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dezembro 5, 2019

Galeria Oto Reifschneider ocupa a Galeria Casa no CasaPark, Brasília

A Galeria Oto Reifschneider traz para a Galeria Casa uma exposição que apresenta a história da gravura brasileira através das obras de 25 gravadoras que produzem desde os anos 1950 com uma seção dedicada às artistas de Brasília

No próximo dia 5 de dezembro, quinta-feira, às 17h, a Galeria Oto Reifschneider faz a Ocupação 10 da Galeria Casa com a mostra Gravura Brasileira: 25 artistas que traz obras de gravadoras que ajudaram a construir a história da arte no Brasil a partir dos anos 1950, período em que o Brasil começou a mostrar ao mundo sua pujante produção artística. A exposição fica em cartaz na até o dia 29 de dezembro, com entrada gratuita e livre para todos os públicos. Visitação, de terça a sábado, das 14h às 22h, e domingo, das 14h às 20h.

Para a mostra que abre na Galeria Casa, o galerista e historiador Oto Reifschneider apresenta 50 obras de 25 gravadoras brasileiras. O público poderá conhecer as gravuras de Alicia Rossi, Anna Letycia, Betty Bettiol, Cristina Carvalheira, Dineia Dutra, Djanira, Edith Behring, Fayga Ostrower, Hannah Brandt, Helena Lopes, Isabel Pons, Leda Watson, Maria Bonomi, Maria Leontina, Marilia Rodrigues, Regina Silveira, Renina Katz, Ruth Bess, Sandra Santos, Thereza Miranda, Tomie Ohtake, Vera Bocayuva Mindlin, Vera Chaves Barcellos, Vitória Barreiros e Zoravia Bettiol.

“Foi pela gravura que a arte brasileira ganhou o mundo, nas bienais internacionais e salões de arte moderna.nossa arte pode ser não apenas apreciada, mas criticamente reconhecida”, afirma Oto. “Se alguns desses nomes são ainda hoje reverenciados, como os de Fayga Ostrower, Maria Bonomi e Renina Katz, outros igualmente importantes, como o de Isabel Pons, que tiveram na gravura sua arte maior, ficaram na história – e merecem um resgate”, ressalta o galerista.

São representantes das mais diversas correntes e períodos artísticos, de técnicas tradicionais e inovadoras. São litografias, gravuras em metal, serigrafias e xilogravuras, integradas a técnicas de relevo, fotografia e até computacionais, inovadoras a seu tempo. São abstrações e figurações, peças contemplativas e questionadoras – questões de cores, de linhas, de formas, estéticas e sociais.

A mostra apresenta um capítulo especial é o da gravura brasiliense, desenvolvida ao longo das décadas não apenas no núcleo da Universidade de Brasília, mas em ateliês independentes, responsáveis por gerações de amantes da gravura e de gravadores amadores. Suas principais representantes são Leda Watson, Betty Bettiol, Helena Lopes e Cristina Carvalheira, que formaram e enriquecem a tradição artística da cidade com suas atuações múltiplas pela arte.

Sobre as gravadoras

Alicia Rossi (1928), natural de Buenos Aires, cursou a Academia de Belas Artes de sua cidade natal. Ao se mudar para o Brasil, estudou gravura em metal com Evandro Carlos Jardim. Atuou em pintura, gravura e ilustração. Participou de dezenas de exposições, especialmente na capital paulista, entre elas diversos Salões de Arte Moderna, Panoramas de Arte Contemporânea e Bienais. Suas obras podem ser encontradas em importantes acervos públicos, como os do MAM-SP e da Pinacoteca do Estado de São Paulo.

Anna Letycia (1929-2018) se destaca por suas gravuras em metal, que têm como característica marcante a forma de caracol, além da geometrização e utilização de cores fortes e poucos traços. Anna Letycia estudou com grandes nomes da gravura brasileira, como Oswaldo Goeldi (1895-1961), Darel Valença Lins (1924-2017), Iberê Camargo (1914-1994), Edith Bering (1916-1996) entre outros. Leciona no MAM do Rio de Janeiro, na Pontifícia Universidade Católica de Santiago, no Chile, e em Niterói, onde instala a Oficina de Gravura no Museu do Ingá. Participou de mais de 150 exposições, entre individuais e coletivas, nacionais e internacionais. A artista tem obras em inúmeras coleções e museus, tendo sido premiada e consagrada com participações em bienais como as de Tóquio, Paris, México, São Paulo, Veneza e Liubliana.

Betty Bettiol (1941), natural de São Paulo, pintora e gravadora, reside em Brasília desde 1962. Foi aluna de gravura em metal de Lêda Watson. As obras da artista são caracterizadas pela presença de formas geométricas, cores densas e repetições que dão ritmo às composições. A artista foi pioneira no uso de computadores para a elaboração de gravuras em metal e integra o primeiro grupo de artistas a se formar na cidade. Além de artista, Betty desenvolveu ao longo dos anos com o marido uma das principais coleções de arte da capital.

Cristina Carvalheira (1948), artista gravadora e professora, é natural de Recife-PE. Cursou a Escola de Belas Artes de Pernambuco, se formando como arte-educadora pela UnB. Antes de retornar ao Brasil, em 1979, morou não apenas na França, mas também em Moçambique. Em Brasília se formou como arte-educadora pela UnB, participou do Clube de Gravura de Brasília e teve como mestres a gravadora Marilia Rodrigues e o pintor, escultor e gravador, Milan Dusek. Participou de mais de cinquenta exposições no Brasil e no exterior, com individuais em Brasília, João Pessoa, Recife, Paris e Montpellier. Suas obras são caracterizadas pela relação da natureza com o humano.

Dinéia Dutra (1954-1988) era uma das grandes promessas da gravura de sua geração. Trabalhou com Cléber Gouvea e DJ Oliveira, dois destaques da arte goiana, tendo participado de mais de 20 exposições, recebido prêmios e editado dezenas de gravuras que retratam o cotidiano de forma poética e melancólica.

Djanira da Motta e Silva (1914-1979) nasceu em São Paulo, mas passou sua infância na lavoura em Santa Catarina, vivência essa que marcou sua preferência por temáticas populares. Em 1939, muda-se para o Rio de Janeiro, onde convive com artistas como Milton Dacosta (1915 – 1988), Carlos Scliar (1920 -2001) e Emeric Marcier (1916 – 1990). Realizou exposições na Royal Academy of Arts [Londres], na New School for Social Research [Nova York], no Museu Nacional de Arte Moderna[Paris], entre tantos outros.

Nascida no Rio de Janeiro, Edith Bering (1916-1996) foi gravadora, pintora, desenhista e professora. Começou estudando desenho com Candido Portinari (1903-1962) e, anos mais tarde, toma interesse pela gravura, aprendendo xilogravura com Axl Leskoschek (1889-1975) e gravura em metal com Carlos Oswald (1882-1971) em sua cidade natal, e com Johnny Fiedlaender (1912-1992) em Paris. Realiza exposições internacionais e participa da Bienal de São Paulo por 10 anos. Suas obras são marcadas pelo abstracionismo, mas com certo movimento, produzindo principalmente em água-tinta e água-forte.

Fayga Ostrower (1920-2001) foi gravadora, pintora, desenhista, ilustradora, ceramista escritora, teórica da arte e professora. Nascida na Polônia, mudou-se aos 14 anos para o Brasil com sua família. Formou-se em Artes Gráficas na Fundação Getúlio Vargas (FGV) e foi aluna de renomados artistas como Carlos Oswald (1882-1971) e Axl Leskoscheck (1889-1975). Lecionou no Museu de Artes Modernas do Rio de Janeiro (MAM) e em universidades do exterior. Realizou diversas exposições no Brasil, Estados Unidos e Europa, além de receber vários prêmios em bienais nacionais e internacionais por suas gravuras de traço delicado e sintético.

Hannah Brandt (1923) nasceu na Alemanha e se mudou para São Paulo em 1935. Na década de 1950, começa os estudos artísticos e, anos mais tarde, tem aulas de gravura com Lívio Abramo e Maria Bonomi. Funda o Núcleo de Gravadores de são Paulo (Nugrasp) e realiza várias exposições no Brasil e no exterior, obtendo, entre outros, o Prêmio Itamaraty na 12ª. Bienal Internacional de São Paulo. Representa em suas obras desde temas de cunho social a abstrações, do universo espiritual a paisagens de cores ricas.

Helena Lopes (1941) é uma das mais atuantes artistas de Brasília, trabalhando com gravura, pintura e técnicas mistas. Foi responsável pela criação do Ateliê de gravura do Instituto de Artes da Universidade de Brasília junto com a Professora Stella Maris, que resultou no Núcleo de Gravura do Instituto de Artes. Ganhou uma bolsa do CNPq para o desenvolvimento do projeto “Cerrado: fonte geradora de imagens em gravura em metal”. Participou de diversas exposições nacionais e internacionais. Suas obras podem ser encontradas em coleções nacionais e internacionais, como a Casa da Cultura da América Latina (Brasília, Brasil) e a Essex Collection of Art from Latin America (Essex, Ingraterra).

Mestre na gravura em metal, Isabel Pons (1912-2002) teve seu interesse despertado por essa técnica ao frequentar a oficina ministrada por Friedlaender no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, em 1959. Pela Bienal de São Paulo, recebeu o prêmio de melhor gravadora em 1961 e foi homenageada com uma sala especial em 1963. Foi também premiada pelas bienais de Veneza, do México e Cracóvia. Foi, entre outras coisas, responsável pelo cenário e figurinos do filme Orfeu Negro, ganhador do Oscar de melhor filme estrangeiro em 1956. Suas obras compõem acervos particulares e museus nacionais e estrangeiros, como o MoMA (Nova Iorque), Museu de Arte Moderna (Praga), Museu de Belas Artes (Bilbao), Museu Albertina (Viena) e o Royal College of Art (Londres).

Leda Watson (1933) frequentou a Escola Nacional de Belas Artes do Rio de Janeiro, a École Nationale de Beaux Arts – Sorbonne, Paris e a Universidade de Brasília. Estudou gravura com Friedlaender em Paris e se especializou em gravura em metal na Escolinha de Arte do Brasil. São mais de 50 anos dedicados à gravura e 30 anos ao ensino. Participou de inúmeras exposições, no Brasil e no exterior, entre elas a Bienal de São Paulo. Atuou na criação do Museu de Arte de Brasília (MAB), inaugurado em 1985, e foi coordenadora de museus da Secretaria de Cultura do Distrito Federal. Suas gravuras são marcadas pelas formas orgânicas e cores terrosas.

Gravadora, pintora, escultora, muralista, professora, cenógrafa e figurinista, nascida na Itália, Maria Bonomi (1935) se fixa em São Paulo em 1944. Passa, então, a ter aulas de pintura com Yolanda Mohalyi e Karl Plattner. Com Lívio Abramo, estuda gravura na década de 50 – com ele fundaria também em 1960 o Estúdio Gravura. Em 1956 estuda design em Nova York, na Universidade Columbia. Ao voltar para o Brasil, volta a estudar gravura com Johny Friedlaender no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM-RJ). Participou de diversas exposições individuais e coletivas nacionais e internacionais, ganhando importantes premiações em bienais internacionais. Bonomi é uma das mais atuantes, premiadas e reconhecidas artistas brasileiras.

Maria Leontina (1917-1984) foi pintora, desenhista e gravadora, tendo frequentado o estúdio de Bruno Giorgi (1905-1993) e estudado com Waldemar da Costa (1904-1982), que exerce influência na sua aproximação com o Modernismo. Maria Leontina frequentou também, o ateliê do artista Johnny Friedlaender (1912-1992), junto com seu marido e também artista, Milton DaCosta (1915-1988). Participou da exposição 19 pintores, realizou painéis em importantes edifícios na cidade de São Paulo, recebeu o prêmio nacional da Fundação Guggenheim em Nova York e o prêmio pintura da Associação Paulista de Críticos de Artes (APCA).

Marília Rodrigues (1937-2009), natural de Belo Horizonte, estudou na Escola de Belas Artes de Minas Gerais, época em que o aprendizado de desenho com Haroldo Matos foi marcante para a artista. Foi bolsista no curso de gravura do Museu de Arte Moderna (MAM) no Rio de Janeiro, onde passou a ter aulas com Edith Behring, Rossini Perez e Anna Letycia. Também foi aceita no grupo para aprender xilogravura com Osvaldo Goeldi. Lecionou gravura em metal na Escolinha de Arte do Brasil, Sesc Tijuca, no Rio de Janeiro, na Escola Guignard, em Belo Horizonte e na Universidade de Brasília (UnB). Suas obras podem ser encontradas nas coleções do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM-RJ), Museu Nacional de Belas Artes (MNBA), Museu de Arte Contemporânea da USP (MAC-USP) e Museu de Arte de Belo Horizonte.

Regina Silveira (1939) inicia seus estudos na Escola de Artes da Universidade do Rio Grande do Sul. Na década de 60, estuda pintura, xilogravura e litografia com Iberê Camargo, Francisco Stockinger e Marcelo Grassmann. A convite de Walter Zanini, leciona na Faculdade de Artes Plásticas da Fundação Armando Álvares Penteado (FAAP), onde coordenou o setor de gravura até 1985. Lecionou em faculdades no Brasil e no exterior, incluindo na Escola de Comunicações de Artes da USP (ECA/USP). Participou de exposições nacionais e internacionais, como na Bienal de São Paulo (1981, 1983 e 1998), Bienal do Mercosul (2001 e 2011), Setouchi Triennale, no Japão (2016). Tem importante atuação como artista multimídia, lidando com vídeo-arte, arte postal, realidade virtual, instalações e arte pública. Recebeu o Prêmio Fundação Bunge em 2009, Prêmio APCA em 2011 e Prêmio MASP em 2013.

Uma das mais atuantes e reconhecidas gravadoras brasileira, Renina Katz (1925) formou-se pela Escola Nacional de Belas Artes, no Rio de Janeiro, mas cedo se transferiu para São Paulo, onde continuou seus estudos, tornando-se também professora da USP. Premiada pelo Salão Nacional de Belas Artes [1951], pelo Salão Paulista de Arte Moderna [1955, 1959] e pelo Panorama de Arte Atual Brasileira [1984], suas obras mereceram mais de 50 exposições individuais no país e no exterior, assim como a participação em centenas de exposições coletivas, incluindo a participação em bienais de São Paulo e Veneza, assim como importantes coletivas em mais de quinze países. Sua obra, de início figurativa, com preocupações sociais, foi se tornando abstrata, mesmo que mantendo algum lastro em paisagens e topografias.

Ruth Bessoudo Courvoisier, Ruth Bess (1914-2015), com uma formação múltipla na conturbada Europa do entreguerras, veio para o Brasil em 1964. Frequentou o ateliê de gravura do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM-RJ), onde foi aluna de Roberto de Lamonica e Anna Letycia. Gravadora e desenhista, sua formação artística anterior se deu na Academia de Belas Artes de Hamburgo, Academia de Artes Artesanais de Copenhagem e Escola Paul Colin, em Paris. Desenvolveu em técnicas diferentes, como de água-forte, água tinta e relevo a temática de animais da fauna brasileira, como o tapires, tatus e bichos-preguiças. Suas gravuras são encontradas em acervos de instituições internacionais, como no Museu de Arte Moderna de Nova York (MoMA).

Sandra Santos (1944), natural de Recife, foi aluna de Isa Aderne e Orlando Silva. Viveu durante 10 anos no exterior, e ao voltar para o Brasil se fixou no Rio de Janeiro. Ganhou destaque pelas suas obras em xilogravura, influenciadas pela gravura nordestina. Trabalhou também com outras técnicas, como serigrafia, gravura em metal, desenho e fotografia - lecionou por 4 anos no MAM-RJ. Suas obras foram utilizadas para capas de LP’s, como o “Rosa de Ouro” e “Choros do Brasil”.

Thereza Miranda (1928) é gravadora, pintora, desenhista e professora. Nasceu no Rio de Janeiro e começou a estudar pintura em 1947, no estúdio de Carlos Chabelland (1884-1950). Na década de 1960, Thereza Miranda inicia-se na gravura em metal no Ateliê de Gravura do Museu de Arte Moderna do Rio. É precursora da fotogravura no Brasil, técnica em que utiliza a fotografia como base da gravura. Representa em suas obras cidades, portas, fachadas da arquitetura brasileira. Participou de diversas bienais no exterior, lecionou aulas de gravura e ilustração na PUC e no MAM do Rio.

Nascida em Tóquio, Tomie Ohtake (1913-2015) chega ao Brasil em 1936 e, ao se encontrar nas artes, integra um dos mais importantes grupos de artistas nipo-brasileiros, junto com Kazuo Wakabayashi, Fukushima e Manabu Mabe. Gravadora, pintora e escultora, a artista só começou a produzir aos 40 anos, influenciada pelo artista japonês Keiya Sugano. Integrou o grupo Seibi, com um breve passagem pela arte figurativa, passando logo para o abstracionismo. Na década de 1970, passa a trabalhar com gravuras em metal, serigrafia e litogravura – incursão que renovou sua obra e foi aclamada criticamente.

Pintora e gravadora nascida no Rio de Janeiro em 1920, Vera Bocayuva Mindlin (1920-1985) tem como mentores, na pintura, Alberto da Veiga Guignard, Pedro Correia de Araújo, Fernand Léger e André Lhote, e, na gravura, Oswaldo Goeldi e Iberê Camargo. Trabalhou principalmente com gravura em metal e litografia, passando pelo figurativismo e abstracionismo. Lançou um álbum de gravuras acompanhado por um poema de João Cabral de Melo Neto. Suas obras fazem parte de importantes acervos, como os do Museum of Modern Art (MoMA-NY) e do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM-RJ).

Vera Chaves Barcellos (1938) é gravadora, artista multimídia e professora. Nascida em Porto Alegre-RS, Vera dedicou-se à gravura após sua primeira viagem à Europa, onde frequentou a Central School of Arts and Crafts e a St. Martin's School, ambas em Londres; a Academie van Beeldende Kunsten, em Roterdã, Holanda; e a Académie de la Grande Chaumière, em Paris. Em 1975, volta seu aprendizado à fotografia e técnicas gráficas. Participou de inúmeras exposições no Brasil e no exterior. Atua na cena cultural de Porto Alegre com o Nervo Óptico (176-1978), Espaço N.O (1979- 1982), com a Galeria Obra Aberta (1999-2002) e, desde 2003 com a Fundação Vera Chaves Barcellos, que estimula a pesquisa no campo das Artes.

Vitória Barreiros (1997) é natural de Brasília, bacharel em Artes Visuais na Universidade de Brasília, se dedica ao estudo da cartografia e paisagem por meio de catalogação, observação, coleta e registro. Trabalha com pintura, desenho, instalação e gravura. Durante a graduação se dedicou especialmente ao ateliê de gravura em metal. Participou da residência artística Epecuen na Argentina. Suas obras são o registro de uma cartografia cotidiana do efêmero, a natureza no espaço urbano.

Zoravia Bettiol (1935) frequentou a Escola de Belas Artes de Porto Alegre e teve aulas de desenho e gravura no ateliê de Vasco Prado, com quem foi casada e manteve um ateliê-exposição. Em 1968 estagiou no ateliê de tapeçaria de Maria Laskiewicz, em Varsóvia. No mesmo ano participou II Bienal de Gravura de Crocávia e da III Bienal Americana de Gravura de Santiago do Chile. Participou da IV Bienal Internacional de Tapeçaria de Lausanne em 1969, mesmo ano em que produziu uma exposição individual dos seus trabalhos de tapeçaria em seu próprio ateliê. Ao longo de sua carreira, produziu além de tapeçaria e gravuras, desenhos, murais, joias, instalações e performance. Hoje, o Instituto Zoravia Bettiol, em Porto Alegre, tem como missão preservar e difundir o acervo documental e artístico da artista, além de apoiar manifestações de arte contemporânea.

Sobre a Galeria Oto Reifschneider

Oto Reifschneider é pesquisador, colecionador, curador e marchand - especializado em formação de coleções. Participou de exposições e projetos nacionais e internacionais. Tem artigos publicados pela USP, Academia Brasileira de Letras e Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, entre outros. Idealizou projetos como “Milan Dusek: obra gravada” e "Index DF", ambos disponíveis para consulta on-line. Fez a curadoria e produção de exposições em Brasília [Caixa Cultural, Museu da República, Universidade de Brasília] e em Doha/Qatar [Katara]. As mais recentes foram mostras individuais de Sergio Rizo, em 2018, e de Luis Matuto e Fernando Lopes, em 2019. Dedica-se a gravuras, artes gráficas e obras raras - tema de seu doutorado - há mais de quinze anos. Nesse período, foi formado um amplo acervo de arte moderna e contemporânea na galeria, que representa também artistas nacionais e internacionais, consagrados e novos talentos. A Galeria Oto Reifschneider fica na SCLN 302 Bloco E Loja 41, Asa Norte, Brasília-DF.

Posted by Patricia Canetti at 11:37 AM