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Como atiçar a brasa

 


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julho 13, 2012

A dois passos do abismo, Diário do Pará

A dois passos do abismo

Matéria originalmente publicada no caderno Você do jornal Diário do Pará em 13 de julho de 2012.

A partir da próxima quarta-feira até o dia 2 de setembro, o público de Belém pode conferir O Fio do Abismo na Casa das Onze Janelas (um dia antes, é realizado um coquetel de abertura para convidados). Trata-se de um recorte da exposição Convite à Viagem – Rumos Artes Visuais 2011/2013, realizada em São Paulo, sob curadoria de Agnaldo Farias, quando foram exibidos os 100 trabalhos feitos pelos 45 selecionados em todo o país no mais recente edital do programa no segmento. Na capital do Pará, a mostra traz 24 obras de 18 desses artistas e a curadora é Gabriela Motta que trabalhou com Farias e assina essa versão em cocuradoria com Luiza Proença e Alejandra Muñoz. Ainda no dia 18, às 19h, elas dão palestra no Auditório do Museu do Estado do Pará sobre os conceitos de sua linha curatorial.

Para definir o tema do recorte em Belém, Gabriela analisou o conjunto dos trabalhos e procurou unificá-los em torno da representação de situações limítrofes. Assim, ela selecionou obras que problematizam circunstâncias antagônicas, porém contíguas, como chão e vão, vida e morte, passado e presente, amor e ódio, belo e feio e as dividiu em três subtemas de leituras complementares.

Em um deles, lida com a ideia de permeabilidade entre opostos exibida, por exemplo, nas obras Tapete e Faqueiro, do paulista Adriano Costa e Expiração 04, do mineiro Pablo Lobato. O primeiro utiliza objetos retirados de meios sociais excluídos que os usam de forma improvisada, como panos de chão e facas, para lançar dúvidas sobre a quem eles pertencem, quais os seus usos e novos significados. O artista joga perguntas institucionais de como expô-los ou como armazená-los. A obra de Lobato representa um ser vivo que passa a morrer a partir do momento em que existe, propondo problemas de ordem estética.

Ainda lidando com o oposto, mas de forma mais delicada, a artista paraibana Iris Helena usa o jogo semântico para indicar paradoxos no trabalho Notas Públicas. A obra é composta por um painel de post-its que formam uma foto de um lugar qualquer. Ela tende a se desmanchar e a perder partes, mas a dissolução é consequência de um rigor e um controle absolutos.

O segundo subtema lida com a noção de vertigem e a mudança radical na passagem de um estado a outro. Cada uma a seu modo, as obras desse segmento são trabalhadas entre a performance e as inutilidades e pertinências do sujeito-imagem. A violência física e psicológica é mostrada pela carioca Gabriela Mureb no vídeo Sem Título (Ânsia), em que o corpo que coordena a cena vivencia um jogo de submissão e controle, onde a cumplicidade é fundamental.

O vídeo Miss Zebra, da amazonense Naia Melo Arruda, apresenta um registro cheio de sensações antagônicas. Ele é composto de 15 esquetes em que a artista protagoniza cenas vestida com um pijama zebrado, com humor, sarcasmo e perspicácia visual, sem encadeamento lógico nem narrativa. O pernambucano Cristiano Lenhardt cria uma neblina de história: Polvorosa faz parte de um projeto chamado Entredécada, em que duas frágeis estruturas de madeira e papel vegetal servem de suporte para projeções de imagens. Nos vídeos, os personagens protagonizam fusões entre sujeito e contexto e a partir do contato entre as figuras, os corpos contaminam-se por chuviscos, aquela quase esquecida imagem de dissintonia de um televisor.

O terceiro conceito da mostra abrange trabalhos autorreferentes, que contêm em si o tema da obra como uma metalinguagem. Fábio Magalhães, da Bahia, se utiliza do tradicional óleo sobre tela na Série Retratos Íntimos para gerar uma experiência sensorial em que técnica e poética são complementares, apresentando a pintura como possibilidade de enfrentar tabus da representação. Ainda assumindo a imagem como problema central, o paulista Luiz Roque coloca o espectador entre duas imagens, como se, em vez de olhar a paisagem, fosse ela que observasse e sufocasse o espectador. Rodado com uma câmera que alcança 2500 frames por segundo, Projeção 0 e 1 versa sobre a força da imagem e o poder de acreditarmos nela.

Eloquente e visceral,a imagem fala

Diante de Morte Súbita, do mineiro João Castilho, há o fator surpresa pelo uso contundente de imagens violentas obtidas na internet. “São três minutos que parecem uma eternidade, em que se vê imagens turvas e distorcidas que antecipam a indesejada violência e a inevitável sincronia da morte. O que choca é o espelhamento que a obra é capaz de refletir e da avidez pelo trágico em nossa sociedade”, completa Gabriela.

SELEÇÃO E DIFUSÃO

A proposta do programa Rumos Artes Visuais é, com base na realidade de cada região, ao mesmo tempo viajar, diagnosticar e fomentar a criação visual do país. Assim, além de investigar o momento atual desta produção, detecta as direções e propicia aos selecionados oportunidades de difusão de seus trabalhos, intercâmbios e aprimoramento profissional por meio de ações de formação, como a concessão de bolsas de estudo.

AGENDE-SE

Exposição ‘O Fio do Abismo’. Abertura com coquetel para convidados na próxima terça (17), às 20h, na Casa das Onze Janelas (Praça Dom Frei Caetano Brandão, s/ n, Cidade Velha). A mostra segue em cartaz de 18 de julho a 2 de setembro, de terça-feira a sexta, das 10h às 18h. Sábados, domingos e feriados, das 9 às 14h. Ingressos: R$ 2. Entrada franca: crianças até 7 anos , adultos a partir dos 60 anos, portadores de necessidades especiais, grupos agendados e turmas da rede de ensino agendadas. Classificação indicativa: livre. Informações: 4009-8825 / 4009-8823.

e pelo email onzejanelas@gmail.com.

Palestra com curadoras e artistas da mostra. 18 de julho (quarta-feira), às 19h. Entrada franca. Ingressos distribuídos por ordem de chegada. Vagas: 80. Auditório do Museu do Estado do Pará [MEP]. Praça Dom Pedro II, s/n, Cidade Velha.

(Diário do Pará)

Posted by Cecília Bedê at 12:38 PM