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novembro 24, 2019

Lançamento do livro de José Bechara na Lurixs, Rio de Janeiro

Lançamento do livro “José Bechara – Território Oscilante” [Barléu Edições], com textos dos críticos e curadores António Pinto Ribeiro (Portugal), Beate Reifenscheid (Alemanha) e David Barro (Espanha), a publicação tem cerca de 90 imagens das obras do artista, e do processo na montagem de suas exposições.

26 de novembro de 2019, terça-feira, às 19h

Lurixs: Arte Contemporânea
Rua Dias Ferreira 214, Leblon, Rio de Janeiro
21-2541-4935

No próximo dia 26 de novembro de 2019, às 19h, será lançado na Lurixs: Arte Contemporânea, no Rio de Janeiro, o livro “José Bechara – Território Oscilante” [Barléu Edições], que reúne a produção de 2010 a 2019 do artista. Três críticos de arte e curadores, de diferentes países, fazem uma reflexão sobre os trabalhos criados por José Bechara (1957, Rio) na última década: António Pinto Ribeiro (Lisboa, 1956), Beate Reifenscheid (Gelsenkirchen, Alemanha, 1961) e David Barro (Ferrol, Espanha, 1974). Os três, ao longo deste período, acompanharam a profícua produção de José Bechara, artista extremamente ativo no circuito internacional da arte.

Seus trabalhos podem ser vistos atualmente na coletiva “Walking Through Walls”, que celebra os 30 anos da queda do Muro de Berlim, com curadoria de Sam Bardaouil e Till Fellrath, na Gropius Bau, na capital alemã (até 19 janeiro 2020); na Bienal de Arte Contemporânea de Coimbra – A Terceira Margem, com curadoria de Agnaldo Farias, Lígia Afonso e Nuno de Brito Rocha, em Portugal (até 29 de dezembro de 2019); e na edição da BIENALSUR 2019 realizada no Museu Nacional de Riyadh, Arábia Saudita, com a coletiva “Recovering Stories, Recovering Fantasies”, em curadoria de Diana Wechsler (até 5 de dezembro de 2019). Até o próximo dia 15 de dezembro está em cartaz na Fundação Iberê Camargo, em Porto Alegre, “José Bechara – Território Oscilante”, uma grande mostra dedicada a sua obra, com curadoria de Luiz Camillo Osorio.

O editor Carlos Leal, que criou a Barléu em 2002, e já publicou mais de 50 livros dedicados à arte, comemora: “Este é sem dúvida o mais bonito!”. “É o único em que usei a quinta cor, que vai trazer um grande impacto visual ao leitor”, afirma. “O livro é gostoso de ler, e as esculturas, pinturas e instalações de José Bechara são belíssimas, e bem destacadas na publicação”.

Com capa dura, 240 páginas e trilíngue (português/inglês/espanhol) – foi mantido o idioma original de cada texto: em alemão, espanhol e português –, projeto gráfico de Rico Lins, formato: 26 x 27cm e tiragem de dois mil exemplares, o livro será distribuído para as principais livrarias de todo o Brasil. O preço será de R$ 125.

TEXTOS/AUTORES

Em “Para nadar é preciso vencer o mar”, António Pinto Ribeiro, pesquisador do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra, chama a atenção para as esculturas em vidro, e o fato de José Bechara se aproveitar de vários níveis da percepção. “Ele configura em camadas os níveis espaciais, e conduz a sua pintura para a racionalidade da experiência física, e conserva as emoções que podem detonar cores, luz e a profundidade espacial no observador”. A recente instalação do artista “Ângelas” (exibida em 2017 na grande individual no Museu de Arte Moderna) ganhou também destaque do crítico: “O artista conduz o espaço da realidade terrena para a cósmica quando, em sua instalação faz flutuar três bolas de mármore e, mais uma vez, insere as vidraças na frente e no meio, como se fossem filtros. O peso das bolas de mármore e das vidraças se torna perceptível e palpável, sendo, ao mesmo tempo, negado pela flutuação no espaço. De novo, os reflexos provocados na superfície dos vidros brincam com a falta de nitidez do próprio espaço em que o observador se encontra, pois os numerosos reflexos são como que inseridos no continuum de realidade e reflexos nas camadas e nos níveis espaciais que o observador percebe e dos quais quer se apropriar, ordenando-os. As esferas de mármore lembram inevitavelmente os planetas, e o fato de flutuarem no espaço sugere o movimento dos astros na infinitude do universo”. “Nesse trabalho, José Bechara abarca as fantasias de dimensões espaciais que, no universo, parecem se dissolver na falta de limites. É a ideia do cosmos como espaço da absoluta falta de limites, da supressão de todas as formas de limites e fronteiras. No plano espiritual, ele é assim para muita gente que crê na ação divina, e ao mesmo tempo, como realidade física”.

Beate Reifenscheid, diretora do Ludwig Museum em Koblenz, Alemanha, aborda em seu texto “Janela para o universo” o fato de o artista, “em planos bem diferentes e por meio de múltiplos meios técnicos, voltar a desafiar a percepção do tempo e do espaço, conduzindo o observador até fronteiras desconhecidas da arte”. Ela faz um rápido retrospecto da trajetória de José Bechara, desde suas pinturas “cuja finalidade parece ser texturas pictóricas abstratas”, mas que “à maneira dos artistas da arte concreta, bem como dos representantes da arte povera, inclui novos materiais, “sobretudo óxidos de ferro, que com o tempo e determinadas condições ambientais, se transforma em um traçado enferrujado”. “Durante o processo de oxidação com oxigênio, este adquire outra coloração. Assim como nas esculturas feitas em aço cortén, surge na tela uma pátina rebelde que possibilita e integra no próprio quadro a ocorrência de processos de mutação”. “Em seu cerne, a pintura sempre gira em torno dessa diferença entre espaço concreto e abstrato, provocado pelo jogo entre linhas retas – as quais, como nos contextos arquitetônicos, são capazes de criar perspectivas – e amplas áreas pintadas que, só pelas superfícies coloridas e as profundidades que lhe são imanentes, fazem imaginar o espaço”.

Beate observa que é “nas instalações esculturais de Bechara que se torna especialmente evidente com que intensidade o artista se preocupa com a penetração do espaço”. “O alumínio prateado adapta as cores do espaço à volta, absorvendo-as totalmente, por vezes, ou então refletindo e ofuscando a clara luz do sol. Com seus cubos abertos, Bechara encena o espaço como sistema modular, possibilitando diversos níveis de percepção, como em sua pintura”.

Para David Barro, curador e fundador da editora Dardo, onde coordenou mais de 60 livros nos últimos cinco anos, o aspecto que o seduz no trabalho de José Bechara “é sua maneira particular de invocar o acidente”. Em seu texto “Na tensão do olhar”, o crítico espanhol salienta que o artista “consegue que o olhar desdobre seu tempo, até que o processo reflexivo do ato de criar se imponha como método para atingir uma harmonia, uma ordem criativa”. “A priori, pode não parecer algo complexo, mas com certeza não há nada mais difícil que abraçar o inesperado, outorgando ao olhar esse protagonismo. Seguramente é a maneira mais efetiva de encarar as complexidades do século 21, avançando sem deixar de olhar pelo retrovisor, assumindo a história, nesse caso sendo capaz de percorrer a vanguarda europeia, o construtivismo brasileiro e todo tipo de derivação que pertence à tradição da pintura e da escultura”, comenta.

Ele aponta ainda que “nas obras de José Bechara, o contexto se converte em conteúdo”. “Estamos falando da parede, do solo, da arquitetura. Não se trata de uma questão menor, se observarmos o que acredito que tenha sido o ponto de inflexão mais agudo do seu trabalho, quando este passou a evidenciar-se sobretudo como uma experiência estética. Refiro-me à sua intervenção ‘A casa’ (2002), em Faxinal do Céu, no Paraná. Uma experiência real. De dentro para fora. Como se a casa vomitasse seus móveis. O espaço estava saturado”.

“José Bechara continua trabalhando com o peso, com a escala, com o equilíbrio, com as esculturas, mas nos últimos tempos introduz a gravidade e a leveza, características que, mesmo estando presentes, foram mais invisíveis em outros momentos de sua trajetória”, assinala.

MINIBIOGRAFIAS DOS AUTORES

António Pinto Ribeiro (Lisboa, 1956) é pesquisador do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra. Foi diretor artístico e curador responsável em várias instituições culturais portuguesas, como a Culturgest e a Fundação Calouste Gulbenkian. Foi comissário geral de "Passado e Presente – Lisboa Capital Ibero-Americana da Cultura 2017". Seu foco de pesquisa é a arte contemporânea, especialmente a africana e a sul-americana. É autor de vários livros.

Beate Reifenscheid (Gelsenkirchen, Alemanha, 1961) é diretora do Ludwig Museum em Koblenz, Alemanha, professora honorária da Universidade Koblenz-Landau, e presidente do ICOM da Alemanha (Conselho Internacional de Museus). Historiadora da Arte, crítica e curadora, é especializada no século 20, relações artísticas entre Europa e China e o papel dos museus. Obteve seu Ph.D em História da Arte pela Ruhr-Universität Bochum, Alemanha.

David Barro (Ferrol, Espanha, 1974) é curador e fundador e codiretor da editora Dardo, onde coordenou mais de 60 livros nos últimos cinco anos. Desde 2017, é diretor administrativo da Fundação DIDAC (Instituto de Design e Artes Contemporâneas da Fundação Dardo) e desde 2015 é professor do Mestrado em Estudos Avançados da Universidade de Salamanca. Este à frente de várias instituições e eventos, e foi curador de mais de 50 exposições individuais, além de mostras coletivas. É membro do conselho de administração da Associação de Diretores de Arte Contemporânea da Espanha.

FICHA TÉCNICA

José Bechara – Território Oscilante [Barléu Edições]
Obras de 2010 a 2019 – esculturas, pinturas e desenhos
Textos: António Pinto Ribeiro (“Para nadar é preciso vencer o mar”, Beate Reifenscheid (“Janela para o universo”), e David Barro (“Na tensão do olhar”)
Projeto gráfico: Rico Lins
Formato: 26 x 27cm
Páginas: 240
Imagens: 87
Capa dura
Preço: R$ 125
Trilíngue: port/esp/ing

Posted by Patricia Canetti at 12:03 PM