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dezembro 5, 2019

Jorge Pardo na Pinacoteca, São Paulo

Artista Jorge Pardo instala ambiente interativo no Octógono da Pinacoteca

Primeira exposição no Brasil de um dos mais importantes artistas da atualidade convida o público a experimentar o que significa viver com a arte

A Pinacoteca de São Paulo, museu da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo, apresenta, de 7 de dezembro de 2019 a 2 de março de 2020, a exposição Jorge Pardo: Flamboyant, que ocupa o Octógono do edifício Pina Luz. Com curadoria de Jochen Volz, diretor-geral do museu, a mostra apresenta uma instalação interativa inédita composta de 14 peças que convida o público a experimentar um momento de fruição e de contemplação. Considerado um dos mais importantes artistas da atualidade, o cubano vem utilizando-se das linguagens do desenho e da escultura a fim de explorar os limites entre a arte, o design e os espaços de convivência.

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A tática de Pardo tem sido a de inverter a desmaterialização conceitualista inicial do objeto de arte para homenagear as coisas imaginadas no plano material. Assim, sua trajetória criativa, que ganhou grande destaque nos anos 1990 como parte do movimento de estética relacional – termo cunhado pelo crítico francês Nicolas Bourriaud –, inclui tanto mostras individuais em instituições renomadas internacionalmente e participações nas grandes exposições coletivas, como a 57ª Bienal de Veneza, como a decoração de hotéis, a exemplo do recém-inaugurado L´Arlatan, residência artística e hotel situado em Arles (França), e a ambientação de restaurantes, como o do Hammer Museum, em Los Angeles, e o do parlamento do governo federal alemão, em Berlim.

“Estou interessado em perguntar: onde a arte supostamente deve parar? É quase impossível controlar onde o movimento começa e onde termina”, afirmou o artista em abril de 2019, em entrevista a uma revista norte-americana. Para o Octógono da Pinacoteca, Pardo desenvolve um “espaço de estar” composto de um tapete redondo listrado de amarelo, de cobre e de laranja, treze luminárias e de sete cadeiras de balanço, todos desenhados e fabricados por ele. O conjunto propõe evocar uma experiência familiar à do descanso sob o pé de uma árvore, convidando o visitante a desfrutar das frondosas peças que, assim como o flamboyant, exalam uma beleza transitória.

A obra dialoga ainda com a arquitetura e a história do edifício da Pinacoteca que, até 1911, sediou o Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo. “A relação entre as belas-artes e as artes aplicadas foi fundamental na origem da Pinacoteca. É interessante que Pardo retome a discussão um século depois. A instalação de luminárias faz claramente uma referência ao grande chandelier instalado no Belvedere, antiga entrada principal do museu, cujo acesso era realizado pela Avenida Tiradentes” explica Jochen Volz.

Concebidas digitalmente, compostas de centenas de pedaços de plástico reciclado, de aço e de alumínio, cortadas a laser e finalizadas à mão pelo estúdio do artista, as luminárias estão penduradas em uma malha de cabos de aço rebaixada no espaço do Octógono. Seus efeitos serão revelados somente no espaço. "Gosto de trabalhar dessa maneira", comenta Pardo a respeito da técnica digital que permite criar arranjos complexos. "Você não sabe como será até acender a luz."

A composição do ambiente homenageia a pintura The Painter´s Studio [O ateliê do pintor], 1855, de Gustave Courbet. Tal como o artista francês concebeu aquela obra como espécie de alegoria de seu tempo e em referência a diversos signos de seu universo de influências (figuras da sociedade, a modelo nua como referência à academia, entre outras), o cubano presta sua própria homenagem ao celebrado pintor realista, transformando algumas das figuras de sua obra em ornamentos para as cadeiras. “Essa imagem de Courbet me chamou atenção porque evidencia uma negligência organizacional na qual a profundidade de campo é inexistente, revelando um ar de inacabado. O que me inspira a criar uma atmosfera na qual há um balançar em uma boa cadeira sob uma bela luz”, reflete o artista.

A exposição tem patrocínio da Tiffany&Co e Alexandre Birman e sua realização só foi possível graças ao apoio da Lei Federal de Incentivo à Cultura e ao PROAC ICMS.

SOBRE JORGE PARDO

Jorge Pardo nasceu em Havana, Cuba, em 1963, e vive e trabalha em Mérida, México. O artista estudou na Universidade de Illinois, Chicago, e recebeu seu BFA (sigla em inglês para bacharelado em belas-artes) pelo Art Center College of Design, em Pasadena, Califórnia. Vem sendo contemplado por vários prêmios ao longo de sua carreira, incluindo o MacArthur Fellowship Award (2010); o Smithsonian American Art Museum Lucelia Artist Award (2001) e o Louis Comfort Tiffany Foundation Award (1995). Tem realizado diversas exposições individuais em galerias e em instituições consagradas, incluindo David Gill Gallery, Londres (2015); neugerriemschneider, Berlin (2014); Petzel Gallery, Nova York (2014); Gagosian Gallery, Nova York (2010); Galeria Gisela Capitain, Colônia (2012); Irish Museum of Modern Art, Dublin (2010); K21 Kunstsammlung Nordrhein-Westfalen, Düsseldorf (2009); Los Angeles County Museum of Art (2008); e Museum of Contemporary Art, Miami (2007). Participou de importantes mostras coletivas como a 57ª Bienal de Veneza (2017). Suas obras integram uma série de importantes coleções públicas, incluindo o Museum of Contemporary Art, em Los Angeles; Museum of Modern Art, em Nova York e a Tate Modern, em Londres.

PROJETO OCTÓGONO

Criado em 2003, o projeto Octógono Arte Contemporânea ocupa um espaço importante da Pina, apresentando produções de arte contemporânea comissionadas pelo museu. Ao longo desses 15 anos, o projeto apresentou cerca de 40 sites-specifics de artistas brasileiros e estrangeiros, entre eles Ana Maria Tavares, Artur Lescher, Carla Zaccagnini, Carlito Carvalhosa, Joana Vasconcelos, João Loureiro, José Spaniol, Laura Vinci, Laura Lima, Regina Silveira, Rubens Mano, entre outros.


Artist Jorge Pardo sets up an interactive installation at Pinacoteca’s Octagon

The first Brazilian exhibition of one of the most important artists of our time invites the public to experience the meaning of living with art

The Pinacoteca de São Paulo museum, managed by the State of São Paulo Culture and Creative Economy Department, presents from December 7, 2019, to March 2, 2020, the show Jorge Pardo: Flamboyant, held at the Octagon in Pina Luz building. Curated by Jochen Volz, the museum’s general director, the exhibition showcases an original interactive installation comprised of 14 pieces, which invites the public to experience a moment of enjoyment and contemplation. Cuban Jorge Pardo, regarded as one of the most important artists or our time, has been making use of the languages of drawing and sculpture to explore the boundaries between art, design and shared living spaces.

Pardo’s tactics has consisted in reversing the conceptualist dematerialization of the art object in order to pay homage to imagined things on the material plane. His creative trajectory, which came into focus in the 1990s inside the relational aesthetics movement – a term coined by French critic Nicolas Bourriaud –, includes not only solo shows at renowned international institutions and participation in large group exhibitions, such as the 57th Venice Biennale, but also the interior design of hotels such as the recently-opened L´Arlatan, a hotel and artistic residence in Arles (France), and the creation of décor for restaurants such as those at the Hammer Museum, in Los Angeles, and the German federal parliament, in Berlin.

“I’m interested in asking: where is art supposed to stop? It’s almost impossible to control where that motion starts and stops,” said the artist in an interview given to an American magazine in April 2019. For Pinacoteca’s Octagon, Pardo has created a ‘living space’ which comprises a round carpet with yellow, copper and orange stripes, thirteen light fixtures and seven rocking chairs, all of which were designed and manufactured by Pardo himself. The set intends to evoke the familiar experience of resting under a tree, inviting the visitor to enjoy the lush pieces which, like the flamboyant tree (Delonix regia), exude a transient beauty.

The work also strikes a dialogue with the architecture and history of Pinacoteca’s headquarters, which housed the São Paulo Arts and Crafts Lyceum until 1911. “The relationship between fine art and applied art was very important when the Pinacoteca came into being. It is interesting to see Pardo taking up the same discussion one century later. The light fixtures installation is a clear reference to the great chandelier positioned at the Belvedere, the museum’s old main entrance, which was accessed from Tiradentes Avenue”, explains Jochen Volz.

The digitally-designed light fixtures are made of hundreds of laser-cut recycled plastic, steel and aluminum pieces put together and finished by hand at the artist’s studio. They hang from a mesh of steel cables that hovers over the Octagon. Their effects can only be revealed in space. “I like to work in this way”, says Pardo about the digital technique that allows the creation of complex layouts. “You don’t know what it will look like until you turn the lights on”.

The environmental layout is an homage to The Painter´s Studio, a 1855 painting by Gustave Courbet. Just as the French artist conceived his work as a sort of allegory of his times and made reference to several signs drawn from his universe of influences (society characters, the nude model as a reference to the academy, and others), Pardo pays his own homage to the celebrated Realist painter, using some figures from his work as ornaments for his chairs. “Courbet’s image has attracted my attention because it displays an organizational negligence in which there is no depth of field at all, revealing a feeling of lack of finish. This inspires me to create an atmosphere in which one can rock on a good chair under some beautiful lighting”, reflects the artist.

This show is sponsored by Tiffany&Co and Alexandre Birman and was only made possible by the support of the Federal Culture Incentives Law and PROAC ICMS.

ABOUT JORGE PARDO

Jorge Pardo was born in Havana, Cuba, in 1963, and lives and works in Merida, Mexico. He studied at the University of Illinois, Chicago, and got his BFA from the Art Center College of Design in Pasadena, California. Pardo has won several awards throughout his career, including the MacArthur Fellowship Award (2010); the Smithsonian American Art Museum Lucelia Artist Award (2001); and the Louis Comfort Tiffany Foundation Award (1995). He has held several solo shows at well-known galleries and institutions, such as the David Gill Gallery, London (2015); the neugerriemschneider, Berlin (2014); the Petzel Gallery, New York (2014); the Gagosian Gallery, New York (2010); the Galeria Gisela Capitain, Köln (2012); the Irish Museum of Modern Art, Dublin (2010); the K21 Kunstsammlung Nordrhein-Westfalen, Düsseldorf (2009); the Los Angeles County Museum of Art (2008); and the Museum of Contemporary Art, Miami (2007). Pardo has taken part in large collective exhibitions, such as the 57th Venice Biennale (2017). His works are present at several important public collections, including the Museum of Contemporary Art, Los Angeles; the Museum of Modern Art, New York; and Tate Modern, London.

OCTAGON PROJECT

The Octagon Contemporary Arts Project was launched in 2003 and occupies an important space at Pina, showcasing contemporary art productions commissioned by the museum. Over these 15 years, the Project has presented about 40 site-specific works by Brazilian and foreign artists such as Ana Maria Tavares, Artur Lescher, Carla Zaccagnini, Carlito Carvalhosa, Joana Vasconcelos, João Loureiro, José Spaniol, Laura Vinci, Laura Lima, Regina Silveira and Rubens Mano, among others.

Posted by Patricia Canetti at 8:58 AM