB - Inscrições

A Diretoria de Difusão Cultural (DDC / DEX /UnB), em parceria com a Associação dos Docentes da Universidade de Brasília (ADUnB) torna pública a Convocatória para uma Residência Artística Território Livre. A residência tem como propósito provocar o debate e a produção artística, tendo como tema a história da Universidade durante o período do regime militar. As inscrições estão abertas para a comunidade interna e externa à comunidade acadêmica, em todo o território nacional.

Inscrições até 22 de julho de 2019 PRORROGADAS até 30 de agosto de 2019

Território Livre Marcos da Memória da UNB
I Convocatória de Residência Artística para Elaboração de Proposta para Criação de Marcos da Memória da UnB.

A Diretoria de Difusão Cultural (DDC), do Decanato de Extensão (DEX), em parceria com a Associação de Docentes da Universidade de Brasília (ADUnB), tornam pública a:

CONVOCATÓRIA DE RESIDÊNCIA ARTÍSTICA PARA ELABORAÇÃO DE PROPOSTA PARA CRIAÇÃO DE MARCOS DA MEMÓRIA DA UNB.

Inscrições de 4 de junho a 22 de julho de 2019 PRORROGADAS até 30 de agosto de 2019

“TERRITÓRIO LIVRE” Marcos da Memória da UnB

Autonomia universitária: a Lei (nº 3.998, de 15 de dezembro de 1961) que autoriza a criação da Fundação Universidade de Brasília e o seu Plano Orientador, tem como princípio a garantia do livre exercício de cátedra, da diversidade de pensamento, de liberdades científica, artística, cultural e política. Como forma de afirmar essa essência, entre 1964 e 1985, quando a Universidade viu sua autonomia ser mais gravemente ameaçada, surge entre os discentes a expressão: “UnB: Território Livre”.

Como forma de reafirmar a Universidade de Brasília como espaço de liberdade e memória, a Diretoria de Difusão Cultural (DDC/DEX) e a Associação de Docentes da UnB (ADUnB) resgatam a expressão “TERRITÓRIO LIVRE”. Constituem os objetivos principais do projeto:

a) Marcar, por meio de sinalização, espaços e roteiros históricos do Campus Universitário Darcy Ribeiro (Asa Norte);

b) Criar espaços de convivência, de estímulo, de encontro e livre debate de ideias entre os membros da comunidade universitária.

c) Fomentar ações de memória na UnB.

1. OBJETO

Selecionar 01 (um) proponente para participar de residência artística para elaboração de proposta de marcos da memória que possam ser replicados em diferentes contextos e locais da Universidade, desde praças em espaços abertos a jardins internos aos prédios dos campi.

2. OBJETIVO

Com o objetivo de promover encontros entre pessoas e estimular o livre debate das ideias, os marcos podem servir para compor um espaço de memória, sendo acompanhados de uma sinalização própria, ou para constituir pequenos núcleos de convivência espalhados pelos campi.

3. PROPONENTES

Podem concorrer à presente Convocatória membros da comunidade interna e externa à UnB, com idade mínima de 18 (dezoito) anos.

4. INSCRIÇÃO

4.1 O (a) residente deverá enviar a Ficha de Inscrição (Anexo 1, link no site dex.unb.br), devidamente preenchida, currículo profissional, portfólio digital e carta de intenções, via e-mail (territoriolivreunb@gmail.com);

4.2 Ao se inscrever, o (a) residente receberá uma notificação, por e-mail, de confirmação de recebimento da inscrição;

4.3 No caso do (a) residente estrangeiro (a), faz-se importante levar em consideração o tempo necessário para a retirada do eventual visto de permanência para a participação da residência, que é de sua exclusiva responsabilidade:

4.3.1 A UnB fornecerá Carta-convite.

4.4 O (a) selecionado (a) deverá estar disposto (a) a atuar de maneira colaborativa com eventuais convidados e curadores, uma vez que as trocas de experiências, ideias e experimentações são a base do modo de trabalho da presente residência;

4.4.1 O envio da inscrição significa a aceitação deste regulamento.

5. SELEÇÃO

5.1 A seleção do (a) residente será realizada em duas etapas;

5.2 A pré-seleção será realizada por membros da comissão e curadores convidados;

5.3 A Comissão de Seleção levará em conta a trajetória do (a) residente; a capacidade de disseminação e/ou de desdobramentos da proposta em outros contextos e a abertura para a interação do (a) residente com o corpo técnico que atuará na residência;

5.4 O (a) residente aprovado na pré-seleção será entrevistado, presencialmente, ou via skype, em data oportuna;

5.5 O resultado da seleção será divulgado na página do Decanato de Extensão: dex.unb.br

5.6 A decisão de mérito da comissão é soberana e irrecorrível.

6. DURAÇÃO

A duração da residência será de um mês. As datas serão definidas pelo (a) artista selecionado (a) em acordo com a comissão, entre agosto e dezembro de 2019.

7. DO APOIO AO (À) SELECIONADO (A)

7.1 Hospedagem - será concedida ao residente selecionado (a) a estadia de 30 (trinta) dias em apartamento de trânsito da Universidade de Brasília, localizado no Campus Universitário Darcy Ribeiro (Asa Norte);

7.2 Alimentação - ficará a cargo do (a) residente;

7.3 Transporte - o transporte aéreo, para não residente no Distrito Federal, será oferecido pela ADUnB, em data e horários que sejam mais econômicos, desde que compatíveis com o período da residência:

7.3.1 Todo deslocamento local deve ser subsidiado pelo próprio selecionado, com exceção daquele que faça parte da programação de envolvimento da comunidade local.

7.4 Ateliê de criação e processos - o espaço para criação, produção, debate, investigação e pesquisa será o ateliê da Casa da Cultura da América Latina - CAL/UnB;

7.5 Bolsa manutenção - para custear as necessidades não preenchidas nesta Convocatória, será concedida pela ADUnB uma bolsa de R$3.000,00 (três mil reais) pelo tempo da residência:

7.5.1 A Bolsa de manutenção terá início na assinatura do Termo de Compromisso, podendo ser concedida ao final da residência.

8. DO (A) RESIDENTES

8.1 O (a) residente deve estar disposto a trabalhar de maneira colaborativa, coletiva e experimental, sendo essas as bases de produção da presente residência;

8.2 O (a) residente terá acesso ao ateliê em tempo integral e sua utilização deverá respeitar as Regras e Condições de Uso;

8.3 Fará parte do escopo de atividades do selecionado participarda organização e apresentação de oficinas, palestras e debates sobre seu processo criativo, podendo, ainda, sugerir atividades;

8.4 Cabe ao residente participar de toda programação da residência, bem como da montagem da eventual apresentação de encerramento;

8.5 O (a) residente se responsabiliza em realizar sua pesquisa, que será acompanhada por membros da Comissão- UnB e curadores;

8.6 O (a) residente selecionado (a) deverá assinar um Termo de Compromisso, comprometendo-se a aceitar o Regulamento, os Termos e Condições da Residência;

8.7 A não assinatura do Termo de Compromisso pelo selecionado implica no cancelamento da participação deste na residência:

8.7.1 O Termo de Compromisso não implica vínculo empregatício.

8.8 Cabe ao residente participar de toda a programação da residência, bem como estar presente e atuante nas atividades;

8.9 A participação do (a) selecionado (a) deve ser por período integral;

8.10 O (A) residente não poderá se ausentar de Brasília sem prévia autorização da comissão;

8.11 O (a) residente deverá assinar declaração informando ser de sua exclusiva autoria os direitos de exibição das obras a serem produzidas e expostas, bem como a cessão dos direitos de uso das imagens para efeito de divulgação, publicação e veiculação de informações e de registro de toda residência;

8.12 O (a) residente selecionado (a) ficará responsável pela preservação do espaço físico que ocupar, bem como pelos bens nele presentes;

8.13 Cabe ao (a) residente zelar pelos espaços de uso comum e individual da residência, mantendo-os fechados quando se ausentar;

8.14 É de responsabilidade do (a) residente produzir um relatório final com as especificidades exigidas pela Comissão Organizadora;

8.15 O (a) residente deverá assinar um Termo de Uso de Imagem autorizando a UnB e todos os parceiros e patrocinadores envolvidos, a utilizar sua imagem, do processo de residência e de sua obra produzida, em sua divulgação institucional, e não comercial, em todos os tipos de mídias que achar pertinente;

8.16 É de responsabilidade do (a) residente seguir todas as normas do Termo e Condições da Residência, preservando seu próprio bem-estar e dos demais presentes;

8.17 O (a) residente deve assinar termo de autorização para execução da obra proposta e cessão dos direitos autorais sobre a mesma, para a UnB.

8.18 O (a) residente deverá creditar a CATMV- UnB, CAL/DEX/UnB e a ADUnB em todas as documentações produzidas durante o período da residência e, posteriormente, quando o projeto for exposto ou divulgado.

8.19 O (A) residente deverá comunicar a CATMV- UnB, CAL/DEX/UnB e a ADUnB sobre as exposições, publicações e projetos cuja obra apareça.

8.20 O (A) selecionado (a) deverá ceder à CATMV- UnB, CAL/DEX/UnB e a ADUnB o material documental (p. ex. catálogos, publicações) referentes ao seu trabalho.

9. DA ACEITAÇÃO DO REGULAMENTO

9.1 O (a) residente, ao se inscrever, aceita todas as condições desta Convocatória;

9.2 O (a) residente será admitido (a) na Residência Artística após assinar o contrato, concordando com este regulamento e deverá assinar os Termos e Condições da Residência;

9.3 Em casos de desistência do Programa, comportamento inadequado frente às Regras e Termos e Condições da Residência, infrações referentes ao presente regulamento, o(a) residente estará sujeito (a) às sanções determinadas por esta residência, incluindo o possível desligamento do intercâmbio;

9.4 Os casos omissos serão dirimidos pela Comissão Organizadora e, a estes, não caberá recurso.

10. CRONOGRAMA (ATUALIZADO)

Inscrições:
4 de junho a 30 de agosto

Divulgação do resultado da primeira etapa da seleção:
5 de setembro de 2019

Divulgação do resultado final:
13 de setembro de 2019

Diretoria de Difusão Cultural
(Decanato de Extensão / DEX - UnB)

Acesso online - convocatória, cronograma e ficha de inscrição

Posted by Patricia Canetti at 12:28 PM

1ª edição do Edital CoMciência – Ocupação em Arte, Ciência e Tecnologia - Inscrições

Museu contempla com até R$ 15 mil projetos de arte, ciência e tecnologia: Edital de ocupação é válido para projetos de toda a América Latina

O MM Gerdau – Museu das Minas e do Metal, localizado em Belo Horizonte, abre suas portas para a ocupação criativa de seus espaços. Artistas, pesquisadores, engenheiros, matemáticos e diferentes profissionais, de toda a América Latina, podem inscrever seus projetos em áreas como biologia, telecomunicações, ciências físicas, sistemas digitais, entre diversas outras. As inscrições são realizadas até 22 de agosto de 2019, pelo site http://programacomciencia.org.br/. O edital faz parte do programa CoMciência de divulgação científica do Museu.

Edital em português está copiado abaixo, acessar online as versões em espanhol e inglês.

“O edital é uma ação ímpar de divulgação científica. Queremos abrir o espaço do Museu para que a população o ocupe e faça dele um lugar de circulação de conhecimento, de interdisciplinaridade, de desmistificação da ciência. Queremos aproximar esses conceitos da sociedade e fazer com que todos entendam que arte, ciência e tecnologia são linguagens que se integram”, afirma Márcia Guimarães, gestora do MM Gerdau.

Para Tadeus Mucelli, um dos curadores do edital, iniciativas como esta são fundamentais, pois abrem espaços para a discussão sobre a relação entre a arte, a ciência e a tecnologia junto à sociedade. “Vivemos em uma sociedade altamente envolvida nos processos técnicos com forte influência em nossa cultura. Diante disso, arte, ciência e tecnologia comportam diálogos interdisciplinares e complementares na tentativa de explicar o nosso mundo e desenvolvermos nossas habilidades perante os desafios que vão surgindo. É somente por meio de um pensamento conjunto que podemos superar diferenças conceituais e práticas da vida,” afirma. Alexandre Milagres, também curador do edital completa que “por meio deste edital o Museu demonstra seu protagonismo na divulgação científica e se alinha internacionalmente aos principais centros e instituições de pesquisa, que trabalham há algum tempo com esta convivência produtiva e criativa entre as áreas”.

Sobre o edital

O Edital CoMciência – Ocupação em Arte, Ciência e Tecnologia é uma chamada a artistas, cientistas e demais criadores e pesquisadores a proporem ocupações em espaços do MM Gerdau – Museu das Minas e Metal com projetos que transitem nos limites entre arte, ciência e tecnologia. As exposições dos projetos selecionados ocorrem entre dezembro deste ano e março de 2020.

A iniciativa conta com a curadoria de Alexandre Milagres e Tadeus Mucelli. Milagres é professor e artista digital, coordenador educacional do FAD - Festival de Arte Digital, membro do conselho curatorial da Bienal de Arte Digital, Mestre em Comunicação, pesquisador dos produtos e relações mediadas pelo digital, das relações de aproximação entre cinema e vídeo, das potencialidades artísticas e mercadológicas com a ampliação do acesso às tecnologias móveis e interativas. Foi também Presidente do Observatório da Diversidade Cultural, coordenou a UNA TV e o Núcleo de Convergência da UNA e coordenou os cursos de Publicidade e Jornalismo no UNIPAM. Mucelli é artista, curador, pesquisador e gestor de projetos em arte tecnológica e cultura digital. Possui graduação em Gestão de Organizações do Terceiro Setor pela Universidade do Estado de Minas Gerais por meio da Faculdade de Políticas Públicas (UEMG/FAPP). Mestre em Artes pelo programa de pós-graduação stricto sensu da Universidade do Estado de Minas Gerais com temática sobre a memória, preservação e patrimônio digitais. É Doutorando em Ciências da Informação pela ECI/UFMG.

Conheça o MM Gerdau – Museu das Minas e do Metal

O MM Gerdau - Museu das Minas e do Metal, integrante do Circuito Liberdade desde 2010, é um museu de ciência e tecnologia que apresenta de forma lúdica e interativa a história da mineração e da metalurgia. Em 18 áreas expositivas, estão 44 atrações que apresentam, por meio de personagens históricos e fictícios, os minérios, os minerais e a diversidade do universo da Geociências. O Prédio Rosa da Praça da Liberdade, onde funciona o espaço cultural, foi inaugurado em 1897, juntamente com Belo Horizonte. Tombado pelo Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico (IEPHA), o edifício passou por meticuloso trabalho de restauro, que constatou que a decoração interna seguiu o gosto afrancesado da época, com vocabulário neoclássico e art nouveau. O projeto arquitetônico para a nova finalidade do Prédio Rosa, que já foi Secretaria do Interior e da Educação, foi feito por Paulo Mendes da Rocha e a museografia, que usa a tecnologia como aliada da memória e da experiência, é de Marcello Dantas.

EDITAL

Edital CoMciência de Ocupação em Arte, Ciência e Tecnologia: www.programacomciencia.org.br

1 - DO EDITAL

1.1. O Edital CoMciência de Ocupação em Arte, Ciência e Tecnologia, por meio do seu representante legal, Associação Mantenedora do Museu das Minas e do Metal, com sede em Belo Horizonte/MG, e sua coordenação denominada Comissão Organizadora, responsável pela gestão e produção de todas as etapas do Edital CoMciência de Ocupação em Arte, Ciência e Tecnologia, tornam pública a todos os interessados a abertura de inscrições para o Processo de Seleção, estabelecendo os prazos e condições para participação expostos neste Edital.

1.2.O edital estará aberto para inscrições no período de 22 de junho a 22 de agosto de 2019, e resultará na seleção de propostas para ocupação expositiva do MM Gerdau - Museu das Minas e do Metal, de 12 de dezembro de 2019 a 15 de março de 2020, nas dependências desta mesma instituição, na cidade de Belo Horizonte.

1.3. O "Edital CoMciência de Ocupação em Arte, Ciência e Tecnologia" trata-se de uma ação de democratização do MM Gerdau - Museu das Minas e do Metal, por meio da ocupação criativa de seus espaços, que articule arte, ciência e tecnologia, em diálogo com a proposta de divulgação científica do Programa CoMciência e com a vocação para a produção de conhecimento, reflexão e divulgação em ciência e tecnologia.

2- DO TEMA

2.1. A temática escolhida para a 1ª edição do Edital CoMciência trata da imensidão do que ainda há para ser descoberto e do papel central da integração entre arte, ciência e tecnologia neste processo.

O Edital ComCiência é uma chamada a Artistas, Cientistas e demais criadores e pesquisadores, a proporem ocupações em espaços do MMGerdau - Museu das Minas e do Metal por meio de projetos que transitem nos limites entre arte, ciência e tecnologia, com a potência de suscitar novas perguntas à humanidade e ao mundo em que se insere e transforma. Um convite àqueles que retomam o legado de Leonardo Da Vinci, não vendo distinções sobre as formas de conhecimento. Arte e Ciência juntas, como algo capaz de mudar a realidade, propondo novos espaços e narrativas ao uso das tecnologias, deslocando nosso olhar para uma dimensão mais social e humana da ciência e de suas produções técnicas, e ao mesmo tempo, como uma forma de antever e imaginar o futuro que queremos. Este edital é um chamado àqueles que desejam compartilhar deste processo de formular questões.

O texto completo e norteador deste edital se encontra disponível em www.programacomciencia.org.br

3 - DOS TRABALHOS E PROPOSTAS A SEREM INSCRITOS

3.1 Compreende-se como trabalhos e propostas alinhados ao presente edital e alinhados ao processo curatorial os seguintes subtemas e modelos - não se limitando nem e tão somente a estes - com base nos estudos de Stephen Wilson;

a) Biologia - microbiologia, genética, comportamento de plantas e animais, o corpo, processos cerebrais-corporais, tecnologias imagéticas do corpo, medicina;

b) Ciências físicas - física das partículas, energia atômica, geologia, física, química, astronomia, ciências espaciais e tecnologia GPS, nanotecnologias;

c) Matemática e algoritmos - fractais, arte genética, vida artificial, inteligência artificial AI, ;

d) Cinética - eletrônica conceitual, instalações sonoras e robótica;

e) Telecomunicações - telefonia móvel, rádio, telepresença, web arte, netart telemática, etc;

f) Sistemas digitais - mídias interativas, realidade virtual (VR), realidade aumentada (VA), sensores alternativos – tato, movimento, olhar, características pessoais, ativação de objetos, som 3D, fala, visualização científica, visualização de dados, vigilância, sistemas de informação, IoT - internet das coisas etc;

4 - DO OBJETIVO

4.1. Objetivo Principal

4.1.1. Selecionar, através desse processo, obras e trabalhos artísticos, científicos e intelectuais de pessoas, projetos, coletivos e grupos de traballho, para ocupação criativa do MM Gerdau - Museu das Minas e do Metal via Edital CoMciência de Ocupação em Arte, Ciência e Tecnologia do Programa CoMciência, em formato de exposição, que ocorrerá na cidade de Belo Horizonte (MG/Brasil), no período de 12 de dezembro de 2019 a 15 de março de 2020.

4.1.2 Compreende-se como obras e trabalhos artísticos, científicos e intelectuais para este Edital CoMciência de Ocupação em Arte, Ciência e Tecnologia as proposições que tenham o objetivo expositivo como arte eletrônica, arte computacional, arte tecnológica e digital, artes visuais, artes sonoras, artes integradas que se proponham resultado expositivo ou trabalho continuado (working progress) abrangendo amplo espectro conceitual de propostas, como trabalhos em bioarte, computação física e quântica, visualização de dados, telemática, robótica entre outros.

4.1.3 Compreende-se que a intenção de seleção do Edital CoMciência de Ocupação em Arte, Ciência e Tecnologia seja selecionar trabalhos que envolvam os conceitos de arte e tecnociência de forma associada. Significa dizer o especial interesse por um reconhecimento comum da ciência como campo ampliado sobre a vida e a cultura nas sociedades contemporâneas. Um olhar intensificado sobre as ações do desenvolvimento e conhecimento na sociedade.

4.2. Objetivos Conceituais

4.2.1. São objetivos conceituais deste processo seletivo:

a) democratizar e ampliar o acesso à produção de conhecimento;
b) refletir sobre a produção tecnocientífica por meio das artes;
c) realizar uma programação expositiva na cidade de Belo Horizonte por meio do MM Gerdau - Museus das Minas e do Metal, capaz de veicular o que vem sendo realizado no Brasil, por artistas, cientistas, estudiosos, pesquisadores, estudantes e profissionais de diversas áreas e campos afins;
d) colaborar com a consolidação do conhecimento científico e artístico;

5 - DAS ETAPAS

5.1. O processo de seleção previsto neste Edital se divide nas 8 (oito) etapas a seguir:

Etapa Atividade Período
1 Inscrição 22/06/2019 a 22/08/2019
2 Homologação 15/08/2019 a 25/08/2019
3 Análise Curatorial, Técnica e Entrevistas 26/08/2019 a 20/09/2019
4 Divulgação dos Selecionados 20/09/2019
5 Definição de plano de trabalho 21/09/2019 a 28/09/2019
6 Contratação 21/09/2019 a 04/10/2019
7 Execução de Trabalho e Propostas 07/10/2019 a 07/12/2019
8 Exposição 12/12/2019 a 15/03/2020

6 - DAS INSCRIÇÕES

6.1 Podem se inscrever nesse edital, gratuitamente, todos os interessados, tais como artistas, cientistas, pesquisadores, criadores, produtores de conteúdo, profissionais de diversas áreas e intelectuais brasileiros e estrangeiros na forma de inscrições individuais ou coletivas (estas representadas por um único integrante).

6.2. As inscrições serão feitas exclusivamente por meio de formulário digital disponível no endereço eletrônico www.programacomciencia.org.br.

6.3. Formulários incompletos não serão validados.

6.4. Ao fazer sua inscrição, o(a) candidato(a) deverá responsabilizar-se para que o material, obrigatório ou complementar, tenha uma qualidade satisfatória (legível, compreensível, e materiais anexos e links não corrompidos) para a compreensão das propostas de trabalho por parte da curadoria.

6.5. A inscrição neste edital exige postagem de material de apoio/complementar em sites como Vimeo, YouTube, Facebook, Instagram, entre outros, ou na forma de links para download que não expirem e sejam de fácil acesso à Comissão Organizadora. Em caso de links que exijam senhas, é de responsabilidade do(a) candidato(a) a disponibilização destas no ato da inscrição para o acesso ao material.

6.6. Não poderão se inscrever neste Edital, menores de 18 anos, artistas, criadores, produtores e profissionais que sejam funcionários ou prestadores de serviço das empresas e organizações envolvidas ou de qualquer uma das empresas que fazem parte da Comissão Organizadora. Caso seja constatada tal irregularidade, mesmo que selecionado, os proponentes serão excluídos.

7 - DAS DEMAIS ETAPAS

7.1 A etapa de homologação é a etapa de confirmação de inscrições por meio de publicização de listagem de participantes validados. Em caso de não confirmação de inscrição do proponente em listagem pública promovida nessa etapa no site www.programacomciencia.org.br, o mesmo terá 5 dias para se manifestar por meio de email.

7.2 Análise curatorial e técnica é a etapa de análise pela curadoria e comissão organizadora do Edital CoMciência de Ocupação em Arte, Ciência e Tecnologia. Esta etapa envolve a análise conceitual, operacional, financeira e técnica. Nesta fase também podem ser realizadas entrevistas presenciais ou via internet com os proponentes para dirimir dúvidas sobre os projetos.

7.3 Divulgação dos selecionados é etapa de publicização dos resultados da curadoria do Edital CoMciência de Ocupação em Arte, Ciência e Tecnologia. O resultado será publicado única e exclusivamente por meio do site www.programacomciencia.org.br. Ao resultado homologado não cabe recurso à curadoria e comissão organizadora. Uma lista de projetos suplentes será divulgada a critério da comissão organizadora.

7.4 Definição de plano de trabalho é a etapa em que, conjuntamente com a curadoria e comissão organizadora, serão definidos o plano de trabalho de cada projeto, prevendo as fases de pré-produção, produção e execução da exposição. O plano de trabalho deverá ser seguido a rigor do cumprimento de contrato, sendo passível de nulidade em caso de descumprimento pelo selecionado, ficando a critério da comissão organizadora a seleção de projeto suplente.

7.5 Contratação é a etapa de formalização com base no plano de trabalho desenvolvido e acordado com definição de prazos, obrigações e direitos.

7.6 Execução de trabalhos e propostas é a etapa de pré-produção e produção de trabalhos conforme cronograma de execução definido no plano de trabalho. Nesta fase, haverá suporte técnico, financeiro e operacional aos selecionados.

7.7 Exposição é a etapa de execução da exposição resultante do Edital CoMciência de Ocupação em Arte, Ciência e Tecnologia, com participação dos selecionados durante o período previsto em contrato. Nesta etapa os selecionados devem dar suporte durante todo o período expositivo, conforme definido em contrato.

8 - DAS CONTRAPARTIDAS AOS PROJETOS/ PROPONENTES

8.1 São destinados aos projetos selecionados do Edital CoMciência de Ocupação em Arte, Ciência e Tecnologia:

a) Verba de cachê artístico sob os seguintes critérios;

Categoria Valor
Proponentes de Trajetória Amplamente Reconhecida De R$ 10.000,00 até R$ 15.000,00 reais
Proponentes em Projeção de Carreira De R$ 3.000 até R$ 5.000,00 reais

8.1.1 Compreende-se "Proponentes" como sendo, artistas, cientistas, pesquisadores, profissionais, criadores etc.

b) Verba de execução de projetos e trabalhos sob os seguintes critérios;

Modalidade Valor
Projetos e/ou Propostas Inéditos até R$ 15.000,00 reais
Projetos e/ou Propostas em Desenvolvimento até R$ 7.000,00 reais
Projetos e/ou Propostas Existentes *ajuda de custo até R$ 1.000,00 reais

8.1.2 Compreende-se como;

- Projetos e/ou Propostas Inéditos são projetos nunca antes executados e inéditos em formato e proposta. Projetos a serem desenvolvidos exclusivamente para o edital nunca antes exibidos.
- Projetos e/ou Propostas em Desenvolvimento são projetos em fase intermediária, que já possuem algum produto viável ou parte dele desenvolvidos, mas nunca antes exibidos de forma completa.
- Projetos e/ou Propostas Existentes são projetos que já foram exibidos em outras mostras, festivais, editais e que já estão desenvolvidos e finalizados.

8.2. O Edital CoMciência de Ocupação em Arte, Ciência e Tecnologia se compromete a proporcionar aos selecionados de forma complementar:

a) disponibilizar Equipe de técnica de operações e montagem;
b) disponibilizar Expografia, Sinalização e Mobiliário para a exposição, conforme anexo III (disponível em site programacomciencia.org.br);
c) disponibilizar Equipe de manutenção (não técnica e específica);
d) disponibilizar Equipe de de educadores e mediação do setor Educativo.;
e) disponibilizar Alimentação durante o período de montagem às equipes envolvidas;
f) disponibilizar Transporte e logística de transporte de carga aos artistas (quando necessário);
g) disponibilizar Equipe de comunicação para acompanhamento de artistas em entrevistas (quando necessário);
h) disponibilizar Museólogo e técnicos especializados para a boa execução do projeto de exposição;
i) promover os trabalhos em meios digitais e tradicionais de comunicação e imprensa.

9 - DA SELEÇÃO - ANÁLISE TÉCNICA E CURATORIAL

9.1. Etapa - Seleção Técnica

9.1.1. Os projetos serão analisados pela comissão organizadora, realizando estudos de viabilidade das propostas enviadas. Nesta fase, se o material enviado durante a inscrição não for suficiente para a análise, poderá haver comunicação diretamente com os proponentes (via email, videoconferência). São consideradas nesta fase:

a) desenvolvimento técnico-científico;
b) viabilidade orçamentária e operacional;

9.1.2. No ato da inscrição, o proponente deve observar as imagens, mapas e riders mobiliário e técnico dos locais disponibilizados neste edital. Deve-se compreender, entender e aceitar que a obra deverá estar dentro das condições destes ambientes, excluídos os casos em que a proposta se amplia para ambientes virtuais ou de realidade aumentada para fora do ambiente físico do local sede do MM Gerdau - Museu das Minas e do Metal.

9.2 Etapa - Seleção Curatorial

9.2.1. A escolha dos trabalhos e obras será feita por meio da análise conceitual a partir do material enviado pelo proponente e em conformidade com os objetivos deste edital (itens 3.1 e 3.2). Serão avaliados:

a) conceito estruturante da proposta;
b) aproximação da temática do edital (arte, ciência e tecnologia);
c) alinhamento aos objetivos do edital (itens 3.1 e 3.2);

9.2.2. A critério da curadoria, os proponentes poderão ser convocados para entrevistas presenciais ou através de plataformas online (skype etc), quando aplicável, a proponentes de outras cidades, estados e países nesta etapa. A não participação em caso de convocação em data previamente agendada ensejará a eliminação do candidato.

9.2.3 São critérios de seleção e uso exclusivo da Curadoria e Comissão organizadora;

Fases e Critérios Peso e Análise
A Desenvolvimento técnico-científico 2
B Viabilidade orçamentária e operacional 1
C Conceito estruturante da proposta 2
D Aproximação da temática do edital 1
E Alinhamento aos objetivos do edital 1

9.2.4 A seleção e decisões da curadoria e comissão organizadora são soberanas, não cabendo qualquer tipo de recurso contra os resultados.

10 - DA DIVULGAÇÃO

10.1. O resultado dos projetos e proponentes selecionados (artistas, cientistas, pesquisadores, criadores, produtores de conteúdo, profissionais de diversas áreas e intelectuais brasileiros e estrangeiros) será anunciado no dia 20 de setembro de 2019, exclusivamente no próprio site do Programa CoMciência (www.programacomciencia.org.br) e canais do MM Gerdau - Museu das Minas e do Metal (site www.mmgerdau.org.br e redes sociais).

11 - DOS SELECIONADOS

11.1. Os selecionados serão comunicados preferencialmente via e-mail. Caso não seja possível, serão contatados por telefone.

11.2. Os selecionados que não responderem a tempo às exigências documentais nos prazos e limites estabelecidos após a confirmação da seleção serão automaticamente excluídos da seleção para o Edital CoMciência de Ocupação em Arte, Ciência e Tecnologia.

11.3. Os selecionados irão receber o contato de um membro da comissão organizadora, para esclarecimento de detalhes dos trabalhos e efetivação de todos os documentos necessários para garantir a participação e contratação.

11.4. Como condição para que possam participar desta edição do Edital CoMciência de Ocupação em Arte, Ciência e Tecnologia, os selecionados devem apresentar os documentos necessários para a formalização de sua participação listados nos anexos: Condições de Gerais de Paricipação (Anexo I), Observação às Especificações dos Espaços Disponíveis para Ocupação, Rider Mobiliário e Técnico e Planta Baixa (Anexos II, III e IV respectivamente), Termo de Acordo (contrato), Licenciamento de Direitos Autorais e Autorização de Uso de Imagem. Os Anexos estão disponíveis no site www.programacomciencia.org.br.

12 - DISPOSIÇÕES FINAIS

12.1 Fica definido o site www.programacomciencia.org.br para a divulgação de informações oficiais, sem prejuízo da utilização de outros veículos de comunicação de que venha a dispor.

12.2 Esclarecimentos poderão ser obtidos através e tão somente através do email contato@programacomciencia.org.br. Não haverá atendimento por telefone ou outro meio de comunicação.

12.3 Esse edital pode ser suspenso ou cancelado, no todo ou em parte, por decisão motivada de seus organizadores.

12.4 Os casos omissos e situações não previstas neste edital serão solucionados pela Comissão Organizadora.

ANEXO I - CONDIÇÕES GERAIS DE PARTICIPAÇÃO

1. Da Inscrição no edital e participação

1.1 Os proponentes e suas propostas devem preencher todo o formulário online e digital, incluindo todos os anexos e links solicitados. As inscrições incompletas serão desconsideradas.

1.2 Projetos inéditos ou em fase de desenvolvimento devem apresentar claramente a propostas de viabilidade financeira e operacional de execução, respeitando as características dos espaços disponíveis, bem como suas restrições de uso em função do tombamento da edificação, conforme Anexo conforme os prazos deste edital e o período previsto de exposição. Nos casos mais complexos, deverá ser incluída documentação de outras fontes de recursos ou apoios que estejam envolvidos de maneira formal (cartas de anuência) de pessoas ou instituições, prioritárias a execução do projeto/proposta.

1.3. Após a seleção, participantes que atenderem aos critérios descritos deverão assinar, nos prazos definidos no Edital, os documentos hábeis a formalizar a sua participação conforme item 8.4.

1.4. Após o fim do prazo estipulado pela comissão organizadora para apresentação dos documentos, e uma vez não apresentados os documentos, os projetos serão considerados “não elegíveis a participação”, e a comissão organizadora terá o direito de selecionar outro inscrito para a vaga.

2. Da pré-produção, produção,execução e montagem dos projetos e propostas

2.1. Um plano de trabalho deverá ser demonstrado desde o período de inscrição, conforme formulário do edital, onde será possível apresentar o cronograma e etapas de trabalho. Esse mesmo plano de trabalho será revisto na fase de contratação, sendo o mesmo anexo ao termo de participação do proponente.

2.2 Uma vez determinados os meses de execução da fase de produção e os dias e horários de montagem que antecede a exposição, o atraso da montagem não poderá acarretar na não viabilidade da exposição da obra ou da apresentação artística. Em caso de não funcionamento por instabilidade do projeto de exposição da obra, ou não realização (no show) de apresentação artística, a programação não será alterada.

2.3 A fase de pré-produção e produção será acompanhada por equipe técnica do Edital CoMciência de Ocupação em Arte, Ciência e Tecnologia. É obrigação do proponente selecionado, observar os prazos e cronograma de execução, atualizando a comissão organizadora e a curadoria do andamento e fases de execução, preferencialmente de forma documental, através de e-mails, fotos e vídeos.

2.4 Os participantes selecionados contarão com estrutura técnica (vide anexos II, III e IV) e apoio de profissionais especializados, descrito nesse edital (item 6.2), como auxiliar de montagem (galeria) e/ou supervisor (produção executiva), e/ou coordenador.

2.5. No caso das obras interativas, computacionais e eletrônicas para exposição, o projeto selecionado deverá enviar um documento em formato PDF com as instruções detalhadas da montagem e desmontagem e instruções de conectividades (liga/desliga) diárias, além de instruir a equipe técnica do MM Gerdau - Museu das Minas e do Metal.

2.6. A comissão organizadora não se responsabiliza e não terá nenhum vínculo pela contratação de terceiros por parte dos participantes, necessários para a ajuda na construção de suas obras, trabalhos e etc.

2.7. Fica expressamente estabelecido não existir qualquer relação de emprego entre as partes, cabendo exclusivamente ao selecionado pelo edital a responsabilidade pelo pagamento de qualquer despesa, ônus e/ou encargos de natureza tributária, trabalhista, securitária e previdenciária, bem como decorrentes de acidentes de trabalho relativos à sua equipe, fornecendo todos os equipamentos necessários à preservação da integridade de seus empregados, clientes e terceiros.

3. Promoção e Divulgação

3.1.O MM Gerdau - Museu das Minas e do Metal proporcionará aos selecionados a promoção e divulgação de seus trabalhos ou atividades escolhidas no âmbito do Edital CoMciência de Ocupação em Arte, Ciência e Tecnologia por meio de mídias físicas e digitais, nos limites de seu orçamento.

3.2. O selecionado se compromete a colaborar com toda e qualquer atividade de divulgação do MM Gerdau - Museu das Minas e do Metal, tais como: entrevistas em jornais, canais de TV ou da internet ou programas de rádio, conforme as necessidades da assessoria de comunicação da instituição.

4. Outras condições previstas

4.1. A transferência de qualquer valor, quando aplicável aos participantes, será feita em moeda nacional (Real) de acordo com o cronograma acordado, e mediante a emissão de Notas Fiscais, sendo esta condição prioritária para o recebimentos das verbas previstas de contrapartida.

4.2. A gestão das verbas de produção e execução dos trabalhos é atribuição exclusiva da comissão organizadora do Edital CoMciência de Ocupação em Arte, Ciência e Tecnologia. Os valores destinados a cada selecionado serão definidos após a análise do rateio da verba total entre os projetos e suas características particulares. Todo o desembolso dessas verbas se dará também por meio de emissão de notas fiscais equivalentes aos serviços ou produtos necessários para a produção dos trabalhos.

4.3. A comissão organizadora não arcará com custos de ligações telefônicas móveis ou fixas, pacote e uso de dados, estacionamento, refeições e demais serviços não previstos nos termos de cada participante.

4.4. No caso de projetos não realizados, esgotadas as possibilidades de reagendamento ou acordo, a comissão organizadora decidirá sobre o valor do ônus (material e imaterial), podendo ajuizar ações de indenização ou resilição;

4.5. No caso de trabalhos expositivos que estejam desabilitados por qualquer motivo técnico, de programação computacional, bioquímica, adaptação energética, ou qualquer outro nível de instabilidade, por mais de 5 (cinco) dias, serão automaticamente suspensos da exposição/programação e os participantes selecionados deverão acatar sumariamente a decisão da comissão organizadora de cancelar sua participação.

4.6. Trabalhos que envolvam programação específica a serem habilitadas para exibição deverão possuir manual em PDF e também em versão impressa e encadernados, a serem entregues à comissão organizadora e técnicos para que estes tenham em mãos a qualquer tempo.

4.7. A Comissão Organizadora se responsabiliza tão somente pela integridade física e de materiais e equipamentos dos selecionados e seus projetos no local e sede do evento. É de responsabilidade exclusiva do participante prezar por sua própria segurança fora do estabelecimento. Sendo assim, os envolvidos, coletivos e grupos selecionados para esse edital concordam que a Comissão Organizadora não será responsabilizada por suas ações cíveis fora do local de trabalho, devendo o selecionado deste edital se enquadrar nas legislações civis brasileiras, respondendo criminalmente por qualquer ato ilícito cometido durante o período de contratação e participação.

Acessar online, no final do pdf, os anexos II, III e IV, com especificações e plantas dos espaços disponíveis para ocupação.

Posted by Patricia Canetti at 11:07 AM

julho 24, 2019

Palestra de Mônica Hoff no Bolsa Pampulha, Belo Horizonte

O programa Bolsa Pampulha, realizado pela Prefeitura de Belo Horizonte, por meio da Secretaria Municipal de Cultura e da Fundação Municipal de Cultura, e pelo JACA - Centro de Arte e Tecnologia, promove 28 de julho, domingo, às 15h, palestra com a artista, curadora e pesquisadora Mônica Hoff, no Museu de Arte da Pampulha (avenida Otacílio Negrão de Lima 16.585, Belo Horizonte, MG). A participação é gratuita e faz parte da programação do Bolsa Pampulha 2018/2019, que tem o propósito de estimular a produção e a pesquisa em artes visuais na capital mineira, contribuindo para o processo formativo da comunidade artística local e nacional.

Neste encontro, Mônica Hoff compartilhará seus processos de investigação no campo da arte e seus métodos de trabalho que envolvem a construção de modos coletivos de aprendizagem e desaprendizagem, metodologias artísticas e intentos contra-pedagógicos.

Ela é co-fundadora do Espaço Embarcação, em Florianópolis. É mestre em história, teoria e crítica de arte pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul e atualmente cursa doutorado em processos artísticos contemporâneos no PPGAV/UDESC. Entre 2006 e 2014, coordenou o programa educativo e as atividades públicas da Bienal do Mercosul, atuando como curadora adjunta na nona edição do evento, em 2013. Desde 2014, realiza, com a curadora Fernanda Albuquerque, o Laboratório de Curadoria, Arte e Educação. Em 2018, em parceria a curadora Kamilla Nunes, organizou outros dois projetos: Escola Extraordinária e La Grupa.

De acordo com Francisca Caporali, diretora do JA.CA, foi proposto para esta edição do Bolsa Pampulha um processo no qual profissionais mulheres foram convidadas para compor a comissão de seleção e de acompanhamento e elas selecionaram um grupo que trata também de diferentes protagonismos e urgências de representatividade e identidade. “Desejamos que exista um convívio desses artistas com outros agentes da cidade e trabalharemos para a construção dessas redes. Estamos encantados com o grupo de artistas selecionados e as importantes discussões com as artistas convidadas e a comissão de seleção”, afirma Francisca.

A diretora de Museus da Fundação Municipal de Cultura, Letícia Dias, destaca que o Bolsa Pampulha é pioneiro em residências artísticas no Brasil. “Ao promover e fomentar as artes visuais em Belo Horizonte, ele contribui para o processo formativo de jovens artistas, por meio de apoio financeiro para o desenvolvimento de suas pesquisas e trabalhos. Todo o processo de criação é acompanhado por pesquisadores de trajetória reconhecida na área e por propostas de diálogos abertos com a comunidade artística da capital", ressalta.

Posted by Patricia Canetti at 5:13 PM

julho 21, 2019

3º Prêmio Aliança Francesa de Arte Contemporânea no Paço Municipal, Porto Alegre

Na terça-feira, 23 de julho, às 19h, acontece a inauguração da Mostra Coletiva do 3º Prêmio Aliança Francesa de Arte Contemporânea. A exposição tem entrada franca e ocorre no Porão do Paço da Prefeitura Municipal de Porto Alegre (Praça Montevidéu, 10) até 4 de outubro, com curadoria de Diego Groisman. A mostra é composta por obras de dez artistas selecionados por um júri brasileiro, composto por Adriana Boff, Bruna Fetter, Diego Groisman, Paulo Miyada e Patrice Pauc; e um júri francês do Centre Intermondes, representado por Edouard Mornaud e Flavie Monnier.

Os artistas que integram a mostra são: Alexandre Garbini de Nadal, Bruno Cesar Eder Giasson, Camila Proto, Francine Rocha Lasevitch, Henrique Fagundes Machado, Joana Burd, Letícia Arais Lopes, Marcelo Chardosim Fraga, Oendu de Mendonça e Vitória de Oliveira Macedo. Em sua terceira edição, a premiação busca estimular a produção das artes visuais contemporâneas no Rio Grande do Sul, com a missão de dar apoio e incentivo para artistas em início de carreira. O evento é uma realização da Aliança Francesa Porto Alegre e Ministério da Cidadania por meio da Lei de Incentivo à Cultura, com patrocínio da Timac Agro e apoio do Centre Intermondes e da Prefeitura Municipal de Porto Alegre.

Os três vencedores da edição 2019 foram Letícia Arais Lopes (1º lugar), Alexandre Garbini de Nadal, (2º lugar) e Marcelo Chardosim Fraga (3º lugar). Letícia foi premiada com uma residência artística de dois meses no Centre Intermondes, em La Rochelle, na França, com passagem e alojamento incluídos, um prêmio em dinheiro no valor de R$ 8.000,00 como incentivo à produção da artista, ajuda de custo para o período da estadia em La Rochelle de R$ 3.000,00, além de uma bolsa de estudos na Aliança Francesa Porto Alegre. A residência está programada para os meses de agosto e setembro de 2019. O segundo e o terceiro lugar também serão premiados com bolsas de estudo na Aliança Francesa de Porto Alegre.

Posted by Patricia Canetti at 9:43 AM

julho 7, 2019

Verbo 2019: Programação completa

A 15ª edição da Verbo - mostra de performance arte, que acontecerá de 9 a 13 de julho, na Vermelho, no Centro Cultural São Paulo (CCSP) e no Contemporão SP, e de 16 a 18 de julho, no Chão SLZ e no Coletivo Re(o)cupa (São Luís, MA), conta com mais de 40 projetos, entre ações ao vivo, filmes e vídeos, conversas abertas ao público (Verbo SLZ), e uma oficina de criação (Verbo SLZ). A curadoria ficou a cargo da artista, curadora e gestora cultural, Samantha Moreira, e do diretor artístico da Verbo, Marcos Gallon.

09 a 13/07 - Galeria Vermelho, São Paulo
12 e 13/07 - Centro Cultural São Paulo (CCSP), São Paulo
13/07 - Contemporão SP, São Paulo
16 a 18/07 – Chão SLZ e Coletivo Re(o)cupa, São Luís (MA)

Galeria Vermelho, Rua Minas Gerais, 350 - São Paulo – SP
Centro Cultural São Paulo (CCSP), Rua Vergueiro, 1000 - São Paulo - SP
Contemporão SP, R. João Moura, 1109 - São Paulo - SP
Chão SLZ, Rua do Giz, 167, São Luís – MA
Coletivo Re(o)cupa 16 a 18/07, Rua Afonso Pena, 20 - São Luís - MA

PROGRAMAÇÃO

Ações

Ana Pi (Belo Horizonte, Brasil / Paris, França)
O BANQUETE (2019) (caixa alta)
45’
Obra comissionada pela Associação Cultural Videobrasil, 2ª Temporada de Dança Videobrasil
Criação Ana Pi
Com Ana Pi, Mylia Mary
Música de & com Aishá Lourenço
Figurinos Remexe - Centro Cultural Lá da Favelinha
Conselhos filosóficos Profa. Dra. Maria Fernanda Novo
Produção Brasil Ubuntu Produções
Produção França Météores / Plateforme Chorégraphique
Em “O BANQUETE” (380 a.C.), durante uma festa, Platão trava um diálogo, somente entre homens, sobre “O Amor”. Ana Pi, em 2019, convida Mylia Mary, sua tia paterna, para juntas cozinharem uma receita icônica da culinária brasileira e discutirem sobre “O Amor”, durante uma tragédia. A intimidade em torno da cozinha – nome também atribuído ao grupo de percussionistas em uma “Roda de Samba” –, da comida e da dança serve de pretexto para que essas mulheres negras possam dialogar sobre “O Brasil” de hoje. “O BANQUETE” aqui proposto, convida à reflexão sobre as noções de herança, afeto e resistência. Trazer à memória elementos imprescindíveis à vida, tais como o alimento, o ritmo e o amor, é um exercício de beleza radical.

Esta obra foi concebida a partir do contato e pesquisa da artista Ana Pi com o Acervo Histórico Videobrasil, no âmbito da 2ª edição do programa Temporada de Dança Videobrasil, realizada em colaboração com o Institut Français du Brésil e do Consulado Geral da França em São Paulo.

A Temporada de Dança Videobrasil é um programa de residência e comissionamento para jovens coreógrafos em diálogo com o acervo de vídeos da Associação Cultural Videobrasil. Artista da primeira edição e curadora convidada da segunda temporada, a coreógrafa Clarissa Sacchelli convidou Ana Pi, pesquisadora das danças urbanas e periféricas, pedagoga, coreógrafa e dançarina radicada em Paris há 8 anos, para a residência de três meses.

Realização: Associação Cultural Videobrasil. Concepção e Produção Estudio Baile. Colaboração Instituto Francês e Consulado Geral da França São Paulo. Apoio Fonte.

Vermelho, 9/7, 21h.
CCSP (Rampa da Biblioteca, 12/07, 20h, seguida de fala com Ana Pi, a curadora Clarissa Sachelli, e Ruy Luduvice, coordenador de Pesquisa do Videobrasil, com mediação da filósofa Maria Fernando Novo.

Regina Parra e Bruno Levorin (São Paulo, Brasil)
lasciva (2019)
60’ cada ciclo - 120' total
Criação: Regina Parra, Clarissa Sacchelli, Maitê Lacerda, Lucia Bronstein, Juliana R., Bruno Levorin e Haroldo Saboia.
Coreografia: Clarissa Sacchelli, Maitê Lacerda e Bruno Levorin.
Performance: Clarissa Sacchelli e Maitê Lacerda.
Dramaturgia: Bruno Levorin.
Música: Juliana R.
Objetos: Ludmila Porto e Bruno Levorin.
Direção: Regina Parra e Bruno Levorin.
Produção: Raio
Partindo da série fotográfica de mulheres histéricas do Hospital da Salpêtrière (Paris), realizadas pelo cientista Jean-Martin Charcot no século XIX, lasciva é uma performance que tenta impulsionar essas mulheres e imagens a vibrarem sobre outras políticas do desejo. Abordando o erotismo, cuidado e sensação, e convocando gestos, imagens e palavras produzidas na relação entre mulheres, Clarissa Sacchelli, Maitê Lacerda, Regina Parra e Bruno Levorin perguntam: como agir sobre o tempo, imaginando outra sensibilidade para resistir à violência sofrida pelos corpos que amam?

Agradecimentos: Casa do Povo, Casa Liquida, Haroldo Saboia, Júlia Feldens, Laura Salerno e Lucia Bronstein.

Vermelho, Sábado, 13/07, 16h

Célia Gondol (Paris, França)
O Universo Nu, 2018
40’
Projeto de Célia Gondol
Assistência (Brasil): Ligiana Costa
Com a participação de 9 cantores
Ação criada a partir do poema “O Lunático” de Sebastião Marinho.
O Universo nu é uma composição sonora abstrata desprovida de narrativa que reproduz os atributos físicos e ondulatórios do universo. Inspirada em sonoridades apropriadas do banco de dados sonoros da NASA, O Universo Nu nos faz ouvir os sons e as vibrações do universo próximo e inobservável em um entrelaçamento entre vozes polifônicas. A ação emprega o poema de cordel “O Lunático”, do repentista Sebastião Marinho, que Gondol conheceu em sua última estadia em São Paulo, em 2017. O Universo Nu elimina toda palavra e narrativa buscando proporcionar uma experiência auditiva integral.

Apoio Institut français du Brésil, do Consulado Geral da França em São Paulo e do Institut Français Recife. Colaboração Angelus Novus e CRD - Centro de Referência da Dança.

Vermelho, Sexta, 12/07, a partir das 20 e 22h
CCSP, Sábado, 13/07, a partir das 16h
Chão SLZ, 17 e 18/07, a partir das 19h

Coletivo DiBando (São Luís, Brasil)
yeah yeah yeah!
40’
2019
Criação Coletivo DiBando
Com Juliana Rizzo, Ruan Francisco e Tieta Macau.
Quais são as estratégias de dominação atuantes em composições artísticas açucaradas e descontraídas? Como os estrangeirismos constroem simulacros que orientam sonhos e ideais vigentes? yeah yeah yeah! é um processo-partilha que agencia tais questões na composição de uma dança fácil e possível de reproduzir - dois pra lá, dois pra cá. Estruturada a partir de clichês dramatúrgicos que se propagam, a ação segue, no prólogo e em três atos, uma composição que encontra na descontração alienada uma diversão consciente que não se distancia do rigor que é dançar rumo a uma contracultura colonialista. Dança comercial de margarina, poética do deboche.

Chão SLZ, 18/07, a partir das 19h

Davi Pontes e Wallace Ferreira (São Gonçalo, Brasil)
Repertório N.1 (2019)
60’
Criação e interpretação: Davi Pontes e Wallace Ferreira
Assistência de dramaturgia: Bruno Reis
Indicação etária: 18 anos
O trabalho investe na ideia de dança como treino de autodefesa, utilizando a mimese e a repetição ritualizada de gestos para produzir um estudo sobre imagens coreografadas por corpos dissidentes, em uma tentativa de arquivar ações para elaborar resistências, conjurar modos de permanecer no mundo e inventar o que há de sucedê-lo. Repertório N.1 nomeia um conjunto de práticas coreográficas frente a um mundo altamente dominado pela violência contra corpos negros. O movimento pode ativar a memória dos corpos subalternos que foram enterrados sob códigos hegemônico? Resistir em tempos brutos, se alimentar mutuamente pelo cansaço do outro e dançar em momentos difíceis.

Vermelho, 11/7, 21h

D. C. (São Paulo, Brasil)
Confessionário (2018)
10’
Com D. C.
Confessionário é o título da ação criada por D. C. que emprega depoimentos de 230 garotos brancos heterocis, que mantiveram relações sexuais com Bianca Castro, uma personagem travesti. O texto que integra a ação foi elaborado a partir desses depoimentos e revelam os desejos e medos desses garotos. O texto foi analisado por um conjunto de psicólogos, educadores e por 50 dos 230 garotos que ainda mantêm relação sexual com Bianca. Durante sua leitura, a voz que se ouve é daquele que mata. Não se trata mais da violência gerada pela ausência do Estado, mas pela politica de morte perpetrada diariamente pelo próprio Estado.

Colaboração: Casa Chama

Vermelho, 11/07, a partir das 20:30h
Chão SLZ, 17/07, a partir das 19h a ação será acompanhada por uma conversa com D. C.

Efe Godoy (Belo Horizonte, Brasil)
Do objeto que já foi de seu afeto (2016)
Duração indefinida
Criado e interpretado por Efe Godoy
Do objeto que já foi de seu afeto surge da necessidade de troca de histórias afetivas com o outro. O visitante é convidado a voltar ao local da ação e a desapegar-se de algum objeto ou história pessoal. O objeto dado passa a integrar a coleção de histórias de Efe que mistura narrativas e embaralha objetos criando uma instalação viva.

Apoio: Celma Albuquerque Galeria de Arte

Vermelho 9/07, das 20 às 23h; 10, 11 e 12/07, das 14 às 23h; 13/07, das 14 as 20h.

Elilson (São Paulo, Brasil)
Gota: exposição oral 20 (2016-2019)
30’
Criado e performado por Elilson
Um balde de plástico vermelho made in Brazil com capacidade para 13,6 L e data de validade indeterminada é o objeto precário-relacional que norteia essa quase deriva. Na caminhada-busca, Elilson procura por pessoas que estejam bebendo água ou trabalhando com água. A caminhada só se completa quando o balde estiver cheio com a água doada pelxs transeuntes, gota a gota. Toda a água coletada é revertida em ações de lavagem, de escrita e de exposição oral. A primeira caminhada-busca surgiu em 2016. Desde lá, Elilson prossegue com o ato de expor oralmente a semelhante vitalidade linguística que constituem os ditados populares e os discursos de ódio.

Vermelho, 10/7, 20:30h
CCSP, 13/07, a partir das 15h

Gabriel Cândido (São Paulo, Brasil)
Cuidado com nós
10’
Criação Gabriel Cândido
Interpretado por Gabriel Cândido e Luiz Antônio Cândido.
Apoio Bruna Cândido, Jerê Nunes e Léo de Sá.
Provocação Fábio Lopes
Realização Núcleo Negro de Pesquisa e Criação (NNPC)
Dois homens negros de diferentes gerações tencionam o espaço através do compartilhamento e troca de seu afeto mais íntimo e ancestral: o cuidado. Nesta ação, na qual pai e filho são os atuantes, as relações de masculinidade e negritude emergem no contra fluxo das estatísticas de violências e dos estereótipos que foram construídos ao longo da história do Brasil.

Vermelho, 9/7, 20:30h

Gê Viana e Layo Bulhão
Tudo Sangra (2019)
60’
Criação e performance Gê Viana e Layo Bulhão
A representação de uma nação parte de um símbolo em partes desiguais.
A bandeira que representa um desgaste político histórico colonialesco.
A construção feliz de um governo que na espreita destrói feroz corpos negrxs índixs nordestinxs sapatões.
Nossas salivas são mangue e lavam a poeira da fartura da destruição.

Vermelho, 9/7, 21:30h

Kauê Garcia (Campinas, Brasil)
Baile pros 111
111’
Baile pros 111 é uma instalação sonora com participação do público que homenageia os 111 detentos assassinados pela PM do Estado de São Paulo, em 1992, na chacina que ficou conhecida como Massacre do Carandiru. Como decorrência dessa ação violenta, surge em 1993 o PCC, que na época buscava "combater a opressão dentro do sistema prisional paulista", e “vingar os 111 presos”. Alguns anos depois, aparece em São Paulo o fenômeno cultural do funk “proibidão” com letras que denunciam injustiças sofridas nas periferias e nas penitenciárias. Baile pros 111 é um memorial sonoro de resistência que recorre a esses “Proibidões” para construir um set que é interrompido abruptamente aos 111 minutos de duração, e que é seguido pela reprodução sonora do estampido de 111 tiros para que esses 111 homens não sejam esquecidos.

Vermelho, 13/07, 18-20h

Lia Chaia (São Paulo, Brasil)
Troca de Sorrisos
Criado e interpretado por Lia Chaia
Duração variável
Na ação, um grupo de pessoas distribuirá máscaras de sorriso e o manifesto do sorriso. Considerando o momento social e político atual, fica clara a urgência em estabelecermos relações baseadas no afeto e na troca de conhecimento que proporcionem novos encontros e novas formas de habitar o espaço público.

Ação criada em 2002 para o projeto “O espirito do lugar/Circuito Cultural”, na Vila Buarque, com curadoria de Lorenzo Mammi e Marcos Morais.

Vermelho, 09/07, a partir das 20h
Chão SLZ, 16/07, a partir das 19h

Lia Chaia (São Paulo, Brasil)
Palestra-performance (2015)
Criado e interpretado por Lia Chaia
Duração variável
Na ação, Chaia propõe uma discussão acerca do corpo humano, a partir da sua representação nas artes plásticas. A palestra-performance foi baseada em experimentações que pensam o corpo na interseção entre diferentes linguagens artísticas.

Chão SLZ, 18/07, a partir das 19h

Lucimélia Romão (São João del Rei, Brasil)
MIL LITROS DE PRETO: A MARÉ ESTÁ CHEIA (2019) (manter título em caixa alta)
30’
Criação Lucimélia Romão
Intérpretes Josefa Ambrósio de Souza, Lucimélia Romão e Maria Lúcia de Souza
Audio Matheus Correa e Lucimélia Romão
Projeto expográfico Lucimélia Romão
Equipe: Liliane Crislaine, Ivani Melo e Tainã Moreno
A cada 25 segundos um alarme toca. Sete litros de líquido vermelho são despejados pela performer em uma piscina. Isso ocorre até os 57 baldes que integram a instalação sejam esvaziados. Em aproximadamente 30 minutos a piscina se completa com 400 litros de líquido vermelho - sangue de jovens negros. MIL LITROS é uma ação que transborda; o primeiro tiro fere, o segundo tiro causa dificuldade de respirar e o terceiro mata! Então para que serve o quarto, o quinto, sexto, o sétimo, o oitavo, o nono, e o décimo tiro? Corpos pretos atravessados por balas; transbordam mortes; transbordam lágrimas dos olhos das mães, mães que sabem que pariram seus filhos para serem alvejados pela polícia.

Vermelho, 09/07, a partir das 21:30h

Marco Paulo Rolla (Belo Horizonte, Brasil)
Vibrações Transitórias e Consecutivas (2018)
60’
Criado e interpretado por Marco Paulo Rolla
Um homem, uma cadeira, uma caixa de som e sua voz são projetados no espaço criando vibrações. Essas vibrações tocam o ser e o espaço como um todo e não são localizáveis a não ser em sua totalidade. O artista se coloca como mediador deste organismo vivo e delicado onde todos serão convidados a sentir e a reagir com vibrações. Esta ação é parte dos experimentos sonoros e improvisos acerca do espaço iniciados com a performance Preenchendo o Espaço, criada para a exposição Terra Comunal, no Sesc Pompeia, em 2015. Desta vez, entretanto, Rolla utiliza outro instrumento - o Shruti Box. De origem indiana, o instrumento se completa com o uso da voz.

Chão SLZ, 17/07, a partir das 19h

Rafa Esparza (Los Angeles, EUA)
no vine a morir (2019) (título caixa baixa)
Duração indeterminanda
Criado e interpretado por Rafa Esparza
Em no vine a morir, Esparza busca criar uma presença que possa expandir a relação de um corpo queer com o chão e com o céu. Como artista negro e queer nos EUA, e em qualquer parte do mundo, a vida adquire características precárias tornando-se alvo da violência sancionada pelo Estado homofóbico, transfóbico e racista. Para essas pessoas, a morte eminente é impactada por forças que vão muito além das naturais. Quando um corpo é enterrado ou cremado, sua essência persiste no olhar do observador, enquanto ambos os lugares (chão e céu) mantêm futuros especulativos para uma vida que experimenta a morte. Essas temporalidades são bastante desconhecidas, altamente debatidas e profundamente ponderadas. Coberto por espelhos da cabeça aos pés, Esparza iniciará na manhã do dia 11 de junho, data da apresentação da ação na Vermelho, uma caminhada pela cidade de São Paulo até o espaço onde a ação acontecerá na galeria. Essa caminhada será pontuada por uma série de quedas que rementem às tantas quedas sofridas por corpos queer mortos em decorrência da violência e da doença. Uma vez na galeria, o corpo de Esparza será apresentado de forma a estabelecer uma relação entre terra e céu.

Agradecimento: Rodrigo Campuzano

Vermelho, 11/07, a partir das 20h

Renan Marcondes (São Paulo, Brasil)
O maior museu do mundo (2019)
60’ cada ciclo
Direção e textos Renan Marcondes
Criação e performance Carolina Callegaro
Performance Clarissa Sacchelli
Objeto Guilherme Schultz e Renan Marcondes
Produção Tetembua Dandara
Fotos Janssen Cardoso
Agradecimentos Artur Kon, Leonardo Shamah, Leandro Muniz, Ruy Luduvice
Ação duracional na qual um corpo feminino deitado gira continuamente em torno de seu próprio eixo. Durante esse movimento, ele retira de si restos de corpo humano como dentes e pelos. A ação reflete sobre a objetificação dos corpos dentro de espaços institucionais como galerias de arte e museus.

Vermelho, 10/07, 20-23h

Sara Elton Panamby (São Luís, Brasil)
Versicolor (2016-2019)
30’
São duas bocas, uma em cada ponta engolindo e vomitando o apocalipse, ligando uma palavra à outra pela saliva grossa para convocar a sensação de precipício (o sangue é apenas um veículo da memória).

Chão SLZ, 16/07, a partir das 19h

Tieta Macau (São Luís, Brasil)
Ancés (2019)
30-50’
Criação e performance Tieta Macau
Na ação, Macau traça um percurso entre presença e ausência ativando memórias não codificadas em instâncias dizíveis ou lineares. Não planejada, crua, celular e instável, Ancés se desdobra em curvas em uma tentativa de traçar a genealogia de um corpo negro que dança; um corpo que se desenterra; que tenta desfazer o trajeto feito e que questiona o trajeto imposto.

Vermelho, 12/07, a partir das 20:30h
Chão SLZ, 16/07, a partir das 19h

Yiftah Peled (Vitória, Brasil)
Entre? da série Turismo Definitivo (2015)
60’
Palestra-performance que aborda a relação entre performance e participação, Entre?, da série Turismo Definitivo, busca identificar elementos de síntese entre essas duas práticas. Para isso, Peled apresenta poéticas de vários artistas e também o processo de autopromoção do palestrante/artista. A ação é um jogo sobre o poder, o lugar de fala, a sonoridade e possíveis hiatos.

Vermelho, 11/7, a partir das 22h
Chão SLZ, 16/7, a partir das 19h

Yiftah Peled (Vitória, Brasil)
Leve/leva? da série Turismo Definitivo (2018-2019)
40’
Colaboradores : Raissa Arruda e João Diniz
Ação participativa que permite ao visitante escolher como (des)vestir-se. A inserção voluntária do corpo nas peças de roupas nesse estranho desfile provoca duvidas: é um corpo que se camufla ou o corpo se revela?

Vermelho, 10/7, a partir das 21:30h

Filmes e Vídeos

Alexandre Silveira (Campinas, Brasil)
o peso da Terra (2019)
16’13’’
Performance Alexandre Silveira
Direção e produção executiva Alexandre Silveira
Direção de fotografia, montagem, cor e finalização de imagem Ticiano Monteiro
Direção de arte e produção Camillat (Camilla Torres)
Figurino Warner Junior
Edição de som e mixagem Anderson Kaltner e Frederico Cruz
Captação de foley Maurício Cajueiro
Finalização de som em dolbydigital Guilherme Lima
Guia Lençóis Maranhenses Paulo Cesar de Menezes Santos (GPS)
Um apóstata decide se desligar de tudo e vagar o deserto em busca de novas paragens. Durante o começo dessa peregrinação, o andarilho é atormentado por vozes que o perseguem e que emanam dos livros que ele insiste em arrastar. Sua busca incessante pela vacância que liberta é a mesma que o faz pesado, impedindo-o de caminhar. A deriva de seus pés sobre este mar seco amarelado é casco roto de navio atracado.

Apoio: Chão SLZ

Vermelho (Sala Antonio), de 9 a 13/07, das 14 as 21h
Contemporão, 13/07, das 11 as 15h
Coletivo Re(o)cupa, de 16 a 18/07, das 17:30 as 19h

Felipe Bittencourt (São Paulo, Brasil)
BICHO (2016) (caixa alta)
2’
BICHO é um experimento composto por estratégias físicas que buscam atingir um estado de transmutação latente sem resultados ou objetivos aparentes a não ser o próprio desgaste físico do performer. Bittencourt cumpre o protocolo de adaptação e confinamento dentro de um espaço doméstico elegido por ele como cenário temporário para uma manifestação de estados físicos. A pesquisa de movimentos está baseada no comportamento de insetos noturnos, também tidos como lunares por buscarem a luz.
Para Kafka.

Vermelho (Sala Antonio), de 9 a 13/07, das 14 as 21h
Contemporão, 13/07, das 11 as 15h
Coletivo Re(o)cupa, de 16 a 18/07, das 17:30 as 19h

Filipe Acácio (Fortaleza, Brasil)
O farol, a parede, o porto (2017)
14’25’’
O farol, a parede, o porto é parte integrante do projeto Zona de Remanso que aborda os limites da resistência física por meio de exercícios de permanência em localidades de porto no litoral cearense, como Serviluz, Poço da Draga e Pecém. A história dessas localidades revela a lógica de transformação, resultado de políticas de exploração em região portuárias no Ceará.

Vermelho (Sala Antonio), de 9 a 13/07, das 14 as 21h
Contemporão, 13/07, das 11 as 15h
Coletivo Re(o)cupa, de 16 a 18/07, das 17:30 as 19h

Guerreiro do Divino Amor (Rio de Janeiro, Brasil)
Supercomplexo Metropolitano Expandido (2018)
7'35''
Roteiro, direção, montagem e animação Guerreiro do Divino Amor
Design de som Arthur Ferreira e Guerreiro do Divino Amor
Superficções é um projeto de pesquisa que pretende constituir um atlas superficcional do mundo. Ele investiga como ficções de diferentes naturezas, sejam elas geográficas, sociais, midiáticas, políticas ou religiosas interferem na construção do território e do imaginário coletivo. Para cada cidade foi escolhido um ângulo específico de pesquisa e uma nova Superficção. As Superficções dialogam entre si e se incorporam umas às outras. A pesquisa se materializa no formato de vídeos, publicações e painéis de backlight animados, criando um universo de ficção científica a partir de elementos da realidade social contemporânea. O terceiro capítulo do atlas, o Supercomplexo Metropolitano Expandido é uma máquina superficcional de poder, sucesso e expansão – uma alegoria de São Paulo.

Vermelho (Sala Antonio), de 9 a 13/07, das 14 as 21h
Contemporão, 13/07, das 11 as 15h
Coletivo Re(o)cupa, de 16 a 18/07, das 17:30 as 19h

Javier Velazquez Cabrero & Xolisile Bongwana (Cidade do México, México; Johanesburgo, África do Sul)
The Loop (2018)
4’44’’
Direção Javier Velazquez Cabrero
Ator Xolisile Bongwana
Camera Noah Cohen
Som LeRoy Croft
Em The Loop, Velazquez e Bongwana investem em uma negociação entre os processos criativos de ambos os artistas. No início do vídeo, assistimos uma pequena entrevista com Bongwana, na qual podemos entender o processo de interação entre os artistas. Bongwana deixa claro que não pretende negociar verbalmente seus interesses e propõe um diálogo corporal baseado em ações físicas. Quando interrogado sobre como funcionaria tal ideia, Bongwana deixa o espaço abruptamente de forma enigmática e poderosa que funciona tanto como voo, quanto como resposta para a pergunta de Velazquez.

Apoio: Nirox Foundation, The Centre for the Less Good Idea, eAC/E Accion Cultural Española.

Vermelho (Sala Antonio), de 9 a 13/07, das 14 as 21h
Contemporão, 13/07, das 11 as 15h
Coletivo Re(o)cupa, de 16 a 18/07, das 17:30 as 19h

Jose Manuel Ávila (Guacara, Venezuela)
Camaro (2018)
4’56’’
Em Camaro, Ávila substitui a vaselina usada para pentear o cabelo por graxa automotiva numa espécie de transfiguração teatral da beleza em um híbrido entre gênero e máquina. No vídeo, o esforço obsessivo empregado no ato de se pentear dentro uma oficina mecânica, revela uma espécie de neurose disseminada no chamado mundo moderno. Camaro nos apresenta um reflexo da estética globalizante e agressiva difundida em diferentes partes do chamado "desenvolvimento". Utilizando registros de vídeo de baixa qualidade, Ávila nos convida a olhar para nós mesmos a partir de estereótipos implantados pela televisão e pelo cinema.

Vermelho (Sala Antonio), de 9 a 13/07, das 14 as 21h
Contemporão, 13/07, das 11 as 15h
Coletivo Re(o)cupa, de 16 a 18/07, das 17:30 as 19h

Lubanzadyo Mpemba Bula (Luanda, Angola)
Kalunga, Kalunga (2017)
5’50’’
Kalunga, Kalunga explora os conflitos entre subjetividades que o “corpo territorializado” vivencia diante dos estágios do sujeito documentado/identificado. Esse corpo, que é passível de obter direitos que são revistos e eventualmente revogados de acordo com a política econômica do território onde se encontra, torna-se ameaça constante para a segurança nacional. Como explica Fanon, “trata-se do que se apazigua odiando”, mantendo o terror e constituindo o outro não como semelhante, mas como objeto intrinsecamente ameaçador do qual é preciso proteger-se, desfazer-se.

Vermelho (Sala Antonio), de 9 a 13/07, das 14 as 21h
Contemporão, 13/07, das 11 as 15h
Coletivo Re(o)cupa, de 16 a 18/07, das 17:30 as 19h

Levi Mota Muniz e Mateus Falcão (Fortaleza, Brasil)
Match um Trump (2019)
18’19’’
Ao que precisamos nos sujeitar para nos tornar sujeitos? Quais são os processos de humanização impostos na formação social e de identidade? Quantos Trumps temos marcados em nosso corpo? Em Match um Trump, captado dentro de um banheiro, uma travesti cria marcações com pincéis e facas em seu corpo, utilizando uma máscara de Donald Trump como régua.

Vermelho (Sala Antonio), de 9 a 13/07, das 14 as 21h
Contemporão, 13/07, das 11 as 15h
Coletivo Re(o)cupa, de 16 a 18/07, das 17:30 as 19h

Lia Chaia (São Paulo, Brasil)
Glam (2010)
10’14
Identificado com a maternidade, o corpo feminino carrega o potencial afetivo e a capacidade de gerar e conviver com o outro. Glam revela o corpo nu da mulher expondo seu potencial radical de transformação.

Vermelho (Sala Antonio), de 9 a 13/07, das 14 as 21h
Contemporão, 13/07, das 11 as 15h
Coletivo Re(o)cupa, de 16 a 18/07, das 17:30 as 19h

Lilibeth Cuenca Rasmussen (Copenhague, Dinamarca)
Tow with the flow (2018)
13’42’’
Figurinos sur le chemin
Música Pete Drungle and Steve Heather
Foto Jacob Østergaard Johansson
Adição Nikolaj Holst Kristensen
Instrutor e produção Mads Heibing
Tow with the Flow é uma performance de grande escala que envolve atores, dança, roupas, texto, música e inclui uniformes personalizados criados pelo estúdio escandinavo de design sustentável sur le chemin. Ao incorporar pilhas de roupas recicladas, a obra lança luz crítica sobre a indústria têxtil global e sugere uma solução "tudo em um só guarda-roupa" para um futuro mais sustentável. Apresentado em várias partes do mundo, Tow with the Flow é uma obra em andamento que continuamente inclui novos grupos de pessoas, estudantes, dançarinos e músicos, transcendendo, por meio dessa prática, fronteiras e origens sociais em prol de uma causa comum: chamar a atenção para a indústria da moda e para o consumo em massa derivado dela.

Obra comissionado por ART 2030 https://www.art2030.org/ https://www.art2030.org/projects/lilibeth-cuenca-rasmussen

Vermelho (Sala Antonio), de 9 a 13/07, das 14 as 21h
Contemporão, 13/07, das 11 as 15h
Coletivo Re(o)cupa, de 16 a 18/07, das 17:30 as 19h

Lolo y Lauti & Rodrigo Moraes (Buenos Aires, Argentina)
Carmen (2018)
38’35’’
Carmen é uma adaptação da ópera cômica criada por Prosper Mérimée e musicada por Georges Bizet. Gravada na Cidade do Panamá, a obra conta com a participação de drag queens e mulheres trans que interpretam diferentes versões da personagem de Mérimée.

Obra criada para o projeto “ciudadMULTIPLE500”, apresentado no Museu de Arte Contemporânea do Panamá, em dezembro de 2018.

Vermelho (Sala Antonio), de 9 a 13/07, das 14 as 21h
Contemporão, 13/07, das 11 as 15h
Coletivo Re(o)cupa, de 16 a 18/07, das 17:30 as 19h

Marcia de Aquino e Gê Viana (São Luís, Brasil)
Corpografias do pixo (2019)
7’
Corpografias do pixo sugere um lugar de encontro com a cidade e suas inscrições urbanas. No experimento, as artistas se colocam diante de superfícies pixadas lançando mão de seus corpos como dispositivos para mapear as inscrições urbanas presentes na cidade, buscando registrar, por meio de suas subjetividades, os modos urbanos de resistência, seus desvios, mapas e códigos pixados sobre os muros da cidade.

Vermelho (Sala Antonio), de 9 a 13/07, das 14 as 21h
Contemporão, 13/07, das 11 as 15h
Coletivo Re(o)cupa, de 16 a 18/07, das 17:30 as 19h

Melania Olcina Yuguero (Madri, Espanha)
HOMO (2019)
17’
Direção Melania Olcina Yuguero
Intéprete Alejandro Moya
Edição e montagem Juan Carlos Toledo
Desenho de som Idan Shimoni
Etalonaje: Frodo García Conde
Agradecimientos: Ainara Nieves
Colaboração: Pueblos en arte
Difusão e distribuição: MILK&HONEY|Plat
Plataforma de investigación especializada
(Screendance_Procesos coreográficos_Formatos expandidos)
+info: platmilkandhoney@yahoo.es
FB: /PLatMILKandHONEY
TW: @plat_MILKnHONEY
Homo torna visível a experiência íntima de um ser humano que habita um espaço interior, privado e reservado à solidão. A sala, como metáfora da casa, é a imagem de intimidades perdidas. O homo privatus procura através de um ato de introspecção um encontro consigo mesmo, a consciência de sua corporalidade, isto é, de certa identidade em relação ao outro, através da experiência multissensorial e especialmente tátil com o sujeito que o rodeia. Homo revela a camada epidérmica e visível do ser humano. Seu corpo expressa a memória de uma história pessoal diante da representação visual de uma história coletiva de corpos estereotipados, icônicos, mitificados e idealizados.

Vermelho (Sala Antonio), de 9 a 13/07, das 14 as 21h
Contemporão, 13/07, das 11 as 15h
Coletivo Re(o)cupa, de 16 a 18/07, das 17:30 as 19h

Michel Groisman (Rio de Janeiro, Brasil)
Registro de ações
1990-2002
Michel Groisman foi um dos primeiros artistas da dança, no Brasil, a ter acesso a exposições de arte criadas por grandes museus. Sua contribuição para inserção da performance nesse eixo é inestimável.

Vermelho (Sala Antonio), de 9 a 13/07, das 14 as 21h
Contemporão, 13/07, das 11 as 15h
Coletivo Re(o)cupa, de 16 a 18/07, das 17:30 as 19h

Nurit Sharett (Tel Aviv, Israel)
Who is the Bedouin (2019)
8’
Edição, cinematografia e edição Nurit Sharett
Trilha sonora Shalom Weinstein
A ideia original do vídeo Who is the Bedouin surgiu quando a artista vasculhava uma coleção de slides do acervo de um museu criado, na década de 1970, no deserto Negev, na Jordânia e no Sinai. Segundo Sharett, os slides retratam os beduínos como uma figura tradicional cuja vida no deserto gira em torno de tendas, camelos, tapetes e chá. Enquanto trabalhava no projeto, Sharett encontrou no site do Ministério da Educação de Israel um texto educacional sobre os beduínos que os apresenta como figuras genéricas de um ponto de vista achatado - "O beduíno é ...". - sem levar em conta o papel das mulheres ou a vida beduína contemporânea. Sharett encontrou-se com beduínos e pediu que lessem o texto "Quem é o beduíno?" em voz baixa. Sua intenção foi registrar a autenticidade do primeiro contato com o texto, que, por conta dessa estratégia, está presente e ao mesmo tempo ausente no vídeo. O espectador percebe as reações dos beduínos apenas a partir de suas expressões faciais, como uma sobrancelha franzida, um pequeno sorriso, ou um aceno de afirmação ou negação da cabeça.

Apoio: Mifal Hapais

Vermelho (Sala Antonio), de 9 a 13/07, das 14 as 21h
Contemporão, 13/07, das 11 as 15h
Coletivo Re(o)cupa, de 16 a 18/07, das 17:30 as 19h

Ramusyo Brasil (São Luís, Brasil)
Maranhão 669 - Jogos de Phoder (2014)
60’
Realização NUPPI – Núcleo de Pesquisa e Produção de Imagem, e Mídia 2 – Produções Audiovisuais
Ideia Original, Direção, Roteiro, Produção Executiva Ramusyo Brasil
Montagem Nayra Albuquerque
Atorxs Lauande Aires, Áurea Maranhão, SaraElton Panamby, Yuri Brito, Bruno Barata Ferreira, Filipe Espíndola, Bruno Azevêdo, Cris Campos, Tieta Macau, Irlane Rocha, Guilherme Frederico, Batman Pobre, Ramusyo Brasil e Crystal.
Fotografia Ramusyo Brasil, Carolina Libério, Jane Maciel, Beto Pio, Matheus Santos
Som Bruno Barata Ferreira, Ramusyo Brasil, Nayra Albuquerque, Matheus Santos, Carolina Libério, Jane Maciel, Reuben da Cunha
Trilha Original Bruno Barata Ferreira
Trilha Adaptada Ramusyo Brasil, Luciano Linhares, Yuri Brito
Trilha Sonora Bezerro de Ouro (Sérgio Ricardo)
Figurino Áurea Maranhão, Sara Panamby, Ellen Correia, Filipe Espíndola
Direção de Arte Ramusyo Brasil, Áurea Maranhão, Sara Panamby, Carolina Libério, Jane Maciel, Filipe Espíndola
Poesias Celso Borges, Reuben da Cunha, Walter Benjamin, Glauber Rocha, Nauro Machado
Fotos Carolina Libério, Jane Maciel, Adson Carvalho, Eduardo Cordeiro
Catering Ellen Correia
Finalização de Imagem e Som Beto Pio
Arte Gráfica Carlos D e Maca.
A partir do documentário Maranhão 66, filme pouco conhecido da cinematografia de Glauber Rocha, Maranhão 669 - Jogos de Phoder atualiza a potência estética do cinema glauberiano articulando-o com o pensamento histórico de Walter Benjamin. O filme traça pontes entre poéticas corporais performáticas e o inconsciente político brasileiro, numa trama onírica que investe nos processos ritualísticos de produção audiovisual. Com acento nitidamente ensaístico, Maranhão 669 - Jogos de Phoder recolhe fragmentos de raiva poética que cintilam entre o erótico e o infernal, a psique e a política, o real e o imaginário, o documental e o ficcional. O filme desvela os devaneios do deputado Lauande que comemora em um quarto de hotel a vitória de seu correligionário, o então jovem político José Sarney (ex-presidente do Brasil / 1985-1989) ao governo do estado do Maranhão, enquanto ouve seu discurso de posse, no dia 31 de janeiro de 1966. Entre um trago e um teco, Lauande é visitado por um anjo (o anjo da história de Benjamin) que o leva para uma viagem ritual que atravessa o tempo. Primeiro, um baile com Dionísio. Em seguida, uma orgia para a vinda do Messias. Ele virá?! No Cine Ebó evoca-se um Cabôco, uma Pomba Gira e Shiva pra jogar capoeira ao som do berimbau...

Vermelho (Sala Antonio), de 9 a 13/07, as 21h (legendas em Inglês)
CCSP (Sala Tarsila do Amaral), 13/07, 17h

Tomás Orrego (Lima, Peru)
La espera trae sus frutos (2019)
1’35’’
Efeitos sonoros, música original e edição Tomás Orrego
Original score material – Pepe le Pew - Touché And Go (1957)
O video La espera trae sus frutos se apropria de um fragmento editado de um dos episódios do desenho animado de Looney Tunes, Pepe le Pew , repetindo cenas em loop e substituindo os sons originais. No desenho, Pepe, uma doninha em busca de amor, persegue uma gata chamada Penelope. No vídeo vemos Penélope se escondendo dele depois de uma perseguição. Visivelmente exausta, ela está cansada do papel de objeto de desejo constantemente persseguida em nome do amor. O quê significa se tornar objeto de desejo de outros? O quê a perseguição de quem está apaixonado provoca em nós? No vídeo, o sofrimento causado pela presença de Pepe é intensificado pelo som altíssimo. A cena se assemelha mais a um filme de terror do que um desenho infantil. Penelope está sempre presa entre a calma e agitação, destinada a sofrer em nome do amor.

Vermelho (Sala Antonio), de 9 a 13/07, das 14 as 21h
Contemporão, 13/07, das 11 as 15h
Coletivo Re(o)cupa, de 16 a 18/07, das 17:30 as 19h

Ton Bezerra (São Luís, Brasil)
Imago (2012)
registro de performance
12’09’’
“Em sua outra performance Imago, Ton Bezerra coloca a máscara de um burro com chocalhos, virando um antropomorfo-artista-cidadão que se faz animal condutor. É puxador de uma carroça cuja carga é um pequeno jumento e, com esse veículo incômodo, atravessa a ponte principal da cidade (São Luís, MA) atrapalhando o trânsito, sendo xingado pelos motoristas e ameaçado de atropelamento. O artista parece querer inverter o papel ao denunciar, também, o sacrifício e a humilhação por que passam tantos animais de carga. Dá ao homem-burro o papel do avesso diante do homem explorador, em sua dimensão de desumanidade, pondo ao trabalho forçado ambos os animais dos dois reinos.”.

Excepto do texto de Bené Fonteles publicado originalmente no catálogo “Corpo de Denúncia”, de Ton Bezerra.

Vermelho (Sala Antonio), de 9 a 13/07, das 14 as 21h
Contemporão, 13/07, das 11 as 15h
Coletivo Re(o)cupa, de 16 a 18/07, das 17:30 as 19h

Oficina

Verbo SLZ
Extensões do Corpo
Marco Paulo Rolla
Oficina teórica e prática de criação em Performance Arte
de 16 a 18/07
Coletivo Re(o)cupa, Rua Afonso Pena, 20 – São Luís (MA)
16/07, das 10 as 17h – teoria e prática
17/07, das 10 as 16h – prática
18/08, das 15 as 18h, e das 19 as 22h – finalização e apresentação dos resultados na Chão SLZ.

Residência

Verbo SLZ – Residência Alcântara, MA
Marco Paulo Rolla
Casa do Sereio, Alcântara (MA)
Coordenação: Yuri Logrado
de 20 a 27/07

Serviço

Verbo 2019 – 15ª edição da mostra de performance arte
Locais, datas e horários:
Galeria Vermelho. 9 a 13/07, das 14 as 23h. Rua Minas Gerais, 350 - São Paulo – SP
Centro Cultural São Paulo (CCSP). 12 e 13/07 (horários no link abaixo). Rua Vergueiro, 1000 - São Paulo - SP
Contemporão SP. 13/07, das 11 as 15. R. João Moura, 1109 - São Paulo - SP
Chão SLZ. 16 a 18/07, das 19 as 23h. Rua do Giz, 167, São Luís – MA
Coletivo Re(o)cupa 16 a 18/07, das 17:30 as 19h. Rua Afonso Pena, 20 - São Luís - MA

Informações: verbo@galeriavermelho.com.br - https://galeriavermelho.com.br/pt/verbo

Posted by Patricia Canetti at 11:16 AM

julho 4, 2019

Oficina e palestra de Rosângela Rennó no Bolsa Pampulha, Belo Horizonte

O programa Bolsa Pampulha, realizado pela Prefeitura de Belo Horizonte, por meio da Secretaria Municipal de Cultura e da Fundação Municipal de Cultura, e pelo JACA - Centro de Arte e Tecnologia, promove nos dias 6 e 7 de julho oficina e palestra com a artista Rosângela Rennó, no Museu de Arte da Pampulha (avenida Otacílio Negrão de Lima, 16.585). As participações, seja na oficina ou na palestra, são gratuitas e fazem parte da programação do Bolsa Pampulha 2018/2019, que tem o propósito de estimular a produção e a pesquisa em artes visuais na capital mineira, contribuindo para o processo formativo da comunidade artística local e nacional.

No dia 6 de julho (sábado), de 14h às 18h, acontece a oficina em que os participantes são convidados a levar um conjunto de fotografias, de qualquer repertório, para desenvolver uma linha de pensamento narrativo. O objetivo é refletir sobre o valor do grande volume de imagem produzida nos dias de hoje, o sentido delas e o que a fotografia pode fazer pelo ser humano.

No dia seguinte, 7 de julho (domingo), entre 15h e 17h, Rosângela Rennó participa de palestra seguida de bate-papo. Com o tema “Do arquivo à circulação das imagens e de volta para o arquivo”, a artista apresentará alguns de seus trabalhos mais recentes e discutirá sobre as mudanças no estatuto da fotografia, como sua vocação como instrumento de comunicação e a depreciação de seu valor documental.

Rosângela Rennó formou-se em artes plásticas pela Escola Guignard e em arquitetura pela UFMG. É doutora em artes pela Escola de Comunicações e Artes da USP. Sua obra é marcada por apropriação de imagens descartadas, encontradas em mercados de pulgas e feiras, e pela investigação das relações entre memória e esquecimento. Em suas fotografias, objetos, vídeos ou instalações, trabalha com álbuns de família e imagens obtidas em arquivos públicos ou privados. Dedica-se também à criação de livros autorais.

Próxima palestra gratuita

No dia 28 de julho é a vez da artista, curadora e pesquisadora Mônica Hoff. Ela é co-fundadora do Espaço Embarcação, em Florianópolis. É mestre em história, teoria e crítica de arte pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul e atualmente cursa doutorado em processos artísticos contemporâneos no PPGAV/UDESC. Entre 2006 e 2014, coordenou o programa educativo e as atividades públicas da Bienal do Mercosul, atuando como curadora adjunta na nona edição do evento, em 2013. Desde 2014, realiza, com a curadora Fernanda Albuquerque, o Laboratório de Curadoria, Arte e Educação. Em 2018, em parceria a curadora Kamilla Nunes, organizou outros dois projetos: Escola Extraordinária e La Grupa.

As palestras realizadas ao longo do Bolsa Pampulha são seguidas de bate-papo e ocorrem no Museu de Arte da Pampulha, aos domingos, de 15h às 17h, com entrada gratuita.

Posted by Patricia Canetti at 6:09 AM

julho 3, 2019

Élcio Miazaki + Vítor Galvão na CâmeraSete, Belo Horizonte

Em sua 4ª edição consecutiva, o Edital de Ocupação de Fotografia da Fundação Clóvis Salgado leva à CâmeraSete – Casa da Fotografia de Minas Gerais, de 5 de julho a 14 de setembro, as exposições Arquipélago, de Victor Galvão (MG), e Impulsos Imitativos, de Élcio Miazaki (SP). Trabalhando a essência questionadora da contemporaneidade e o sentimento de melancolia de maneiras distintas, as exposições fotográficas contam, também, com obras em vídeo e objetos. A noite de abertura (5) integra a programação do Noturno de Museus.

Para Eliane Parreiras, presidente da Fundação Clóvis Salgado, a realização do Edital de Ocupação de Fotografia de maneira consecutiva demonstra a potência desse formato na cidade Belo Horizonte. “São linguagens diferentes ocupando um importante espaço de passagem no centro de BH, que é a CâmeraSete. Para nós, é extremamente importante fomentar a fotografia como arte e que o público ocupe cada vez mais a Casa de Fotografia de Minas Gerais”, destaca.

Arquipélago

Em Arquipélago, Victor Galvão apresenta fotografias de viagem realizadas ao longo dos últimos cinco anos em diversas partes do mundo, formando um panorama descontínuo de lugares e momentos que não são identificados diretamente. A exposição é constituída por cenas que representam experiências de contemplação diante da paisagem, numa narrativa permeada pelos sentimentos de solidão e isolamento. Além das fotografias, o projeto conta também com dois vídeos produzidos a partir de uma sequência de imagens com legendas.

Segundo o artista, a exposição é um recorte de seu arquivo, com fotografias que não tinham lugar em séries com organização conceitual mais rigorosa. “Não reuni essas imagens por um traço conceitual específico, mas sim num retorno a um arquivo que tem valor afetivo para mim por meio de um recorte mais espontâneo”, explica Victor. Para Uiara Azevedo, gerente de Artes Visuais da Fundação Clóvis Salgado, a fotografia de Victor Galvão provoca uma identificação universal, evocando a simplicidade de um registro fotográfico que chama a atenção pela estranheza e pelo caráter afetivo, num tempo em que somos bombardeados por fotografias de viagem o tempo todo.

A materialidade da fotografia em filme é um dos pontos decisivos na pesquisa de Victor Galvão, ponto de partida para Arquipélago. O processo do artista consiste no uso de filmes do seu acervo, que podem já ser antigos e permanecerem guardados por muito tempo sem revelação. “Compro os filmes, coloco na câmera e revelo no banheiro de casa de maneira artesanal. Deixo meu processo ser esburacado, com abertura para muita coisa dar errado porque gosto de deixar a imagem ter vida própria”, explica o artista. “Tem muito a ver com distância e instabilidade da paisagem, e esse processo é meu jeito também instável de trabalhar”.

Na exposição, estão também dois vídeos em formato de slideshow com fotografias em película, com narrativa em legendas escritas por Victor Galvão. “Para mim é importante conduzir a narrativa não só pela imagem que é mais sutil, mas também pelo texto que é um pouco mais impositivo e consciente”, explica. Segundo o artista, o texto é, também, uma forma de marcar a linearidade do tempo em contrapartida à estaticidade da imagem. “O texto dá ritmo, distribuindo essas imagens no tempo e tirando-as de um momento pré-determinado”.

Impulsos Imitativos

Impulsos Imitativos, de Élcio Miazaki, parte de pesquisas relacionadas ao meio militar, criando um repertório que se faz familiar ao cotidiano civil por meio de objetos simbólicos manipulados artesanalmente. Élcio investiga os pontos de coincidência entre universos aparentemente distintos, o militar e o civil, utilizando a simbologia das Forças Armadas para tratar de assuntos universais como a melancolia e a incerteza. No conjunto da exposição, o artista aponta para uma visão crítica que salienta questões importantes, observando, também, o homem por trás da farda.

Na série, Élcio se apropria de imagens do contexto militar encontradas em garimpos. “São fotografias que para muita gente não faz mais sentido guardar ou não têm interesse, então circulam muito. Sempre me interessei por fotografias que não são minhas nem da minha família”, conta o artista, que iniciou sua pesquisa após os confrontos entre manifestantes e militares em 2013 e manipula as imagens e objetos datados do período da ditadura militar brasileira. Segundo Élcio, seu interesse pelo patrimônio histórico se relaciona à sua formação em arquitetura e desde os anos 1990 tinha uma preocupação pela conservação da memória.

Em seu trabalho o artista aborda aspectos políticos relacionados à liberdade de expressão, mas busca, também, falar de um arquétipo masculino presente na experiência dos homens desde a infância. “Uma coisa que foi muito forte para mim é que quando os homens completam 18 anos são obrigados a se alistar. É um dos primeiros momentos em que sentimos que não temos decisão própria”, observa o artista, destacando o processo de apagamento da identidade visual pela qual os militares passam no alistamento. “Talvez os objetos na exposição não tragam isso diretamente, mas acredito que falo de assuntos internos ainda que sob a capa do militar”.

Ao lidar com objetos do passado, a exposição de Élcio passa inevitavelmente pela melancolia de um tempo e de uma masculinidade moldada pela imitação. “Esse resgate do passado traz à tona a ideia de que na sociedade como um todo não há liberdade de vivermos aquilo com que nos identificamos, e no caso do militar, percebo que ele tenta viver aquilo que a alma procura, mas não há lugar para outra coisa ali”, reflete Miazaki, reforçando que embora os retratos tenham um caráter muitas vezes intimista, há, também, a impossibilidade de controlar como uma imagem se espalha pelo mundo.

Além de objetos e fotografias, a exposição conta, também, com dois vídeos. Enquanto um deles apresenta o artista folheando um álbum de fotografias de uma posse aeronáutica da década 1970, propondo um novo enquadramento para as imagens, o segundo traz filmagens de técnicas militares de salvamento. “São imagens que tocam em questões de fragilidade e masculinidade, e podem ter até mesmo um sentido dúbio. Me interessou muito investigar como a memória desses movimentos ficariam no corpo do soldado”, explica Élcio.

Posted by Patricia Canetti at 5:44 PM

Motorhome PPPP: encerramento das atividades e lançamento de documentário no MARGS, Porto Alegre

MARGS recebe a etapa final do projeto MOTORHOME [PPPP], com ações, falas, performance e exibição de documentário, marcando o encerramento do programa de performance realizado em trânsito.

6 de julho de 2019, sábado, das 10h às 17h

MARGS
Praça da Alfândega, s/n°, Porto Alegre, RS

O Museu de Arte do Rio Grande do Sul – MARGS, em parceria com o Programa Público de Performance Península (PPPP), convida o público a participar no próximo sábado, 6 de julho, das atividades de encerramento do projeto “MOTORHOME [PPPP]”. Estão programadas ações, falas, performances e a exibição de um documentário.

A programação começa já na parte da manhã, a partir das 10 horas, com a instalação na parte externa do museu, na Praça da Alfândega, da estrutura inflável e efêmera que serviu de “casa-ateliê-ponto” durante a itinerância do programa. A criação é assinada pelo coletivo TransLAB.URB, que a partir das 11h fará uma fala aberta ao público sobre a experiência deste projeto e também de outros já desenvolvidos.

A seguir, pela parte tarde, Jessica Porciuncula, artista residente do programa, realizará uma performance no MARGS a partir das 14h.

Na sequência, às 15h, no auditório do museu, ocorrerá uma fala aberta ao público com a participação de uma das quatro artistas residentes do “MOTORHOME [PPPP]” - Jessica Porciuncula –, juntamente com Gabriela Motta e Izis Abreu, duas das quatro curadoras e pesquisadoras que participaram do projeto realizando acompanhamento curatorial e teórico às artistas selecionadas. A mediação é da artista Andressa Cantergiani, curadora-geral do projeto.

Por fim, às 16h, será realizada a sessão de lançamento do documentário “PPPP [MOTORHOME]”, dirigido por Vinícius Guerra e filmado ao longo da execução do projeto em trânsito.

A programação de encerramento do programa de performance realizado em trânsito dá sequência à parceria entre o MARGS e o projeto “MOTORHOME [PPPP]”. No dia 8 de junho, o museu recebeu uma fala aberta ao público seguida de performance da artista Charlene Bicalho, uma das quatro artistas residentes.

Sobre o MOTORHOME [PPPP]

É um programa de performance realizado em trânsito, através do deslocamento de artistas pelo interior do Rio Grande do Sul ao longo de um mês a bordo de um motorhome, espécie de casa-veículo-espaço de trabalho que buscou permitir tanto a experiência do deslocamento, como da convivência, da troca e do aprender coletivo e em contexto. MOTORHOME [PPPP] aconteceu durante os meses de maio e junho, com paradas para ações performativas, conversas e oficinas em 4 cidades do Estado: Caxias do Sul, Santa Maria, Pelotas e Porto Alegre. Ao todo, contou com 4 artistas participantes: Bianca Bernardo (Rio de Janeiro/RJ, 1982), Bruna Kury (1987), Charlene Bicalho (João Monlevade/MG, 1982) e Jessica Porciuncula (São Luiz Gonzaga-RS, 1992). Este projeto está sendo realizado com recursos do Fundo de Apoio à Cultura (Pró-cultura RS FAC), Lei n° 13.490/10.

PROGRAMAÇÃO DE SÁBADO (6/7)

10h - Montagem da estrutura efêmera e inflável em frente ao museu
11h - Conversa com o Coletivo Translab.urb
14h - Performance da artista residente Jessica Porciuncula
15h - Conversa com as curadoras Gabriela Motta e Izis Abreu e com a artista residente Jessica Porciuncula. Mediação de Andressa Cantergiani
16h - Lançamento do documentário dirigido por Vinícius Guerra e filmado durante as atividades do projeto Motorhome PPPP

Posted by Patricia Canetti at 5:06 PM