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RJ/SP Aberturas no CCSP / Brígida Baltar na EAV Parque Lage
ANO 12 - N. 65 / 23 DE AGOSTO DE 2012

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AGENDA DE EVENTOS
O que te escolhe, te move e alcança o mundo no Espaço Ápis, Rio de Janeiro
Brígida Baltar na EAV Parque Lage, Rio de Janeiro
Aberturas no CCSP, São Paulo
Arte/Ação e 3nós3 - Obra e Documento
II Mostra do Programa de Exposições 2012: Claudia Hersz + Fabio Riff e Guga Szabon + Marina Rheingantz + Marlene Stamm
Convidados: Egidio Rocci + Mabe Bethônico
Rogério Degaki na Marcelo Guarnieri, Ribeirão Preto
Um Outro Acervo do MAC USP: Prêmios-Aquisição da Bienal de São Paulo, 1951-1963 no MAC USP Ibirapuera, São Paulo
Metrô de Superfície: conversa, debate e performance no Paço das Artes, São Paulo
CIRCUITO - ÚLTIMOS DIAS Marcelo Solá na Luciana Caravello, Rio de Janeiro
SALÕES E PRÊMIOS Bolsa Iberê Camargo 2012 - Vencedores
ARTE EM CIRCULAÇÃO
A mineração e a busca do ilimitado por Anselm Jappe
O peso do vento por Célia Barros
Arte Contemporânea: Marcelo Solá por Enock Sacramento
COMO ATIÇAR A BRASA Marcelo Solá expõe em galeria no Rio até o dia 25 de agosto por Elisa Guimarães, O Fluminense

Cadu Lacerda em O que te escolhe, te move... no Espaço Ápis
Cadu Lacerda, Involução

Cleantho Viana em O que te escolhe, te move... no Espaço Ápis
Cleantho Viana, You dream of a new carioca, 2011, still de vídeo

O que te escolhe, te move e alcança o mundo
Alexandre Mazza, Arthur Carvalho, Bet Katona, Cadu Lacerda, Carla Einloft, Carolina Paz, Cleantho Viana, Daniel Bileu, Gabi Noujaim, Gabriel Giucci, Ivana Soares, Jose Nasser, Marcella França, Maria Eugenia, Maysa Britto, Moana Mayall, Sonia Tavora e Sylvia Carolinne

Curadoria de Daniela Labra

24 de agosto , sexta-feira, 19h

Espaço Ápis
Rua do Senado 338, Lapa, Rio de Janeiro - RJ
21-9601-5339
Quinta a domingo, 12-19h
Exposição até 16 de setembro de 2012

+ imagem, resumo e programação na agenda
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Enviado por Sylvia Carolinne de Andueza
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Brígida Baltar
O amor do pássaro rebelde

Curadoria de Marcelo Campos

24 de agosto, sexta-feira, 19h

Escola de Artes Visuais do Parque Lage - Galeria Cavalariças
Rua Jardim Botânico 414, Jardim Botânico, Rio de Janeiro - RJ
21-3257-1800 ou eav@eavparquelage.org.br
www.eavparquelage.rj.gov.br
Segunda a quinta, 12-20h; sexta a domingo, 10-17h
Exposição até 28 de outubro de 2012

+ imagem e resumo na agenda
english

Enviado por Barbara Chataignier
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Arte/Ação em Obra e Documento no CCSP
Arte/Ação, Circunferência com sombra

3nós3 em Obra e Documento no CCSP
3nós3, Art Door

Claudia Hersz no CCSP
Claudia Hersz, Khaza

Marina Rheingantz no CCSP
Marina Rheingantz, Lustre, 2012, 160 X 210 cm

Arte/Ação e 3nós3
Obra e Documento

Curadoria de Maria Adelaide Pontes

+

II Mostra do Programa de Exposições 2012
Claudia Hersz + Fabio Riff e Guga Szabon + Marina Rheingantz + Marlene Stamm

Selecionados por Ana Maria Tavares e Moacir dos Anjos

+

Convidados
Egidio Rocci + Mabe Bethônico

Curadoria de Artes Visuais

25 de agosto, sábado, 15h

Centro Cultural São Paulo - CCSP
Rua Vergueiro 1000, Paraíso, São Paulo - SP
11-3397-4002 ou artesplasticas@prefeitura.sp.gov.br
www.centrocultural.sp.gov.br
Exposições até 28 de outubro de 2012, com exceção de Obra e Documento, que termina em 14 de outubro.

Sobre a mostra Obra e Documento e os grupos Arte/Ação e 3nós3

Sobre o programa e artistas selecionados

Textos sobre Egidio Rocci e Mabe Bethônico

+ imagens na agenda de Arte/Ação e 3nós3, Claudia Hersz, Fabio Riff e Guga Szabon, Marina Rheingantz, Marlene Stamm e Mabe Bethônico
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Enviado por CCSP - Imprensa
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Rogério Degaki na Marcelo Guarnieri
Rogério Degaki, A Capa, 2012, isopor, fibra de vidro, massa plástica e tinta automotiva, 89 x 80 x 44 cm (Foto de Maurício Froldi)

Rogério Degaki
Your princess is in another castlle

24 de agosto, sexta-feira, 20-23h

Galeria de Arte Marcelo Guarnieri
Rua São José 1497, Ribeirão Preto - SP
16-3632-4046 ou contato@galeriamarceloguarnieri.com.br
www.galeriamarceloguarnieri.com.br
Segunda a sexta, 10-18h; sábado, 10-14h
Exposição até 15 de setembro de 2012

+ imagem e resumo na agenda
english

Enviado por Rogério Degaki
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Um Outro Acervo do MAC USP: Prêmios-Aquisição da Bienal de São Paulo, 1951-1963
Ahron Giladi, Aleksander Kobzdej, Americo Sposito, Anna Letycia, Armando Morales, Arnoldo Ciarrocchi, Bruno Giorgi, Bruno Saetti, Carlos Antônio Botelho, Elisa Martins da Silveira, Emile Gilioli, Evert Lundquist, Fernando Odriozola, France Mihelic, Francesco Somaini, Friedrich Vordemberg-Gildewart, Fritz Winter, Gaston Bertrand, Georg Brenninger, Gerrit Benner, Giuseppe Viviani, Gustav Kurt Beck, Hans Fischer, Hans Platschek, Hans Uhlmann, Henri-Georges Adam, Hilde Weber, Jackson Ribeiro, João Abel Manta, José Cláudio Da Silva, José Luis Cuevas, Juan Ventayol, Juan Vilacasas, Júlio De Resende, Krsto Hegedusic, Leon Gischia, Luciano Minguzzi, Luiz Martinez Pedro, Marcel Fiorini, Marta Peluffo, Milton Dacosta, Minoru Kawabata, Mladen Srbinovic, Moshe Castel, Moshe Tamir, Nemesio Antúnez, Octave Landuyt, Otto Pankok, Paolo Rissone, Pericle Fazzini, Peter Lubarda, Prunella Clough, Ralph Du Casse, Renzo Vespignani, Riko Debenjak, Robert Adams, Rodolfo Abularach, Shiko Munakata, Wander Bertoni, Willi Baumeister, William Scott, Yozo Hamaguchi, Zoran Petrovic

25 de agosto, sábado, 11h

Museu de Arte Contemporânea MAC USP Ibirapuera - 3º Piso
Pavilhão Ciccillo Matarazzo portão 3, Parque Ibirapuera, São Paulo - SP
11-5573-9932 ou infomac@edu.usp.br
www.macvirtual.usp.br
Terça a domingo, 10-18h
Exposição até 28 de julho de 2013

+ imagem e resumo na agenda
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Enviado por Sérgio Miranda
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Metrô de superfície
Amanda Melo (PE), Bruno Vilela (PE), Carlos Mélo (PE), Cristiano Lenhardt (RS/PE), Juliana Notari (PE), Marcelo Gandhi (RN/SP), Marina de Botas (SP/CE), Milena Travassos (CE), Rodrigo Braga (PE), Solange, tô aberta! (RN/Berlim), Solon Ribeiro (CE), Thiago Martins de Melo (MA), Virgínia de Medeiros (BA/SP)

Curadoria de Bitu Cassundé (CE) e Clarissa Diniz (PE)

+

Conversa com artistas, críticos e curadores
Carlos Mélo, Marcelo Gandhi, Pedro Costa, Rodrigo Braga, Solon Ribeiro, Thiago Martins de Melo; Carolina Soares, Bitu Cassundé e Clarissa Diniz

+

Debate
José Rufino e Marcelo Campos, com mediação de Bitu Cassundé

+

Performance de Solange, tô aberta!

27 de agosto, segunda-feira, 16h, 19h e 21h, respectivamente

Paço das Artes
Avenida da Universidade 1, Cidade Universitária, São Paulo - SP
11-3814-4832 ou pacodasartes@pacodasartes.org.br
www.pacodasartes.org.br
Terça a sexta, 11h30-19h, sábados e domingos, 12h30-17h30
Exposição até 13 de setembro de 2012
Proposição do Centro Cultural Banco do Nordeste

+ imagem e resumo na agenda
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Enviado por Jacqueline Medeiros
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CIRCUTIO - ÚLTIMOS DIAS
Marcelo Solá
Casa das Prima + Hidrolands Grafisch Atelier Chanterclayson / Dusted Souls

3 a 25 de agosto de 2012

Luciana Caravello Arte Contemporânea
Rua Barão de Jaguaripe 387, Ipanema, Rio de Janeiro - RJ
21-2523-4696 ou contato@lucianacaravello.com.br
www.lucianacaravello.com.br
Segunda a sexta, 10-19h; sábado, 11-14h

Leia o texto de Enock Sacramento e a matéria de Elisa Guimarães

+ imagem e resumo na agenda
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Enviado por Marcos Noronha
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SALÕES E PRÊMIOS
Bolsa Iberê Camargo 2012

Vencedores: Juliano Ventura e Marina Camargo

Selecionados para destaque no site da Revista Lugares da Fundação Iberê Camargo: Dirnei Freire Prates (Porto Alegre/RS), Gabriel Silva Lühmann Santos (Florianópolis/SC), Kátia Fernanda Fiera (São Paulo/SP), Lívia Pasqual Santos (Porto Alegre/RS), Lucas Moura Silva (São Paulo/SP), Maíra Fantin Dietrich (São Paulo/SP), Oliver Mann (Limeira/SP), Otavio Schipper (Rio de Janeiro/RJ), Ricardo Gomes da Silva (São Paulo/SP) e Thiago Augusto Teixeira Barros (Rio de Janeiro/RJ).

Leia a informação completa e publique seu comentário no blog Salões e Prêmios

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ARTE EM CIRCULAÇÃO
A mineração e a busca do ilimitado

ANSELM JAPPE

Mabe Bethônico - Prática Desmembrada, Centro Cultural São Paulo - CCSP, São Paulo, SP - 26/08/2012 a 28/10/2012

O capitalismo, mesmo antes da era industrial, já era minerário. O capitalismo não é uma produção de bens de consumo destinados a satisfazer nossa necessidade. Ele busca muito mais o valor, e este valor se representa, desde a antiguidade, por metais precisos (ou às vezes por pedras preciosas). A sede de ouro sempre o caracterizou. O objetivo da produção capitalista não é uma forma de riqueza concreta, mas de dinheiro: mais dinheiro possível. Uma quantidade maior da mesma coisa, que, como tal, não possui nenhuma utilidade para a vida humana. Essa é a razão pela qual a procura por ouro e prata foi um de seus principais motores ao longo dos séculos. Na Antiguidade, os únicos escravos que morriam de verdade por excesso de trabalho e exploração eram os infelizes que iam trabalhar nas minas – é o que Karl Marx escreveu em O Capital. O cansaço de um escravo doméstico, que tem de garantir o bem-estar de seu mestre, termina mais cedo ou mais tarde e a colheita na agricultura termina quando o último milho é colhido – mas se o escravo deve acumular ouro para seu patrão não há limite de trabalho que lhe é imposto, pois não há limite de ouro que se pode acumular.

Leia a continuação, o original em francês e publique seu comentário no blog Arte em circulação

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ARTE EM CIRCULAÇÃO
O peso do vento

CÉLIA BARROS

corre entre os dedos da minha mão,
entre os dentes da minha boca,
arrefece a minha língua.

Passa por entre os meus pés, se encolhe nos intestinos, explode como uma bomba. Voa.
Não se trata de nenhum tipo de fuga, ainda que a palavra escapar permaneça constante. Escapar, esquivar-se, evadir, encontra-se frequentemente com desejos de redirecionamento, desvio e até de encontro. Sair em busca de algo jamais visto

Leia a continuação e publique seu comentário no blog Arte em circulação

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ARTE EM CIRCULAÇÃO
Arte Contemporânea: Marcelo Solá

ENOCK SACRAMENTO

Texto originalmente publicado no livro Arte Contemporânea, da editora Alexa Cultural, em 2011.

Marcelo Solá - Casa das Prima + Hidrolands Grafisch Atelier Chanterclayson / Dusted Souls, Luciana Caravello Arte Contemporânea, Rio de Janeiro, RJ - 03/08/2012 a 25/08/2012

Em seu “Para não se esquecer”, Clarice Lispector afirma que “o que atrapalha ao escrever é ter que usar palavras”. E que, se pudesse escrever por intermédio do desenho, jamais “teria entrado pelo caminho da palavvra”. A declaração, feita por uma das mais significativas escritoras da língua portuguesa no Século XX, fala da sedução e da fluidez do desenho, de seu poder de síntese, de dizer muito com pouco, e remete à sua vocação de confundir-se com o desejo. Com efeito, a raiz de desenho e desejo é a mesma: designio.

Leia a continuação e publique seu comentário no blog Arte em circulação

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COMO ATIÇAR A BRASA
Marcelo Solá expõe em galeria no Rio até o dia 25 de agosto

Matéria de Elisa Guimarães originalmente publicada no jornal O Fluminense em 2 de agosto de 2012.

Marcelo Solá - Casa das Prima + Hidrolands Grafisch Atelier Chanterclayson / Dusted Souls, Luciana Caravello Arte Contemporânea, Rio de Janeiro, RJ - 03/08/2012 a 25/08/2012

Mostra, que estreia nesta quarta-feira, reúne 81 obras inéditas do artista plástico, que é conhecido por usar palavras e números em meio à imagem

Começa nesta quarta-feira, na galeria Luciana Caravello Arte Contemporânea, a exposição Marcelo Solá – Casa das Prima + Hidrolands Grafisch Atelier Chanterclayson/Dusted Souls. A mostra conta com 31 obras inéditas do artista goiano Marcelo Solá, entre desenhos, pinturas e serigrafias de tamanhos diversos.

Voltado principalmente para o desenho, Marcelo utiliza em suas obras materiais como grafite, óleo, esmalte sintético e spray. Outra das principais características de seu trabalho é o uso de palavras e números em meio à imagem, estilo que o tornou um nome de destaque na arte contemporânea brasileira.

Leia a continuação e publique seu comentário no blog Como atiçar a brasa

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TEXTOS DO E-NFORME

Obra e Documento – Arte/Ação e 3nós3 no CCSP

Será inaugurada no dia 25 de agosto, no Centro Cultural São Paulo, a exposição “Obra e Documento – Arte/Ação e 3nós3”. Com curadoria de Maria Adelaide Pontes, a mostra reúne pela primeira vez o conjunto de trabalhos de dois coletivos atuantes em São Paulo na década de 1970 e início de 1980: o grupo Arte/Ação, formado pela dupla Francisco Iñarra e Genilson Soares, e o grupo 3nós3, formado pelos artistas Hudinilson Jr., Mario Ramiro e Rafael França. O objetivo é apresentar a documentação artística desses dois grupos a fim de abordar a questão documental na produção contemporânea.

São cerca de 100 fotografias, vídeos e publicações impressas de apropriações e intervenções de natureza essencialmente efêmera, cuja mediação se dá, principalmente, por meio desses registros, em sua maioria fotográficos, pertencentes à coleção dos artistas Genilson Soares, Hudinilson Jr. e Mario Ramiro, e a coleções públicas e privadas.

São dois grupos com estratégias de trabalhos semelhantes que tem como marca a transgressão aliada a documentação, visto que ambos operam dialeticamente dentro e fora do sistema das artes, seja no interior de um museu, no caso do Arte/Ação, seja no espaço da cidade, no caso do 3nós3.

Grupo Arte/Ação [1974/1977]

O grupo Arte/Ação tem origem no Equipe 3, criado em 1971 por Francisco Iñarra (1947-2009), Genilson Soares e Lydia Okumura, e permanece com essa formação até 1974, quando Lydia Okumura passa a residir em Nova Iorque. Após a saída de Lydia, Iñarra e Genilson prosseguem trabalhando juntos e participam da Bienal Nacional de 1974 com a proposta coletiva Num Espaço Apertado. Em 1975 a dupla inicia uma série de trabalhos com apropriações de obras de outros artistas como Chihiro Shimotani, Giorgio de Chirico e Marino Marini, pertencentes ao acervo do MAC/USP, proposições as quais denomina de "Arte/Ação", nome pelo qual, o grupo (Francisco Iñarra e Genilson Soares) passa a adotar. Uma dessas apropriações Evento com a pedra Event, a dupla retira clandestinamente uma peça da instalação de Shimotani, a pedra Event, e a leva para um "passeio" no entorno do museu. Partindo da premissa "documentar é expressar", conceito cunhado pelo grupo, a ação é deslizada para uma série fotográfica, bem como outras de suas proposições.

Grupo 3nós3 [1979/1982]

O grupo 3nós3 surge em meio a uma nova geração de artistas e de outros grupos com o ideário de ocupação e apropriação de equipamentos da cidade, no final da década de 1970. O 3nós3, criado por Hudinilson Jr., Mario Ramiro e Rafael França (1957-1991), realiza uma série de intervenções urbanas na cidade de São Paulo, como a intervenção Ensacamento, encapuzamento com saco plástico preto de monumentos públicos da cidade, a intervenção X-Galeria, lacramento simbólico de galerias de arte da cidade, com um grande "X" feito com fita crepe, acompanhado de um bilhete afixado nas portas que dizia "O que está dentro fica, o que está fora se expande", e intervenções no complexo viário da cidade feitas com extensas faixas de plástico colorido. Contudo, o 3nós3 tem como premissa ocupar ao mesmo tempo tanto o espaço da cidade como o espaço da mídia. A ocupação dos meios de comunicação de massa, os registros gerados pela imprensa, bem como as documentações fotográficas e publicações feitas pelo grupo são partes integrantes dessas intervenções.

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II Mostra do Programa de Exposições 2012 no CCSP

O Centro Cultural São Paulo realiza a II Mostra do Programa de Exposições 2012, que será inaugurada dia 25 de agosto, e contará com individuais simultâneas dos artistas Claudia Hersz, Fabio Riff e Guga Szabon, Marina Rheingantz e Marlene Stamm, selecionados pela comissão julgadora - formada, nesta edição, pela artista Ana Maria Tavares e pelo curador Moacir dos Anjos.

Em paralelo, Mabe Bethonico e Egidio Rocci apresentam projetos inéditos, a convite da Curadoria de Artes Visuais.

Programa de Exposições 2012
O tradicional Programa de Exposições criado em 1990 com o objetivo de abrir espaço a artistas em início de trajetória profissional que participam do edital anual proposto pelo Centro Cultural São Paulo, figura entre as atividades institucionais periódicas mais longevas do ambiente cultural brasileiro. A especificidade da iniciativa é apresentar o trabalho de artistas em início de trajetória profissional – inscritos em edital publicado anualmente e selecionados por uma comissão julgadora diferente a cada edição –, sempre ao lado da produção recente de nomes cuja obra está em curso há pelo menos uma década. O objetivo é armar um repertório ampliado dos pensamentos que se desenvolvem, hoje, no campo das artes visuais, a fim de estabelecer também relações entre artistas de diferentes gerações, instituição e visitantes do CCSP.

O Programa de Exposições do Centro Cultural São Paulo conta com a participação de um grupo de jovens críticos que acompanha e escreve sobre a produção dos artistas selecionados. Esse grupo é formado por Antônio Ewbank, Carlos Eduardo Riccioppo, Cayo Honorato, Liliane Benetti, Marcio Harum e Paula Borghi.
Confira os textos escritos do grupo de críticos sobre as obras dos artistas selecionados, além dos textos dos artistas convidados Egidio Rocci e Mabe Bethonico, feitos por Célia Barros e Anselm Jappe, respectivamente.

Textos sobre as mostras selecionadas

Claudia Hersz por Marcio Harum
::KHAZA:: (2011), a instalação de Claudia Hersz apresentada nesta segunda exposição do programa do CCSP em 2012, além de suas inúmeras peças exibidas em vidro, porcelana, bordado, betume e tinta acrílica sobre gobelin e latão; de quatro livros criados pela própria artista e uma valise com determinada coleção de fotografias e retratos, que narra biograficamente a presença de uma família de imigrantes por mais de um século no Brasil. O mobiliário que compõe a mostra é inteiramente revestido de tapetes, o que faz rememorar um ambiente domesticamente íntimo; uma cama com mesa de cabeceira e luminária, objetos de parede, como quadros e espelhos, um aspirador de pó e fiação.

Forrado, o chão se emenda com as paredes, sendo utilizados na construção da sala aproximadamente 100 metros quadrados do material de tapeçaria. Ao fundo há a pintura mural celeste repleta de nuvens, que certeiramente nos causa a impressão de se adentrar num quarto-voador, daqueles dignos das mágicas fábulas orientais.
Sob os signos universais estampados nas tapeçarias-pinturas postas bem ali à sua frente, o visitante é conduzido pela fusão de imagens de um mundo fantasticamente vislumbrado desde a realidade cotidiana. Seduzido pela atmosfera acolhedora da obra, ao deixar-se ficar à vontade, passa então a ser convidado a admirar inadvertidamente um microcosmo pessoal, que analisa e revaloriza socioculturalmente os troféus perdidos para o grande bazaar de pulgas da burguesia oscilante ao longo dos últimos tempos e processos históricos.

Fabio Riff e Guga Szabzon por Antonio Ewbank
Faz As Vezes De Compasso Aberto Em V Entre Os Dedos O Símbolo Pinça Uma Carta À Mesa Resignado Sabe Nunca Poder Representar Isenta De Distorções A Superfície Terrestre Apenas Traça Um Desígnio Que Proporciona Rigor Científico À Arte Da Escrita Manual Dos Mapas Conforme O Propósito Certas Deformações Aceita O Achatamento Do Globo Sendo Método Que Resulta Sempre Num Espaço Bidimensional Reduzido Feito As Diversas Técnicas De Projeção Cartográfica Nada Mais Do Que A Variação Dum Mesmo Plano Colorido E Limitado E Convencional Através Do Qual Outrora Eram Imaginadas Peças Gráficas A Partir De Desenhos E Relatos De Viagem E Assim Por Diante As Paragens Desconhecidas Com Gravuras Ocupadas Embora Hoje Uma Padronização Global Bem Assentada Normalize Este Material Produto Das Máquinas De Computar E Dos Satélites Espaciais Cujo Invento Revirou Seu Gabinete De Trabalho E O Modo Dinâmico Como Os Dados Geográficos E Topográficos Passou A Capturar E Processar E Reproduzir Em Atlas Onde Vincula Uma Realidade Não Neutra Ou Forma De Conhecimento Visual Do Mundo Abstrata Para O Artista Vicário A Estetização Da Ciência Capaz De Preencher Por Si Só Lacunas
(O texto foi escrito pelo crítico sem pontuação e em letra maiúscula)

Marina Rheingantz por Paula Borghi
O azul, segundo a gestalt, é uma das três cores primárias e costuma ser associado a depressão, monotonia, melancolia e frieza, como também paz, ordem e harmonia. Historicamente tal cor marcou todo um período na produção de muitos artistas, como Picasso, Yves Clain, Van Gogh, Chagall, entre outros, alé m de ser um dos pigmentos mais nobres do renascimento. Assim, não por acaso, grande parte da produção de Marina Rheingantz apresenta pinturas compostas de variações cromáticas do azul.
Em sua individual a artista expõe três pinturas de médio e grande formatos, todas iluminadas por tons de azul. Ora com composições mais abstratas, ora mais figurativas, Marina não só cria uma pintura como busca um espaço para a pintura habitar: trata-se de lugares inabitados de vida humana e, ao mesmo tempo, preenchidos de sentimentos. À procura desse habitat, Marina nos convida a mergulhar. Camadas e mais camadas de tinta velam o tempo passado, escorridos transbordam na superfície, pinceladas indicam imagens e tons pastel iluminam a tela. São pinturas “felizes”, mas não de sentimento. São trabalhos tristes e azuis como o Blues, contudo “felizes” por construir seu espaço pleno de variedade melódica, harmônica e rítmica.

Marlene Stamm por Liliane Benetti
Metros e metros de papel, horas e horas. Dias e dias são de fato necessários para que Marlene Stamm capture, registre e reúna suas 24 horas de luz. Precisamente, 1628 aquarelas. Muito além do virtuoso domínio da técnica, a atenção recai na minúcia de um método preestabelecido para a consecução paciente. O resultado, quantificado num espantoso numero exato, termina por evidenciar o procedimento por repetição exaustiva: para cada imagem acende-se um fósforo, cronometra-se e anota-se a duração da chama, fotografa-se o carvão resultante. Só então a aquarela. Depois, unidades e desenhos são arquivados. As aquarelas juntam-se ao espaço conforme a ordem de feitura, forrando paredes especialmente calculadas para abrigá-las. Muitas das ocorrências se assemelham: ora as imagens, ora a duração das operações coincidem. Trata-se, afinal, de uma norma inventada para uma atividade sem função prática, que implica dosagens entre o acaso inescapável e a previsibilidade típica dos materiais industriais. Cada fragmento é a própria testemunha desse exercício compenetrado de absorção; e, lado a lado, as aquarelas reiteram o acúmulo temporal tematizado. Tempo que, ali, desdobra o seu próprio espaço.

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