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Como atiçar a brasa

 


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maio 8, 2018

Do brega ao gospel, Bárbara Wagner investiga as relações entre a cultura popular e os corpos por Nelson Gobbi, O Globo

Do brega ao gospel, Bárbara Wagner investiga as relações entre a cultura popular e os corpos

Matéria de Nelson Gobbi originalmente publicada no jornal O Globo em 7 de maio de 2018.

Com duas mostras no Rio, vencedora do Pipa desenvolve residência artística em Toronto

O ritmo pode ser o frevo, o funk ostentação, o brega pernambucano ou o gospel. Mas o olhar de Bárbara Wagner mantém-se firme nas relações entre a produção cultural e o corpo, que norteiam sua pesquisa artística em meios como a fotografia, o audiovisual ou a videoarte. Vencedora do Prêmio Pipa 2018, a brasiliense radicada no Recife vem chamando a atenção da crítica, do público e do mercado com imagens que desvendam universos desconhecidos da maioria do público — ao menos na densidade que suas obras apontam.

O público carioca pode conferir alguns exemplos desta abordagem em duas exposições. Em cartaz até 22 de julho no Instituto Moreira Salles, a coletiva “Corpo a corpo” traz a série fotográfica “À procura do 5º elemento” (2016), na qual Bárbara acompanhou os bastidores da indústria do videoclipes de funk de São Paulo e Recife, e “Terremoto santo”, (2017) curta realizado em parceria com o alemão Benjamin de Burca, que registra a performance de jovens cantores de música evangélica. Já a Escola de Artes Visuais do Parque Lage exibe, até 27 de maio, o curta “Estás vendo coisas”, também em parceria com Benjamin, sobre o universo do brega na capital pernambucana.

— Foi o brega que me levou ao gospel, ainda que para a maioria das pessoas os dois não tenham nenhuma relação. São dois gêneros independentes, que cresceram à margem do mercado, e mobilizam um número enorme de jovens por todo o país — compara Bárbara. — Ainda que sejam produções culturais igualmente periféricas, sinto que há um incômodo maior do público em relação ao universo evangélico. A ascensão social do gospel é muito parecida com a do funk ostentação, outro gênero com que trabalhei.

Atualmente, Bárbara está em Toronto, em uma residência artística de três meses, associada ao Prêmio Pipa, desenvolvendo uma pesquisa junto a grupos de poetas de spoken words formados na periferia da cidade por descendentes de imigrantes caribenhos e de países africanos. Novamente na companhia de Benjamin de Burca, a brasiliense documenta como a poesia, por vezes mesclada ao hip hop, se torna elemento de integração em uma vizinhança antes turbulenta. O resultado será um curta, que será exibido em julho no Front International, a primeira edição da Trienal de Cleveland, nos EUA.

— É um fenômeno cultural que acontece em um bairro periférico chamado Scarborough, que reúne a primeira geração de canadenses filhos de imigrantes caribenhos e africanos, que chegaram ao país na década de 1990 — conta Bárbara. — Estes conjuntos habitacionais ficaram marcados brigas entre grupos rivais, já que a convivência entre diferentes culturas não aconteceu de forma natural. É curioso, porque os textos são meio educativos, contrários ao que a gente se acostumou no hip hop, já que esses jovens não querem ser estigmatizados pela violência.

Em ascensão nas artes visuais brasileiras, Bárbara reconhece elementos que destacam a sua obra, a exemplo da junção da luz natural e artificial nas fotos. Mas a brasiliense vê o reconhecimento como consequência do processo de criação, e não como meta:

— É gratificante construir uma metodologia particular, mas ao mesmo tempo qualquer coisa facilmente identificável pode virar um problema, pelo risco da repetição. O mais desafiador do trabalho artístico, esteja ele dentro no mercado ou não, é criar uma assinatura que venha da consistência das obras, com todas as características distintas de cada uma delas.

SERVIÇO

“Corpo a corpo”
Onde: IMS — Rio Rua Marquês de São Vicente, 476, Gávea (3284-7400).
Quando: Ter. a dom., das 11h às 20h. Até 22/7.
Quanto: Grátis. Classificação: Livre.

“Estás vendo coisas”
Onde: EAV — Rua Jardim Botânico, 414 (3257-1800).
Quando: Seg. a dom., das 10h às 17h. Até 27/5.
Quanto: Grátis. Classificação: Livre

Posted by Patricia Canetti at 1:00 PM