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novembro 28, 2018

Aonde vamos? na Lume, São Paulo

Galeria Lume estreia coletiva com tom crítico e reflexivo

Com trabalhos de artistas de diferentes gerações, exposição curada por Paulo Kassab Jr. sugere reflexão acerca de questões políticas e sociais que assolam o País

Uma pausa em meio às intempéries sociais e políticas que tomam conta do País no momento presente. Uma lacuna com indagações para quem busca respostas. Como enxergamos os períodos de transição do passado e do presente? Essas são algumas das questões que conduzem a coletiva Aonde vamos?, exposição que a Galeria Lume realiza a partir de 1º de dezembro, com obras de artistas do corpo representado e também de convidados.

Com curadoria de Paulo Kassab Jr., a mostra reúne trabalhos de Adolfo Montejo Navas, Ana Vitória Mussi, Clara Ianni, Ile Sartuzi, Kilian Glasner, Nazareth Pacheco, Ole Ukena e Tiago Tebet. Direta ou indiretamente, as obras dialogam com o momento que o Brasil atravessa e, sem apresentar respostas, propõem uma série de indagações sobre a relação de uma intolerância crescente cultivada em nossa sociedade com hábitos de consumo fugazes e a imponência das redes sociais em nossas vidas.

"Enquanto nos adaptamos e reinventamos formas mais sustentáveis de conviver e compartilhar, o consumo e as redes sociais continuam a crescer como uma fonte de prazer quase orgástica. Tudo se vende, tudo se compra, tudo se expõe, tudo se posta. As eleições tornaram-se concursos de popularidade em vez de serem um debate racional de propostas. Enquanto isso, insuspeitos eleitores se deleitam com falsas notícias (fake news), posts revoltos e engajados, uma sucessão infinita de likes e deslikes", afirma Paulo Kassab Jr. "Vivemos um momento de reticência: a transição incerta entre dois governos temerários insinua uma sociedade que se instala entre a euforia e tristeza", completa.

Cenas de violência do passado e do presente se fundem nas projeções de Bang, videoinstalação de Ana Vitória Mussi, artista catarinense e radicada no Rio de Janeiro, precursora no uso da fotografia vinculada à linguagem audiovisual. Neste trabalho, ela une a ficção à realidade ao intercalar cenas de filmes que retratam a Segunda Guerra Mundial, registros fotojornalísticos da guerrilha urbana que tem sobrevida nas favelas cariocas e ainda frames aleatórios e nem por isso menos significativos: o voo do avião de combate e o salto de um atleta olímpico do documentário de Leni Riefenstahl, cineasta alemã que ganhou notoriedade por seus filmes propagandas do governo de Adolf Hitler.

Em War II, a paulistana Clara Ianni faz uma referência ao jogo de tabuleiro que divide jogadores entre continentes e seus respectivos exércitos. Nos seis painéis que compõem o trabalho, a identificação mais do que clara de um inimigo a ser, literalmente, destruído.

Nazareth Pacheco integra a exposição com duas das peças de Objetos Aprisionados, série de caixas que reúnem objetos e documentos de caráter autobiográfico, frutos de tratamentos médicos e estéticos a que a artista foi submetida durante a infância e adolescência. Aqui, os trabalhos chamam atenção justamente para a violência latente na busca incessante por um padrão de beleza socialmente estabelecido - dinâmica hoje reforçada pelas redes sociais. "O modo de vida dedicado ao externo, à aparência, impõe padrões massacrantes e, de certo modo, inatingíveis. E uma vez que o mundo real não nos permite as correções de aplicativos como Facetune ou Airbrush, recorremos a cirurgias plásticas, tratamentos e remédios que se vendem como milagrosos.

Tiago Tebet surge na mesma toada. O artista paulistano traz AssimComoEuOuAssimComoVocê e Canalhada, trabalhos que apresentou em 2017, na coletiva Fábula, frisson, melancolia, no Instituto Tomie Ohtake. Tomando sua cidade como território, faz uso de uma arquitetura que diverge daquela que é ensinada nas universidades, reforçando um descompasso sem fim com um mundo que se especializou em consumir sonhos. Ao artista, interessa o fazer passado de geração em geração. No primeiro dos trabalhos, por exemplo, sobre uma tela branca, padrões típicos de pinturas de casa. E sobre o painel que se diz parede, alguns rabiscos, que evocam aqueles que o cercam.

Posted by Patricia Canetti at 11:38 AM