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outubro 9, 2017

Erwin Wurm no CCBB, Rio de Janeiro

Depois de passar com sucesso por São Paulo, Brasília e Belo Horizonte, exposição “Erwin Wurm O Corpo é a Casa”, com curadoria de Marcello Dantas, traz obras interativas e conceituais que desafiam e distorcem objetos tradicionais do cotidiano

Erwin Wurm - O Corpo é a Casa, Centro Cultural Banco do Brasil, Rio de Janeiro, RJ - 12/10/2017 a 08/01/2018

Ao percorrer o conceito de corpo e elementos domésticos e do cotidiano, o conjunto de cerca de 40 obras explora tanto noções arquitetônicas, para as quais o artista olha a partir do ponto de vista escultórico, quanto "a natureza transformativa da escultura em suas muitas encarnações", como aponta o curador. Integra o conjunto as famosas esculturas corpulentas, Fat House (Casa Gorda) (2003), a inflada Ferrari brilhante vermelha Fat Convertible (Conversível Gordo) (2004) e peças da série The Artist Who Swallowed the Word (O Artista que Engoliu o Mundo) (2006).

Esse conjunto antropomórfico e obeso sugere algumas atribuições biológicas ao objeto artístico, como o ato de consumir, tornando-o capaz então de "preencher" o seu próprio interior. Seguindo essa lógica, obras envolvendo comida também estão presentes como as roliças salsichas que mimetizam atividades humanas da série Abstract Sculptures (Esculturas abstratas), Sitting Big (Sentando Grande), de 2014, e Big Kiss (Grande Beijo), de 2015; a instalação de 37 pepinos de acrílico pintado sobre pedestais Self-Portrait as Pickles (Auto-retrato como Pickles), criada em 2008 e apresentada em diversos países desde então, e Spit on Someone’s Soup (Cuspa na Sopa de Alguém), de 2003.

"Entendo que a matéria-prima de qualquer escultura é energia e a unidade de medida de energia, que é a caloria, é o mesmo elemento que irá alterar a forma, o volume e a densidade dos materiais. E estes irão explorar a ressignificação da nossa própria energia corpórea em obras de arte simbólica, desafiando a noção de performance, escultura e arte", comenta Marcello Dantas.

Como desdobramento das investigações das estruturas arquitetônicas, Wurm olha também para seu interior e nele o universo de objetos domésticos os quais ele deforma e redimensiona. Exemplos desses são obras como a prateleira derretida feita de bronze e pátina Dodge (2012), a cadeira prensada em um bloco Angst / Lache Hochgebirge e o vaso sanitário comprimido de madeira e resina Toilet (Vaso Sanitário) (ambos de 2014), o relógio agigantado Lost (Perdido) (2015), o armário que parece ter sido esmurrado em First Ascent – North Wall (Primeira Ascenção – Parede Norte) (2016), entre outras.

Completam o conjunto as One-Minute Sculptures (Esculturas de Um Minuto), criadas nos anos 1990, nas quais são os espectadores que se tornam as esculturas a partir de instruções deixadas por Wurm. Essas sugerem que o sujeito permaneça em diferentes posições por um minuto, seja vestindo uma peça de roupa ou posicionando a própria cabeça dentro de um armário, criando assim formas efêmeras que logo em seguida se desfazem, como uma espécie de performance não programada. Também serão apresentados 13 vídeos, além de uma grande intervenção na fachada do prédio.

A experiência das obras de Erwin Wurm extrai do espectador deleite e senso de humor. Este último, segundo ele, leva o sujeito a olhar para as coisas com mais cuidado e, portanto, com maior engajamento, por isso ambos (humor e espectador) acabaram se tornando os ingredientes mais importantes do seu gesto artístico.

"Por um período de tempo eu tentei encontrar a forma mais rápida de me expressar. E isso se reflete na minha crença na franqueza. É o mesmo tipo de franqueza que você encontra nos quadrinhos, elemento que eu frequentemente uso em meu trabalho", resume Wurm. Enquanto muitos artistas se concentram em dificultar a banalidade, o austríaco está interessado em fazer da dificuldade algo leve e acessível.

Erwin Wurm nasceu em Bruck an der Mur, Áustria (1954), onde vive e trabalha entre as cidades de Viena e Limberg. O artista apresentará na 57 ª Bienal de Veneza, em 2017, a exposição intitulada Pavilhão de Luz. É a quarta vez que ele participa desta Bienal. Ganhou exposições individuais em instituições consagradas pelo mundo como o Museum für Moderne Kunst (Berlim), Museum der Moderne (Salzburg), MACRO – Museo d‘Arte Contemporanea (Roma), Museum of Contemporary Art (Sydney), Peggy Guggenheim Collection (Veneza) Palais de Tokyo (Paris), Fundación Joan Miró, (Barcelona), The Photographers Gallery (Londres), MAK - Center for Art and Architecture (Los Angeles), Städel Museum (Frankfurt), entre outros. Participou de dezenas de exposições coletivas, incluindo as mais importantes bienais como Veneza (quatro vezes), Lyon, Sevilha, Lüttich, Bucharest, Taipei, Liverpool, Montreal, Sydney e São Paulo, entre outras.

Renomado curador de exposições, diretor artístico e documentarista, Marcello Dantas é o nome por trás de algumas das principais mostras de arte no Brasil, sendo responsável por inovar o conceito de museologia no país, trazendo doses sem precedentes de tecnologia, interatividade e recursos multimídia.Em 2016, organizou a exposição “ComCiência”, da artista australiana Patricia Piccinini, realizada em São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília e Belo Horizonte, que foi a mostra de arte contemporânea mais visitada no mundo nesse ano, segundo o “The Art Newspaper”. Um dos maiores entusiastas da arte urbana no país, Dantas é responsável pelo evento de arte pública “OiR - Outras ideias para o Rio”, que expõe obras de prestigiados artistas em locações icônicas e ao ar livre no Rio de Janeiro, com edições em 2012, 2015 e 2016. Em 2017, o projeto desdobrou-se em “Outras Ideas”, trazendo pela primeira vez à cidade trabalhos dos artistas Daniel Arsham e Makoto Azuma. Além de grandes exposições nacionais, assinou a curadoria de mostras individuais de artistas estrangeiros de renome, como Christian Boltanski, Anish Kapoor, Tino Sehgal, Laurie Anderson. Foi também a mente por trás do Museu da Língua Portuguesa, do Museu do Homem Americano, do Museu da Gente Sergipana, dentre outros. Marcello Dantas é ainda curador e diretor de programação da Japan House São Paulo, iniciativa global do governo japonês que abriu as portas em maio de 2017 na Avenida Paulista.

Posted by Patricia Canetti at 8:09 PM