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Como atiçar a brasa

 


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março 22, 2006

FILMEATA na Cinelândia - A Re-Volta do Rei João, sobre a atualidade da política cultural (?) carioca

carlotaemaia.jpg
Carlota e César Mala, paixão incondicional - A Re-Volta do Rei João, com Godot Quincas, Poliana Paiva e imenso elenco de palhacinhos culturais

FILMEATA na Cinelândia - A Re-Volta do Rei João

O Canal Contemporâneo organiza uma série de textos e matérias impressas sobre a polêmica resolução da Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro, que determina que todos os projetos culturais aptos a ingressar na Lei de Renúncia Fiscal Municipal nos dois próximos anos, são obrigados a falar sobre os 200 anos da chegada da Corte ao país, a serem celebrados em 2008

Reação no Século Mil, publicado no sítio Curta o Curta

Carta do Fórum de Produtores de Cultura do Rio de Janeiro, publicado no sítio Curta o Curta

Corte na cultura, matéria de Alessandra Duarte, originalmente publicado no Jornal O Globo e reproduzido no Observatório da Imprensa


Para mais informações:
Fórum de Produtores de Cultura do Rio de Janeiro
forumprocultrio@gmail.com
forumprocultrio@yahoo.com.br
21 2221-2832 - Viviane Ayres
21 2511-2039 - Silvia Frahia

Beco do Rato
Rua Morais e Vale, Beco
Programação às quintas: Receita de Choro, 20h, Cineclube, 23h
Poemas nos intervalos e após a sessão (depende dos frequentadores)
www.becodorato.blogspot.com


Reação no Século Mil

Originalmente publicado no sítio Curta o Curta, no dia 11 de março de 2006

Parece piada, de péssimo gosto, mas a prefeitura da cidade do Rio pretende gastar alguns milhões de moedas da população carioca no apoio a Peças de Teatro, exposições, livros, filmes e etc. de apenas um tema no próximo biênio. E o tema não poderia ser mais impróprio: os 200 anos da chegada da família real portuguesa ao Brasil. Então que sr. prefeito César Maia, através de sua macieria, cismou de homenagear A mesma família, a mesma força e ladainha que mataram eou escravizaram milhões de negros e índios, e que enforcou Tiradentes, exatamente por criticar o reino português. Não parece piada?

Como se hoje, no Rio, não existisse nenhum tema mais relevante do que este, de se homenagear reinos fedorentos e escravocratas... Mas a população que elegeu este governo biruta não perde por esperar... Antes mesmo do edital ser lançado ela já poderá curtir um curta feito na raça por um grupo de pessoas interessadas em não deixar esta babaquice estatal passar em branco... " A re-volta do Rei João" já esta sendo editado para em breve estar também aqui mesmo, no Curta o Curta, pra deleite de todos. Novas ações estão sendo organizadas contra este ridículo dirigismo cultural de cartas marcadas e que interessa apenas aos que íntimos desta pocilga que se tornou a política cultural em nossa cidade/estado. A população esta cansada de paliativos, ela quer soluções também de longo prazo e mais (ou pelo menos algum...)compromisso ÉTICO de seus governantes com as questões mais importantes de nossa atualidade e não com mentiras do passado. (Guiwhi)

Então que PARTE da comunidade audiovisual local fez uma FILMEATA sobre a péssima gestão cultural na cidade do Rio... Desde a incrível inércia da RIOFILME, que considera os curtas por ela incentivados nos últimos anos como "cadáveres na prateleira" (e se é isso mesmo, é muito por conta de sua própria lerdeza em sacar pra que serve mesmo a Riofilme?), também a questão da Receita Federal, que há 3 anos querendo tirar do SIMPLES as produtoras de cultura, e sem esquecer da ridícula homenagem que a citada prefeitura quer fazer à família real portuguesa, que matou Tiradentes, milhões de índios e negros e que deveria ser execrada e não homenageada!!

Carta do Fórum de Produtores de Cultura do Rio de Janeiro

Originalmente publicado no sítio Curta o Curta, no dia 21 de fevereiro de 2006

Prezada Alessandra (repórter do O Globo),

Primeiramente gostaríamos de parabenizar pela matéria que esperamos abrir debate público sobre esse importante assunto. Abrir debate, pois os produtores culturais que mais se utilizam da Lei do ISS carioca não tiveram voz. O Fórum de Produtores de Cultura do Rio de Janeiro vem promovendo reuniões periódicas desde maio do ano passado, justamente pela Lei Municipal de Incentivo à Cultura do Rio ter apresentado inúmeros problemas, em 2005, assim como outros inúmeros problemas em anos anteriores. Propôs algumas mudanças no funcionamento da lei que, diga-se, todos acham uma boa lei, somente gerida de maneiras que não contemplavam (e ainda não contemplam) os principais interessados: os produtores culturais cariocas e, por conseguinte, a população beneficiada com suas obras. Ora é biênio do audiovisual, deixando de fora toda e qualquer forma de arte, ora
interferência em conteúdos, como o caso atual, ora a renúncia é utilizada em apenas 3 meses do ano, ora a lei é interrompida por meses, por conta de vontades nunca bem explicadas.

Ano passado o Fórum apresentou, em audiência com o secretário das culturas, propostas que julgava, e ainda julga, pertinentes. Em janeiro de 2006, já munidos das notícias dos jornais sobre o biênio do pan-americano, nova audiência aconteceu. O grupo de produtores presentes soube das opiniões da prefeitura sobre a proposta de 2005 e mostrou contrariedade quanto à prefeitura escolher o conteúdo a ser proposto pelos artistas. Foi esclarecido pelo secretário - ele e sua subsecretária assinaram a ata dessa
audiência que pode ser colocada à disposição - que o tema pan se referia às culturas dos países participantes do evento carioca, inclusive o Brasil, o quê abria muito mais o leque de opções e se configuraria como levar o espírito olímpico para os projetos, mas não interferir diretamente nos conteúdos. O Fórum aceitou as explicações.

Dois dias antes da publicação do polêmico decreto, em nova audiência com a subsecretária, tudo foi confirmado, apenas com a ressalva de que ainda estavam, na prefeitura, revisando alguns pontos para o lançamento do edital que apresentaria as regras do jogo e o cronograma a ser respeitado.

São dois os problemas:

1) Os produtores cariocas se uniram para propor e dialogar sobre a lei de incentivo clara, aberta e honestamente, como verdadeiros parceiros do poder público municipal, já que o bom funcionamento da nossa lei interfere positivamente nas vidas de cada cidadão do Rio. Quando a disposição para o diálogo é quebrada da forma como foi, por parte da prefeitura, demonstra que os anseios da população não estão sendo respeitados nem levados em consideração;

2) A obrigação de um único tema, além de transformar artistas cariocas em empregados a serviço da prefeitura - o quê poderia ocorrer sem essa carga negativa, caso fosse lançado um edital somente para isso e com investimento direto da prefeitura e não por uma lei de incentivo que não deve obedecer a critérios de conteúdos, mas sim a critérios técnicos e práticos. De outro modo, interfere na criação artística - trará à luz, com certeza, projetos caça níqueis, já que os produtores tem que viver da sua arte de alguma forma e uma bomba desse poder pegou a todos de surpresa. A medida é desnecessária, pois, com a proximidade dos 200 anos da chegada da família real ao Rio, naturalmente surgiriam projetos com esse tema, vide LC Barreto na matéria de hoje.

Terminamos nos colocando a disposição para entrar em contato com alguns representantes de algumas entidades que representam a cultura no nosso Rio de Janeiro (Associação Brasileira de Documentaristas e Curtametragistas - Rio, Associação de Cineclubes do Rio de Janeiro, Associação Brasileira de Empresas Produtoras de Cinema), que podem acrescentar elementos importantes à sua matéria e levar a público uma nova rodada de discussões.

Sem mais, aguardamos retorno na certeza da existência de um debate democrático.

Fórum de Produtores de Cultura do Rio de Janeiro
O Rio Faz Cultura.

para comunicar-se com o FórumProCultRio envie mensagem para
forumprocultrio@gmail.com
forumprocultrio@yahoo.com.br
ou através dos telefones:
21 2221-2832 - Viviane Ayres
21 2511-2039 - Silvia Frahia


Corte na cultura

Texto de Alessandra Duarte, originalmente publicado no Jornal O Globoe reproduzidono Observatório da Imprensa

"A chegada de Dom João VI ao Brasil, em 1808, está repercutindo até agora na vida cultural do Rio. E não estamos falando das bibliotecas e universidades que a vinda da Corte portuguesa trouxe: em resolução publicada no último dia 15 no Diário Oficial do município, a prefeitura determinou que todos os projetos culturais que queiram receber incentivo fiscal via ISS (Imposto sobre Serviços), este ano e em 2007, têm de falar sobre os 200 anos da chegada da Corte ao país, comemorados em 2008. O ato vem causando polêmica entre artistas e produtores culturais. Enquanto muitos se queixam da restrição de tema, alguns, como a produtora LC Barreto, que começa a rodar este ano uma trilogia sobre a história do Brasil-colônia e a chegada de Dom João, comemoram.

A previsão da prefeitura é de que o edital com as datas de inscrições para os projetos interessados saia até o fim do mês. No fim do ano passado, a prefeitura chegou a pensar em restringir o desconto de ISS (de até 20% mensais do imposto pago pela empresa) àqueles projetos que falassem dos Jogos Pan-Americanos, argumentando que o Pan influenciaria a vida cultural da cidade. Na época, artistas e profissionais do setor reclamaram da restrição.

Projetos do Pan teriam pouco tempo, diz governo

- Mas mudamos para os 200 anos da vinda da Corte porque vimos que, se o tema fosse o Pan, as pessoas não teriam tempo de propor, captar recursos e realizar os projetos até a realização dos Jogos - afirma o secretário municipal das Culturas, Ricardo Macieira. - Além disso, existe a importância para a história da cultura no Brasil da chegada da Corte aqui. E até 2008, quando se comemoram os 200 anos disso, haverá tempo para os projetos serem produzidos.

Para o pesquisador musical Marcelo Fróes, poderia haver outras formas de se homenagear a chegada da Corte:

- A vinda deles mudou muito o país, e estimulou sua cultura. Mas estamos em 2006, e não podemos ficar fazendo cultura do passado. Essa determinação da prefeitura é algo limitador, e que pode provocar uma overdose de projetinhos de Dom João. Só que não sei se as empresas telefônicas e as grandes companhias têm interesse em patrocinar assuntos com pouco apelo para o público e a mídia.

O cineasta Eduardo Coutinho diz que não pretendia tentar incentivos fiscais pelo ISS para projetos seus:

- Mas, se estivesse nessa situação, acho que me mudaria para o Paraguai. Ou para a Turquia, quem sabe? É tão absurdo que não sei o que dizer.

O presidente da Associação de Produtores Teatrais do Rio, Eduardo Barata, afirma que a limitação é ainda pior por se tratar do ISS.

- É uma lei por meio da qual todo mundo gosta de investir, porque praticamente todo mundo paga ISS, por ser uma tributação sobre serviços. Não é como o ICMS, que só as indústrias pagam - diz Barata. - É válido o poder público homenagear a vinda da Corte, mas poderiam, por exemplo, separar uma parte dos recursos via ISS para isso. Da maneira que se fez, seria cômico se não fosse trágico. Vai ser algo muito ruim para o teatro do Rio. Há muito tempo ele não tem sido beneficiado pelos incentivos via ISS, porque nos últimos dois anos o tema para o incentivo foi o audiovisual. O poder público critica tanto a atitude de setores de marketing das empresas cercearem os projetos que aceita, mas está fazendo o mesmo. É como ter um marqueteiro no poder público.

Para o ator Antônio Pitanga, a restrição de projetos para incentivo fiscal é 'vestir um santo e deixar o outro nu':

- Todo tipo de provocação cultural é bem-vinda, mas essa idéia, apesar de louvável, atrela a criatividade a um ponto só. A prefeitura poderia, em vez disso, fazer algum concurso com este tema, e os premiados fariam projetos sobre ele. Seria uma ação mais inteligente. Destinar todo o dinheiro de incentivo do ISS a um só assunto é burrice, e um engessamento da cultura.

O artista plástico Luiz Alphonsus diz que o apoio a épocas históricas já é feito pelo meio acadêmico:

- Quando se fala de incentivo fiscal para a cultura, acho que estamos tratando é de arte, porque as outras áreas da cultura, que são a história e a ciência, já têm o apoio acadêmico. Com essa determinação da prefeitura, o que me parece é que estão restringindo a arte a uma questão histórica. E arte precisa de liberdade, principalmente a dos artistas jovens, que necessitam de incentivo.

Outro artista plástico, Thiago Rocha Pitta, lembra o episódio da tentativa da prefeitura de trazer o Museu Guggenheim ao Rio:

- Como o prefeito não conseguiu, passou a se vingar dos profissionais de cultura da cidade. E acho que essa restrição do benefício do ISS segue essa linha. A vinda de Dom João é algo a se comemorar, porque o Rio antes dele era um brejo, mas é um absurdo fazer isso limitando a liberdade de expressão.

Quem gostou da notícia foi a produtora LC Barreto.

- Acho que não deveria haver restrições, mas já que há, por que não esse tema? - diz a produtora Paula Barreto. - Devemos inscrever, para o incentivo pelo ISS, nosso projeto de três longas-metragens baseados nos livros de Eduardo Bueno sobre a história do Brasil.

Com roteiro do próprio Bueno, segundo Paula, e direção de Fábio Barreto, a superprodução falará sobre a chegada dos portugueses (o primeiro filme), a vinda de Dom João e a abertura dos portos (o segundo) e a proclamação da Independência (o terceiro). Nomes estudados para o elenco: Camila Pitanga, Cléo Pires, Letícia Sabatella, Thaís Araújo e Dira Paes para o papel das índias; Matheus Nachtergaele e Marcelo Serrado, para interpretar degredados; os atores portugueses Maria Medeiros e Joaquim D'Almeida (para viver Pedro Álvares Cabral); e Caio Blat, Daniel de Oliveira e Vinícius de Oliveira (o menino de 'Central do Brasil') para interpretar os grumetes dos navios.

Segundo Lucy Barreto, também será realizado um documentário sobre o período histórico:

- Devemos começar a filmar os dois projetos no fim deste ano, para estarem prontos no fim do ano que vem.

Outro projeto em que a Corte aparece é 'Império', musical que Miguel Falabella quer estrear este ano, com Stella Miranda e Sandro Cristopher.

- O incentivo via ISS deveria ser liberado para todo tipo de tema, mas, já que houve essa limitação, eu estou adorando. É genial se falar sobre a nossa história. E eu estou há quatro anos tentando montar esse musical. Vamos ver se agora vai - diz Falabella.

A diretora Carla Camurati, cujo 'Carlota Joaquina', que também trata da vinda da Corte e é o longa-metragem que marca a retomada do cinema nacional, preferiu a postura diplomática de não falar sobre o assunto."

Posted by João Domingues at 5:02 PM