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fevereiro 5, 2019

Conversas em Gondwana no CCSP, São Paulo

Conversas em Gondwana é uma plataforma de pesquisa e experimentação em arte contemporânea entre países do Sul. Para a primeira edição do projeto, as curadoras Juliana Caffé e Juliana Gontijo convidaram cinco duplas formadas por artistas da África do Sul e do Brasil para se corresponderem durante um ano sobre temas de interesse mútuo. Essas trocas resultaram na criação de obras colaborativas inéditas que serão expostas no Centro Cultural São Paulo (CCSP), entre 7 de fevereiro e 7 de abril de 2019, com realização do Governo do Estado de São Paulo e da Secretaria de Cultura.

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As duplas são formadas pelos artistas: Aline Xavier e Haroon Gunn-Salie; Ana Hupe e Gabrielle Goliath; Clara Ianni e Mikhael Subotzky; Daniel Lima e Ismail Farouk; Paulo Nimer Pjota & Siwa Mgoboza. Partindo da perspectiva decolonial, seus trabalhos propõem repensar a história, questões de identidade, gênero e dinâmicas urbanas de exclusão. Todos os artistas sul-africanos virão ao Brasil para o desenvolvimento e ativação das obras em parceria com seus respectivos parceiros brasileiros. Além do intercâmbio e da residência oferecida aos artistas, Conversas em Gondwana também apresenta uma programação pública que inclui uma série de conversas abertas e performances.

A exposição conta ainda com uma seleção de trabalhos intitulada “Arquipélago”, da qual fazem parte: Cinthia Marcelle e Jean Meeran, Kemang Wa Lehulere, Marcelo Moscheta, Penny Siopis, Renata de Bonis e Thiago Rocha Pitta. Tal como ilhas, estas obras estabelecem relações de proximidade com os conceitos desenvolvidos pelas duplas e perpassam questões levantadas pelo projeto, ampliando a dimensão colaborativa que é intrínseca à Conversas em Gondwana.

“Gondwana” é o nome do supercontinente que há cerca de 200 milhões de anos reunia as massas continentais do que hoje chamamos América do Sul, África, Antártica, Austrália e Índia. Ao fazer alusão a este passado geológico distante, o projeto busca intensificar o fluxo de práticas e pesquisas entre os artistas, curadores e pesquisadores da região, que é caracterizada por uma conexão geográfica perdida e uma história explicitamente interligada.

ARTISTAS EM DIÁLOGO

Aline Xavier (Belo Horizonte, Brasil, 1984) é uma artista envolvida em pesquisas interdisciplinares, colaborativas e conduzidas por processos. Tem pós-graduaçao em Arte Contemporânea: Crítica e Curadoria na Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais e Instituto Inhotim(2010) e graduação em Comunicação Social na Universidade Federal de Minas Gerais (2006). Suas obras foram exibidas em instituições como a Mohsen Gallery no Irã, Goodman Gallery na África do Sul, Marta Moriarty Gallery na Espanha, Centro Georges Pompidou na França, Cinemateca do Uruguai no Uruguai, Itaú Cultural, Container Art, Oi Futuro, Centro Cultural Banco do Brasil, Gasômetro, Centro Cultural FIESP, SESC, Mostra de Cinema de Tiradentes, no Brasil. Compartilhou a direção de O Bagre Africano de Ataléia (2012) e Vão dos Buracos (2006), trabalhando com comunidades locais em Minas Gerais. Ela foi uma das curadoras e diretoras do laboratório de arte e tecnologia Marginalia+Lab (2009-2012) e é fundadora e diretora executiva do 88 Art Cinema (2006-em curso). Os prêmios recebidos incluem o 19º Prêmio Videobrasil (2015), Prêmio Especial do Júri no 13º Festival de Cinema de Vitoria (2008) e Prêmio Especial do Júri no 8º Festival de Cinema de Goiânia (2008). As residências de arte incluem Thami Mnyele Foundation (Amsterdã, 2017), Kooshk (Teerã, 2016) e Motomix (São Paulo, 2006). Atualmente vive entre Brasil e África do Sul.

Ana Hupe (Rio de Janeiro, Brasil, 1983) vive entre Rio de Janeiro e Berlim. Sua pesquisa localiza-se na fronteira entre escrita e artes visuais e atravessa situações sociais ligadas a práticas de descolonização e fluxos migratórios, reunindo uma contra-memória do arquivo colonial. Ela experimenta modos analógicos e digitais de ler e escrever fronteiras geopolíticas, práticas de descolonização, territórios utópicos e leis de cidadania. Ana entrelaça o real, o virtual e a ficção em obras que buscam dar conta do que é intuído, mas não relatado; ou seja, da invisibilidade das histórias. É doutora em artes visuais pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, tendo feito um ano de pesquisa na Universität der Künste (Berlim, 2015). Entre as exposições realizadas, destacam-se: Malungas, na Gallery Mario Kreuzberg (Berlim) e no Paço das Artes (São Paulo, 2017); Muito futuro para uma só memória, Fundação Joaquim Nabuco (Recife, 2017); Leituras para mover o centro, CCBB-RJ (Prêmio CCBB de Arte Contemporânea, 2016). http://cargocollective.com/anahupe

Clara Ianni (São Paulo, Brasil, 1987). Seu trabalho explora a relação entre arte e política, através do uso de diferentes mídias - vídeo, instalações, ações e textos. Sua pesquisa se interessa pelo diálogo entre cultura material e performance. Clara graduou-se em Artes Visuais na Universidade de São Paulo. Suas exposições incluem Utopia/Distopia, MAAT Lisboa(2017), Jakarta Bienal (2015), 31a Bienal de São Paulo(2014), Yebisu Festival, Tokio (2015), 19th Panorama VideoBrasil, 33º Panorama de Arte Brasileira, MAM São Paulo (2013), 12th Istanbul Biennal, Istanbul (2011). Entre as residências que realizou estão AIR Residency, Centre for Contemporary Art Ujazdowski Castle, Varsóvia, Polônia, HIWAR I Conversations in Amman, Jordan (2013) e Bolsa Pampulha, Museu da Pampulha, Belo Horizonte (2011). Suas obras constam nas coleções do MOMA-NY, FRAC Paris e MAM- RJ. Clara é curadora do programa “Futuro da Memória - Poéticas de Memória e Esquecimento na América Latina”, junto com o Goethe Institute, e trabalhou como assistente do curador do Museu do Louvre, Regis Michel, e na 7 Bienal de Berlin, curada por Artur Zmijewski junto com Joanna Warsza e Voina. http://www.claraianni.com/

Daniel Lima (Natal, Brasil, 1973). Vive e trabalha em São Paulo. Bacharel em artes plásticas pela Escola de Comunicação e Artes da USP e mestre em Psicologia Clínica pelo Núcleo de Estudos da Subjetividade da PUC-SP. Desde 2001, cria intervenções e interferências no espaço urbano. Próximo de trabalhos coletivos, desenvolve pesquisas relacionadas a mídia, questões raciais e processos educacionais. Membro fundador da “A revolução não será televisionada”, “Política do impossível” e “Frente 3 de Fevereiro”. Dirige a produtora e editora Invisíveis Produções. http://www.danielcflima.com/

Gabrielle Goliath (Kimberley, África do Sul, 1983) é uma artista multidisciplinar conhecida por suas negociações sensíveis em torno de temas sociais, particularmente em relação a questão de gênero e a violência sexual. Com base na música como elemento comemorativo capaz de evocar memórias nostálgicas, sua pesquisa atual visa explorar as possibilidades de performar uma memória traumática “compartilhável”, especificamente no que diz respeito a traumas vividos, e constantemente revividos, por sobreviventes de estupro na África do Sul. Goliath é atualmente Ph.D. no Instituto de Artes Criativas da Cidade do Cabo, e possui mestrado em Belas Artes (Universidade dos Witwatersrand). Ela exibiu amplamente em diversas exposições, e em 2012 participou da Bienal Dak’Art, no Senegal. O seu trabalho apresenta várias coleções públicas e privadas, incluindo a Iziko South African National Gallery, a Johannesburg Art Gallery e o Wits Art Museum. http://gabriellegoliath.com

Haroon Gunn-Salie (Cidade do Cabo, África do Sul, 1989). A prática multidisciplinar de Haroon Gunn-Salie enfoca as formas de colaboração na arte contemporânea com base no diálogo e no intercâmbio social. Gunn-Salie completou sua graduação em escultura na Escola de Belas Artes Michaelis da Universidade de Cape Town em 2012. A exposição de Gunn-Salie, intitulada Witness, apresentou trabalhos site-specific sobre questões ainda não resolvidas relacionadas a remoções forçadas durante o apartheid, trabalhando com residentes veteranos do Distrito Seis e traduzindo histórias orais da comunidade em intervenções e instalações artísticas. Seu trabalho foi exibido em exposições e projetos significativos, como: After the Thrill is Gone (2016/2017), Simon Castets, e o projeto 89-plus de Hans Ulrich Obrist, Making Africa: A Continent of Contemporary Design, no Vitra Design Museum e no Museu Guggenheim de Bilbao (2015); What Remains is Tomorrow, no Pavilhão da África do Sul na Bienal de Veneza (2015). As exposições individuais incluem: On The Line (2016), na galeria Mendes Wood DM; Agridoce (2016), no Galpão Videobrasil e Museu de Congonhas no Brasil; e History after apartheid (2015), na Goodman Gallery na África do Sul. Gunn-Salie esteve entre os cinco primeiros colocados do Sasol New Signatures art competition em 2013. No 19º Festival de Arte Contemporânea Sesc Videobrasil em 2015, recebeu o Prêmio SP-Arte / Videobrasil. Haroon Gunn-Salie atualmente vive entre Joanesburgo e Belo Horizonte.

Ismail Farouk (Durban, África do Sul, 1973) é um artista multidisciplinar e professor de arte da Universidade de Tecnologia de Durban. Seu trabalho integra diversas coleções, publicações, plataformas e exposições pelo mundo. Farouk questiona a partir de sua pesquisa modalidades e tecnologias de poder que reproduzem no cotidiano processos coloniais ainda operantes. Seu trabalho cria espaços para brincar, olhar, discutir, falar e performar com arquivos alternativos e ocultos. O artista investiga a maneira com a qual questões de gênero, raça, sexualidade, classe e corpo se cruzam com alimentos e comidas e revelam como a colonialidade resiste, é reproduzida e reimaginada no presente. Ismail quer investigar esses espaços do íntimo, o visceral, o comido, o comestível e as práticas de consumo, a fim de desestabilizar suas próprias geografias sensoriais e epistêmicas de significado para imaginar possibilidades alternativas. http://ismail-farouk.tumblr.com

Mikhael Subotzky (Cidade do Cabo, África do Sul, 1981). Suas obras são os resultados de suas tentativas em posicionar-se em relação às narrativas sociais, históricas e políticas que o cercam, tanto em seu país natal, a África do Sul, como em suas viagens frequentes. Como artista, Subotzky vem trabalhando com mídias como o cinema, instalação de vídeo e fotografia, e mais recentemente com colagem e pintura com o intuito de se engajar criticamente com a política contemporânea de representação. Em “Beaufort West” (2006-08), uma série que estreou no MoMA, Subotzky investiga a Beaufort West Prison, fazendo uma relação entre os prisioneiros e moradores das cidades vizinhas, entre profissionais do sexo e moradores de subúrbios privilegiados. Outra série, “Ponte City” (2008-), retrata residentes do prédio residencial de mesmo nome em Johanesburgo. Esse trabalho opõe a arquitetura claustrofóbica e distópica do edifício com cenas pungentes da vida familiar que o habita. As obras de Subotzky são ao mesmo tempo altamente introspectivas e reveladoras das injustiças sistêmicas causadas pelo legado colonialista da África do Sul. http://www.subotzkystudio.com

Paulo Nimer Pjota (São José do Rio Preto, Brasil, 1988). Atualmente vive e trabalha na cidade de São Paulo, onde é representado pela Galeria Mendes Wood DM. O trabalho de Paulo Nimer Pjota se concentra num estudo profundo sobre iconografia popular. Seu interesse é, sobretudo, pelos mecanismos e processos que produzem, editam e difundem manifestações humanas numa época de internet e ultra comunicação. Suas obras carregam uma seleção de imagens, cores, símbolos e suportes que dialogam com princípios socioculturais emergentes próprios a regiões periféricas. Através de pequenos resquícios objetuais, arquitetônicos e simbólicos, costumeiros a estas localidades, investiga as estreitas relações entre cultura e sobrevivência e como estas permeiam a estética e a vida. http://paulopjota.com

Siwa Mgoboza (Cidade do Cabo, África do Sul, 1993). Mgoboza, que na maior parte do tempo viveu no exterior - viveu por seis anos em Lima, no Peru; e quatro anos em Warsaw, na Polônia - hoje vive e trabalha na sua cidade natal, para onde retornou para concluir seus estudos em artes plásticas. O trabalho de Mgoboza trata do “eu africano” globalizado, da cultura atravessada pela pelos valores ocidentais, e dos espaços em que essa identidade aflora. A partir da desconstrução de esteriótipos, Mgoboza investiga os conflitos que surgem do encontro entre culturas e suas respectivas histórias, e questiona o significado de modelos e rótulos identitários. Desde 2015, Mgoboza tem se destacado em diversas exposições coletivas e individuais na África, Europa e Canada, e integrou importantes coleções publicas e privadas.

ARTISTAS NO ARQUIPÉLAGO

Cinthia Marcelle (Belo Horizonte, Brasil, 1974). Destacou-se em 2003 quando contemplada com a Bolsa Pampulha e selecionada para o programa de residência Very Real Time, Cidade do Cabo, onde desenvolveu sua primeira série fotográfica, Capa Morada, exibida na IX Bienal de Lyon (2007). Entre 2004-2005, produziu vídeos de inserções no circuito urbano, dentre eles, Confronto, premiado na V Mostra do Programa de Exposições do CCSP (2005), exibido na IX Bienal de Havana (2006) e na coleção MAM na Oca (2006). A partir de 2006, projetou-se internacionalmente quando tirou o primeiro lugar no International Prize for Performance of Trento (2006). Nos anos seguintes, sua pesquisa voltou-se para a invenção de imagens de síntese como no vídeo Fonte 193, exibido no Panorama da Arte Brasileira (2007-2008) e na coletiva Nova Arte Nova (2008). https://galeriavermelho.com.br/artista/87/cinthia-marcelle

Jean Meeran (Pietermaritzburg, África do Sul, 1973). Meeran é artista e produtor criativo de filmes na Team Tarbaby, um coletivo de artistas, cineastas e músicos da Cidade do Cabo e Cidade do México. Possui mestrado em cinema pelas Universidades da Cidade do Cabo e de Nova York. Entre os projetos desenvolvidos destacam-se o Binger Lab em Amsterdã, Produire Au Sud, MNET New Directions, Hot Docs-Blue Ice e Rotterdam Producers Lab 2015. Os prêmios de bolsas acadêmicas incluem a Fulbright e a Mellon Foundation. Os prêmios incluem Goteborg Best Pitch Sithengi 2001 (PIG), FNB-Vita 1999 (PIG), Festival Mundial de Cinema da Cidade de Newporters 2005 (Katechetik), Comitê AVA e Prêmio da Crítica 2007 (The Brown Europe Pageant / Round One) e IDFA Most Promising Prêmio Doc Durban FilmMart 2013 (Kom Haal My). Entre as exposições destacam-se as das Galerias Goodman e Bell-Roberts, National Gallery SA, e o Whitman Independant. Expôs suas fotografias na Galeria Vermelho, São Paulo, Contraditório, Madri, Lyon Bienalle 2007 e Spier Contemporary 2010. https://teamtarbaby.wordpress.com/85-2/

Kemang Wa Lehulere (Cidade do Cabo, África do Sul, 1984). Wa Lehulere envolve em suas obras diversas mídias e plataformas, objetos comuns, desenhos de giz, filmes e pinturas são alguns elementos que são utilizados em suas instalações. Seu processo de pesquisa se refere a temas relacionados à sua própria história pessoal complexa e à sua profunda relação com a do seu país, a África do Sul. As questões referentes à educação e à sala de aula, o seu nascimento e crescimento no sistema do apartheid - que permanece mesmo depois com o advento das eleições democráticas, permeiam o seu trabalho. Entre as exposições individuais destacam-se: Deutsche Bank KunstHalle (2017); Instituto de Arte de Chicago (2016); Gasworks, Londres (2015); Lombard Freid Projects, Nova Iorque (2013); Goethe-Institut, Joanesburgo (2011). Wa Lehulere foi co-fundador do Gugulective (2006), um coletivo liderado por artistas, baseado em Cape Town, e um membro fundador do Centro de Reconstituições Históricas em Joanesburgo. http://www.stevenson.info/artist/kemang-wa-lehulere

Marcelo Moscheta (São José do Rio Preto, Brasil, 1976). Um fio condutor na obra de Moscheta é a grande fascinação que tem pela natureza, assim como a sua disposição aberta à viagem e o enfrentamento com os elementos retirados da paisagem. Essa experiência de viajar e conviver em ambientes agrestes despertou seu interesse em retratar a memória de um lugar, elaborando um procedimento de classificação similar ao arqueológico e que questiona, por meio da arte, as fronteiras do território, da geografia e da física. Destacam-se em seu currículo as exposições individuais 1.000 km, 10.000 anos (2013), na Galeria Leme e a instalação Contra.Céu (2010) realizada na Capela do Morumbi. Comissionado pela 8 Bienal do Mercosul (2011), realizou sua pesquisa em toda a extensão da fronteira entre Brasil e Uruguai. Também em 2011 participou de residência artística à bordo de um veleiro em Spitsbergen, no Pólo-Norte, resultando na exposição NORTE (2012), realizada no Paço Imperial. Em 2010 foi ganhador do I Prêmio Pipa Júri Popular, com exposição no MAM Rio de Janeiro. Em 2009 foi premiado na Bienal de Gravura de Liège e fez residência em Vila Nova de Cerveira para a Bienal de Portugal, tendo participado também da 4a. edição do Rumos ItaúCultural. http://www.marcelomoscheta.art.br

Penny Siopis (Vryburg, África do Sul, 1953) vive e trabalha na Cidade do Cabo e é professora honorária na Michaelis School of Fine Art, na University of Cape Town. Ela expôs amplamente localmente e internacionalmente e participou das bienais de Veneza, Taipei, Sydney, Joanesburgo, Guangzhou, Havana e Kwangju. Uma grande pesquisa de seu trabalho, Time and Again: Uma exposição retrospectiva de Penny Siopis, foi apresentada na Galeria Nacional da África do Sul e no Wits Art Museum, em 2014 e 2015. Exposições individuais recentes incluem Restless Republic, Stevenson, Cape Town, Incarnations, ICA, Oceano Índico, Maurício e Penny Siopis: Filmes, galeria Erg, Bruxelas e obras foram incluídos na recente exposição coletiva África do Sul: A Arte de uma Nação, o Museu Britânico, em Londres. https://pennysiopis.com/

Renata De Bonis (São Paulo, Brasil, 1984). Vive e trabalha entre São Paulo e Maastricht. Atualmente está concluindo seu doutorado em Processos e Procedimentos em Arte Contemporânea na UNESP, São Paulo. Em seu trabalho existe a necessidade tornar evidente o que é aparentemente invisível, esquecido e insignificante, como um canal de reflexão em meio ao imediatismo de nossos estilos de vida acelerados dentro do antropoceno. Suas manobras sugerem e constroem uma variedade de estratégias estéticas e soluções formais que vão desde investigações esculturais a peças sonoras investigativas e efêmeras em paisagens sublimes e ecologias estéticas; desde a apropriação de fragmentos de flora, desde geografias específicas embutidas em determinadas narrativas até o uso de materiais reaproveitados para construção civil; de pinturas orientadas pelo tempo para impressões que se utilizam da cianotipia; tudo em uma tentativa de desencadear estados contemplativos de percepção para o espectador em meio à atmosfera hiper-imediata da experiência humana contemporânea competitiva. http://renatadebonis.com

Thiago Rocha Pitta (Tiradentes, Brasil, 1980). A prática diversificada de Thiago Rocha Pitta está conectada a uma fascinação profunda com as sutis transformações do seu entorno - a lenta erosão e alteração da areia do deserto, a descida de uma neblina e as flutuações de formações subaquáticas. Suas instalações, vídeos e pinturas têm capturado a vibração de um planeta vivo por meio do treinamento do olhar do observador acerca das lentas transformações materiais, as progressões físicas de minúsculas partículas de um território e as alterações repentinas do tempo. Foi vencedor dos prêmios Marcantonio Vilaça, Brasil (2005), e Open Your Mind Award, Suíça (2009). Em 2011 foi um dos finalistas do prêmio EFG Bank & ArtNexus Acquisition Award Nomination. Em 2014 participou do programa de residência artística Circulating AiR, organizado pela Stiftelsen 3,14, Noruega. http://www.galeriamillan.com.br/artistas/thiago-rocha-pitta


Conversations in Gondwana is a platform of research and experimentation in contemporary art between countries of the global South. For the first edition of the project, curators Juliana Caffé and Juliana Gontijo invited five duos formed by artists from South Africa and Brazil to keep in contact during a year. These exchanges resulted in the creation of collaborative works of art that will be exhibited for the fist time at São Paulo Cultural Center (CCSP), between February 7 and April 7, 2019, with the support of São Paulo State Government.

The duos are formed by the artists: Aline Xavier and Haroon Gunn-Salie; Ana Hupe and Gabrielle Goliath; Clara Ianni and Mikhael Subotzky; Daniel Lima and Ismail Farouk; Paulo Nimer Pjota & Siwa Mgoboza. Considering the decolonial perspective, their works address questions of history, identity, gender and urban dynamics. All the South African artists will be going to Brazil in order to develop and activate the pieces in collaboration with their Brazilian partners. In addition to the exchange and residency programs offered to the artists, Conversations in Gondwana also features a public program with a series of open conversations and performances.

The exhibition also includes a selection of works entitled "Archipelago", which includes the artists: Cinthia Marcelle and Jean Meeran, Kemang Wa Lehulere, Marcelo Moscheta, Penny Siopis, Renata de Bonis and Thiago Rocha Pitta. Just like islands, these works establish close relations with the concepts developed by the duos of Brazilian and Soyth African artists, expanding the collaborative aspect of Conversations in Gondwana.

"Gondwana" is the name of the supercontinent that about 200 million years ago united the continental masses of what we now call South America, Africa, Antarctica, Australia and India. In reference to this distant geological past, the project seeks to intensify the artistic practices and investigations among artists, curators and researchers of this region, which is characterized by a lost geographical connection and an interconnected history.

Posted by Patricia Canetti at 5:03 PM