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Propostas para as Câmaras Setoriais de Artes Visuais: SC

 
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Canal Contemporâneo



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MensagemEnviada: Qua Ago 31, 2005 2:50 pm    Assunto: Propostas para as Câmaras Setoriais de Artes Visuais: SC Responder com Citação

Propostas para as Câmaras Setoriais de Artes Visuais: Santa Catarina

Camaras Setoriais FUNARTE
Julho / Agosto 2005

Atendendo ao chamado da Funarte para a formação de uma Câmara Setorial de Artes Visuais, reuniram-se em Florianópolis, artistas e outros profissionais envolvidos. Detectando-se que não havia nenhuma iniciativa nessa área para estar pressionando os órgãos responsáveis pela cultura no Estado e Município, colocamos como meta também repensar os mecanismos existentes para a fomentação de arte contemporânea propondo novas articulações frente à Política Cultural. Quanto a isso foi proposto ao Conselho Estadual de Cultura na Câmara de Artes Plásticas um Edital específico para fomentação de Arte Contemporânea, vindo a ser implantado no Estado no ano de 2006. Na Fundação Municipal também esta sendo proposta a revisão de sua Política onde não há nenhum programa que fomente as Artes Visuais no parâmetro de Contemporaneidade.

Apesar de Santa Catarina passar despercebida muitas vezes por iniciativas que não passam pela região, há uma produção crescente no campo das Artes Visuais. Não há uma articulação como em São Paulo e Rio de Janeiro, mas há uma preocupação de como modificar este perfil. O problema de não estar nos calendários culturais do país, (exposições, apresentações, shows, etc) ou mesmo produzir sua própria riqueza, é uma desarticulação do próprio Estado, que claro, a classe artística tem parte nisso.

Especificamente na área de Artes Visuais, a Câmara Setorial em Florianópolis veio como o pretexto que faltava para um maior envolvimento dos profissionais envolvidos na formulação de uma Política Pública. Percebendo-a como um aglutinador das ações para a fomentação e desenvolvimento da produção artística e por sua vez disponibilizar isso ao público, vimos que apenas as Leis de Incentivo à Cultura não sustentam tal produção. A criação de Fundo específico para as Artes Visuais, (assim como para outras áreas) Editais, residências, mostras itinerantes, capacitações, fóruns, seminários, são algumas das possibilidades que dariam outra eficiência quanto à visibilidade valorizando os profissionais envolvidos.

Breve panorama dos mecanismos de fomentação das artes visuais em SC

Em Santa Catarina existem alguns projetos que priorizam o campo de Artes Visuais, tais como o Projeto SESC de Itinerância de Artes Plásticas, que financia a produção do artista, disponibiliza catálogo, e oferece ainda oficinas de capacitação para o público nas cidades do interior do Estado.

O Projeto Schwanke Perspectiva das Artes Visuais em Santa Catarina, situado na cidade de Jaraguá do Sul, que já expôs os trabalhos dos artistas selecionados, além da cidade de Jaraguá em Florianópolis e São Paulo, com pagamento de pró-labore e edição de catálogos, o projeto que depende de Lei de Incentivo à Cultura, está ameaçado quanto a sua continuação, (como o Estado vem tendo problemas de ordem “técnica” os investimentos na área cultural estão defasados a três anos, a exposição da segunda edição que abriu em Jaraguá do Sul no primeiro semestre de 2005 deveria vir a Florianópolis, mas o Conselho de Cultura não se posicionou frente a tal situação).

Este ano também ocorreu o Festival de Artes Plásticas na cidade de Piratuba no interior do Estado, com oficinas de profissionais do Estado e de outras regiões, uma forma de dinamizar as informações fora do “eixo” das capitais. Nos espaços de exposição do Estado, está para surgir ainda um edital que pague pró-labore aos artistas que são selecionados ou convidados, situação normal também deflagrada em outras regiões do Brasil, iniciativas de salões de arte no Estado de Santa Catarina permanecem, em alguns, com premiações “esportistas” de primeiro, segundo e terceiro lugar, e ás vezes sem pró-labore para os demais participantes.

O Museu de Arte de Santa Catarina, o principal do Estado, não tem autonomia financeira para funções primárias, quem diga para realizar exposições, dar continuidade do salão ou atividades que fomentem a produção artística, (palestras, debates, etc). O Museu Victor Meirelles (IPHAN 11ªSR/) também em Florianópolis realiza através do Projeto Agenda Cultural com apoio da Lei Municipal de Incentivo, e dos próprios projetos da Instituição, uma programação criteriosa com palestras, cursos de História da Arte, encontros com artistas e seminários, possibilitando a vinda de profissionais de outras regiões a cidade. Em Joinville há a implantação do Instituto Luis Henrique Schwanke, que realiza mensalmente palestras a respeito da produção e pesquisa de arte contemporânea.

Compreendendo as Artes Visuais como atividade que se realizam em diversas instâncias, passando por Museus, galerias, espaços independentes, espaços urbanos, ambientes virtuais, web, impressos, entre outros locais de observação, propõe-se a revisão de sua estrutura física, para sistematizar as ações da Funarte. A sede que administra essas atividades podem e devem ser mais bem distribuídas no território nacional, seja por implantação de espaços expositivos ou a parceria com Instituições Municipais e Estaduais.

Sendo assim propomos algumas idéias de estruturas para o fundamento da nova política nacional de artes visuais que também se assemelha com propostas de outras regiões.

Campos de atuação:
·Produção e pesquisa em artes visuais;
·Critica e Curadoria;
·Ação - Educativo - Cultural;
·Restauração e conservação;
·Museologia;


Instrumentos e mecanismos de fomento

Pesquisa, criação e processo

·Implantação de Bolsas de Produção e Pesquisa para todas as áreas do campo de atuação - podendo ser beneficiado pessoas de reconhecida trajetória, residentes no Brasil para receberem durante um ano uma quantia mensal;

·Implantação de Programas Anuais de Residência de Artista para desenvolvimento de projetos no país e no exterior, viabilizando passagens aéreas, hospedagem e alimentação e um valor de apoio à produção. Para tanto, em nosso país poderiam ser implantadas em cidades brasileiras pré-definidas, (sendo Florianópolis uma candidata). Para abrigarem tal Programa teria parceria de viabilização com órgãos Estaduais e Municipais, junto a Funarte, sendo que em cada Programa nas cidades pré-determinadas seriam 5 ou mais artistas brasileiros e 5 ou mais artistas estrangeiros conforme Programas de cada país;

·Implantação de Programa de Fomento a Coletivos Independentes
(referentes a artistas que possuem uma dinâmica coletiva de atuação, como grupos deflagrados pelo Panorama da Arte Brasileira 2001). Este programa convidaria a partir da identificação de diferentes núcleos de ação coletiva pelo território nacional, 5 coletivos independentes por ano para realizarem projetos específicos em regiões diferentes das de origem. Cada núcleo de agenciamento coletivo receberia uma quantia como apoio a realização de suas propostas.

·Implantação de cursos e oficinas de formação com profissionais de Instituições nacionais e internacionais, para todos os campos de atuação com debates e mapeamentos de produção em parceria com órgãos culturais dos Estados e Municípios, viabilizando a vinda de profissionais para capacitação em todas as regiões do Brasil;

·Implantação de Projetos de Fomento para Equipamentos de Acervo e Reserva Técnica em Instituições Brasileiras (como a instinta Bolsa VITAE);

·Edital para Publicações de Arte: produção e difusão para publicação impressa e ou eletrônica ;

·Implantação de Programa de Mapeamento para Curadoria: seleção pública de projetos que desenvolvam pesquisa de curadoria e mapeamento, visitando locais e regiões com o objetivo de realizar uma exposição ou proposição. Cada projeto receberia uma quantia para produção e realização incluindo, pró-labore deslocamentos e alojamento do pesquisador, produção de exposição (pagamento aos artistas participantes) e publicação, este programa deverá ser em parceria entre Funarte e Órgãos Municipais e Estaduais;

·Projeto de Mapeamento e Itinerância (fomentação ao jovem artista): semelhante ao Projéteis de Arte Contemporânea, selecionaria por portfólio, 40 a 50 artistas do território nacional a realizarem exposições em locais de parceria entre Funarte e órgãos Estaduais e Municipais. Cada artista receberia um pró-labore como ajuda de custo para realização de projeto.

As propostas foram levantadas e discutidas através das três reuniões públicas com córum, registradas por ata nos dias, 6 e 20 de julho e 15 de agosto, na sede da APLASC, no centro da cidade de Florianópolis.

Enviado por Traplev
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