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fevereiro 15, 2018

Morre Thomas Cohn, galerista que revelou artistas da Geração 80 por Gustavo Fioratti, Folha S. Paulo

Morre Thomas Cohn, galerista que revelou artistas da Geração 80

Matéria de Gustavo Fioratti originalmente publicada no jornal Folha S. Paulo em 6 de fevereiro de 2018.

Leonilson, Daniel Senise e Adriana Varejão foram artistas representados por ele

Morreu na segunda (5), aos 83 anos, o galerista e colecionador de arte alemão Thomas Cohn, que teve atuação importante durante a retomada da pintura no cenário das artes nos anos 1980.

Seu corpo foi cremado nesta terça-feira (6), em cerimônia fechada para poucos familiares e amigos, seguindo seu próprio pedido.

De família judia e nascido em Beuthen, cidade na fronteira da Alemanha com a Polônia, Cohn teve de sair de sua terra natal aos oito anos, durante a Segunda Guerra Mundial, fugindo do Exército nazista com a mãe e primos.

Estabeleceu-se com a família, primeiro, no Uruguai, onde passou sua juventude.

Em 1962, mudou-se para o Rio, na companhia de Myriam Tenenbaum Cohn, que seria sua primeira mulher --ele teria um segundo casamento, com Miriam Spira, mãe de Anny e Vivian Gandelsman.

Em entrevista realizada no ano passado por Vivian (o vídeo está disponível no site artload.com), o galerista conta que, ainda indecisos sobre a permanência no país, ele e Myriam escolheram morar em um hotel em Copacabana. A estadia ali durou oito meses.

"As paredes eram muito cinzas, então a gente começou a comprar obras de arte para decorá-las", ele rememora. No vídeo, com humor, Cohn assume que comprou "muita coisa errada" nesse seu início de trajetória.

Pouco antes de completar 30 anos, Cohn resolveu desfazer-se de todas as obras adquiridas. Com o dinheiro, casou-se com Myriam, decidiu fixar-se de vez no Brasil e, sob influência de um jovem amigo brasileiro, o artista Antonio Dias, então com 19 anos, começou a prestar atenção no trabalho de artistas nacionais contemporâneos.

Passou os anos 1970 viajando e comprando obras --também de estrangeiros. Adquiriu trabalhos assinados por Lygia Clark, On Kawara, Christian Boltanski, entre outros.

GERAÇÃO 80
Foi em 1983 que decidiu, enfim, abrir a galeria Thomas Cohn, dando privilégio ao trabalho de pintores.

O espaço ganhou relevância ao embarcar na efervescência de um movimento originado em torno desse suporte e também por apostar em artistas ainda sem proeminência, mas que despontavam como uma renovação geracional em um momento de abertura política.

Era aquela que se chamaria Geração 80, com a qual ganharam projeção artistas como Daniel Senise, Luiz Zerbini, Beatriz Milhazes, Leda Catunda e Leonilson.

Esses dois últimos eram representados por Cohn antes da mostra "Geração 80", realizada por Marcus Lontra, Paulo Roberto Leal e Sandra Magger, em 1984, no Parque Lage.

Nos anos 1990, Cohn trocou o Rio por São Paulo, onde reabriu sua galeria. Senise, representado por ele desse período até 2001, diz que Cohn se destacava pela independência de pensamento e pelo olhar atento a cenários de fora do país. "Era um homem do mundo", resume.

Ou, no outro sentido, "um dos pioneiros embaixadores da arte brasileira no exterior", diz a galerista Nara Roesler.

'APAIXONADO'
Nos anos 2000, as questões do corpo, da performance, da tecnologia e da palavra ganharam volume em outros espaços dedicados à arte, mas a galeria de Cohn permaneceu fiel a suportes tradicionais.

A galeria funcionou até 2012, quando seu dono decidiu se dedicar a outra atividade e abriu um escritório voltado ao design de joias, que funcionou até o ano passado, quando ele recebeu o diagnóstico de câncer no intestino.

Vivian diz que Cohn, além de apreciador das artes visuais, gostava de ouvir música eletrônica. "Virou um expert no assunto, antes mesmo de eu saber o que era música eletrônica", diz ela, 32.

"Um apaixonado". Assim o crítico Agnaldo Farias define seu "amigo Thomas".

"Começou a colecionar arte e abriu sua galeria com o mesmo ardor. Primeiro a mostrar Leonilson. Foi responsável pela descoberta de Adriana Varejão. Por causa de atitudes como essa, muita gente, arrogantemente ortodoxa, rompeu com ele. A Geração 80, depois consagrada, deve muito a seu olhar crítico e sensibilidade", completa.

Sua paixão se exprimia também nas "viagens de pesquisa", "surpreendentes". "Era entusiasmado tanto quanto indignado por tudo que lhe interessava: arte, a política, os passes errados do São Paulo, time do coração", conclui Farias.

Posted by Patricia Canetti at 1:07 PM