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junho 26, 2009

Revista Tatuí n. 6 - revista de crítica de arte

capatataui6.jpg

Revista Tatuí n. 6
tema: Arte e Política

Preço: R$ 8 + correio

Como comprar: clique aqui para se informar

Formato fechado: 21 x 15 cm
Nº páginas: 64
Impressão: cor
Capa: lombada
Tiragem: 1500
Peso: 100g

Autores: Ana Luisa Lima, Clarissa Diniz, Deyson Gilbert, Fernanda Albuquerque, Flavia Vivacqua, Gustavo Motta, Gustavo Motta, Mariana Smith
Realização: independente, Recife (PE), editoras Ana Luisa Lima e Clarissa Diniz
Patrocínio: Sistema de Incentivo à Cultura, Prefeitura do Recife | Apoio Cultural: Qualix Serviços Ambientais

Sumário

Boletim de ocorrências ou antecedentes de a Caroline Pivetta, por Clarissa Diniz
Arte, política e a crítica como fetiche, por Deyson Gilbert e Gustavo Motta
Fortaleza sem sabor, por Mariana Smith
No fio da navalha – entrevista com Miguel Chaia, por Fernanda Albuquerque
Notas do Subsolo (da arte contemporânea), por Gustavo Motta
Sobre práticas e pensamento, por Ana Luisa Lima
Ordem do dia, por Clarissa Diniz
Novas organizações e cultura, por Flavia Vivacqua

Editorial

Esta Tatuí nº 6 foi concebida em torno da discussão sobre arte e política. Seguindo a natureza intrincada da relação entre ambas, este número traz uma teia de ideias e textos absolutamente polissêmicos. Além de sintoma da diversidade de enfoques e posicionamentos ideológicos dos autores que seguem nas próximas páginas, parece-nos que esta edição personifica um nó ainda maior, aquele referente a uma geração que tem crescido sob uma pesada (e obscura?) nuvem de ideologias e sistemas sócioeconômicos _ com suas respectivas construções estéticas _ conflitantes e, em certa medida, aparentemente falidos (ou ao menos confessadamente em crise).

Faz-se evidente o complexo espectro de pensamentos, protestos, “revoluções”, reformas, mercados, manifestos, greves, guerras, terrorismo, cracks... Diante do qual nos sentimos desencontrados. Ainda assim, mesmo perante tantos fenômenos/ações que parecem demonstrar o estado de incomunicabilidade ideológica no qual aparentemente vivemos e ao qual supostamente estamos condenados, recai sobre nossa geração o peso de, digerindo a história política da humanidade, buscar traçar “diretrizes” flexíveis, pacíficas, eficientes e sustentáveis para as formas de organização social do século vindouro.

Em meio a tal desafio _ adensado, por exemplo, pela ideologia da responsabilidade social, que nos cerca dos impostos ao terceiro setor _ colocamo-nos ainda a tarefa de produzir arte, seja lá o que isso for. Nesse panorama de desolação e desatino ideológico, talvez comunguemos, todavia, da impressão de que ser artista nessas circunstâncias é estar ciente da comodificação de nossa arte, cuja força entrópica inaugura o século XXI já muito desgastada. Tal consciência da atual condição do artista _ que insistentemente debatemos em ateliês, bares e instituições _ tem de alguma forma nos colocado em constante estado de alerta crítico diante das coisas, do mundo, e de nós mesmos. Há uma ansiedade por encontrar pistas que nos façam vislumbrar possibilidades de uma atuação sócio-política mais contundente e programática, refletida num processo de reorganização social em sentido ampliado e específico, perante uma sociedade ou um dado campo da arte.

É provável que esse estado de alerta se faça evidente nos textos desta Tatuí no 6, marcados por um incessante esforço de autocrítica.

A sirene não foi ainda acionada, contudo.

Ana Luisa Lima e Clarissa Diniz, as editoras


Posted by Ana Maria Maia at 3:54 PM