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novembro 22, 2018

Alberto Baraya na Nara Roesler, Rio de Janeiro

No dia 25 de novembro, no Parque Lage, o artista realiza performance pictórica-musical em parceria com o pianista Benjamin Taubkin

Alberto Baraya, o artista-viajante contemporâneo que já participou, entre outras, da 27ª Bienal Internacional de São Paulo (2006) e da 53ª Bienal de Veneza (2009), desta vez tem o Rio de Janeiro como fonte de seu Estudios Comparados de Paisaje. Neste ano, o colombiano esteve duas vezes na cidade carioca para conceber a nova série de mais de 20 trabalhos que traz para a Galeria Nara Roesler.

A exemplo dos europeus que empreendiam expedições botânicas no período colonial, suas obras investigam territórios para criar poéticas ficcionais que refletem sobre o poder e os resquícios do colonialismo, questionando tanto o impulso de controlar o mundo por meio do ato de nomeá-lo e classificá-lo quanto a construção de identidades nacionais. Em sua última exposição na galeria, em 2010, o artista apresentou um desdobramento de seu emblemático projeto Herbario de Plantas Artificiales, séries concebidas a partir de plantas e flores de plástico das mais diversas procedências e fotos que registram o procedimento de trabalho, apropriando-se dos métodos dos naturalistas botânicos para colocar em questão o pensamento positivista, numa resistência aos princípios da educação ocidental.

No atual projeto, para criar seus Estudios Comparados de Paisaje, Baraya baseia-se na tradição das pinturas de paisagens – também conhecidas como “Panoramas” – retratadas por viajantes ou residentes, procurando debater, entre outros aspectos, a noção de paisagem nacional. Para sua Expedición Rio de Janeiro, especialmente realizada para sua nova exposição na galeria, o artista selecionou uma série de vistas panorâmicas da cidade, produzindo por meio da técnica da pintura novas telas nos mesmos locais onde estiveram os pintores acadêmicos. Baraya em seguida levou as obras ao ateliê e, por meio de intervenções, desconstruiu narrativas, convertendo as pinturas em objetos. “Algumas dessas paisagens-impressão funcionam como estágios nos quais desenvolvo comentários de interesse pessoal e social”, explica o artista. Segundo Baraya, nessa série, isso é feito através da introdução de animais-personagens estranhos àquela natureza originalmente representada. “A migração das espécies ou a qualificação de espécies exóticas se inscrevem na tradição literária e gráfica da fábula”, comenta. Ainda para ele, as paisagens-impressões são suscetíveis de serem lidas e reinterpretadas sob a perspectiva de outras categorias do conhecimento e da arte.

Parque Lage, dia 25 de novembro, às 11h

Para Baraya, no caso particular dos Estudios Comparados de Paisaje, os objetos à óleo são propostos como partituras em potencial para serem interpretadas no piano. Daí a realização de uma performance com paisagens-partituras, em parceria com Benjamin Taubkin. Como um laboratório experimental, o piano é retirado de seu cenário habitual e levado ao espaço exterior, os jardins, onde o pintor e o pianista realizam suas próprias interpretações da paisagem ao redor. Ao final do primeiro ato, as obras da exposição na Galeria Nara Roesler levadas ao local tornam-se partituras, sendo reinterpretadas pelo músico ao piano.

Alberto Baraya (1968, Bogotá, Colômbia) é conhecido por sua produção multimídia, composta por escultura, instalação, desenho, fotografia e vídeo, baseada numa abordagem que revisita de forma crítica a prática dos viajantes europeus entre os séculos XVII e XIX. Por meio de suas obras, o artista cria paródias sobre a exploração colonial e sua repercussão nas relações mundiais contemporâneas, questionando as narrativas construídas sobre o conceito de nacionalidade. No começo dos anos 2000, Baraya adotou a postura de “viajero”, empreendendo viagens exploratórias no modelo das antigas expedições botânicas e antropológicas realizadas em nome da ciência e a serviço da colonização para questionar as motivações existentes por trás da racionalidade científica, os modelos taxonômicos e os processos de mistificação que envolvem as relações identitárias. Suas obras vem sendo apresentadas em individuais e coletivas por diversas partes do mundo, além de em importantes bienais, como: Manifesta 12 (M12), Palermo, Itália (2018); 10ª Bienal do Mercosul, Porto Alegre/RS, Brasil (2015); 8ª Berlin Biennale, Berlim, Alemanha (2014); 9ª Shanghai Biennale, Shanghai, China (2012); 11ª Bienal de Cuenca, Cuenca, Equador (2011); 53ª La Biennale di Venezia, Veneza, Itália (2009); 27ª Bienal de São Paulo, São Paulo/SP, Brasil (2006); 5ª Bienal del Caribe, Santo Domingo, República Dominicana (2003); 1ª Bienal de Medellín, Medellín, Colômbia (1997); e 4ª Bienal de Bogotá, Bogotá, Colômbia (1994).

Benjamin Taubkin (1956, São Paulo, Brasil) é um dos pianistas mais conhecidos da cena brasileira, tendo gravado e lançado vários discos no Brasil e no exterior. É compositor, intérprete, arranjador, produtor musical e curador. Dirige o Núcleo Contemporâneo que se dedica à música, promove encontros, recitais, eventos e produção de discos. Destaca-se como curador de festivais e de projetos musicais que fazem a produção brasileira dialogar com outras culturas. Benjamim atua diferentes formações, do solo à Orquestra Sinfônica e já tocou ou gravou com músicos como Marcos Suzano, Banda Savana, Rafael Rabelo, Zizi Possi, Moacir Santos, Paulo Moura, Mônica Salmaso, Hermeto Paschoal, entre muitos outros.

Posted by Patricia Canetti at 4:43 PM