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abril 4, 2014

Alex Katz na Luciana Brito, São Paulo

Um dos maiores nomes da pintura norte-americana apresenta obras recentes na Luciana Brito Galeria e na sp-arte, pouco antes da inauguração de sala dedicada ao artista na Tate Modern

Alex Katz, Luciana Brito Galeria, São Paulo, SP - 08/04/2014 a 31/05/2014

Apesar de numerosas retrospectivas e exposições solo em instituições como Whitney Museu, Tokyo Seibu Museum of Art, London Institute of Contemporary Arts, MoMA PS1, Albertina Museum e Tate, e de ser tema de um dos mais aclamados ensaios do crítico Hans Belting, Alex Katz até hoje só realizou uma mostra individual no Brasil, em 2010, na Luciana Brito Galeria. A dupla de mostras que a galeria preparou para 2014, que acontece primeiro com três pinturas de grandes dimensões na sp-arte e depois com 11 trabalhos inéditos na galeria, será uma oportunidade para conhecer melhor uma produção central na história da arte moderna e contemporânea. O artista, aliás, terá uma sala exclusivamente dedicada a sua obra inaugurada na londrina Tate Modern em 28 de maio.

Mesmo para o público que teve a oportunidade de ver uma de suas retrospectivas, como a que o Whitney Museum organizou anos atrás, as exposições que a Luciana Brito Galeria organiza agora têm algo de importante a acrescentar. Isso porque, além do fato de o artista norte-americano ser pouco estudado no Brasil, essa é a primeira vez que sua série de couples (duplas, ou casais) é exibida mundialmente.

Alex Katz já havia anteriormente trabalhado a figura humana sobre fundo negro, mas, desta vez, suas opções cromáticas, somadas à presença insistente de duas pessoas, parece aprofundar um dos aspectos mais ricos de seu trabalho: a distância entre os seres. Se os tons escuros ressaltam um certo caráter de abismo que caracteriza essas distâncias, a presença de duas figuras humanas reitera que eventualmente estão representadas ali duas solidões compartilhadas.

Essa série – representada na Luciana Brito Galeria por três grandes pinturas e oito estudos – é um bom exemplo para se compreender aquilo que o artista, em entrevista ao curador e teórico Roberto Storr, comparou com a ideia do “pintor da vida moderna” forjada por Baudelaire, noção que o poeta concebeu para comentar o modo como Constantin Guys captava aspecto definidores da vida moderna. No caso de Alex Katz, pode-se dizer que – debaixo da beleza instantaneamente apreensível, do deleite visual de suas obras, do forte e depurado estilo – somos confrontados com o lado performativo da presença humana, tão exacerbado hoje em dia.

Há, na obra de Alex Katz, uma grande complexidade enunciada com extrema economia. O artista atinge esse nível de compreensão daquilo que pinta porque, como ele próprio definiu, procura retratar e não descrever. Alex Katz declaradamente dá grande importância à técnica e ao estilo, e esse tipo de rigor, somado ao modo como seus trabalhos em geral retratam pessoas elegantes e cenários que transmitem sensação imediata de conforto, pode enganar um observador apressado.

Por exemplo, nos três trabalhos que compõem a mostra do artista na sp-arte, há um cuidado na compreensão da luz que propõe uma reflexão que vai muito além do tema retratado – em termos meramente descritivos, as obras são três grandes pinturas de temas litorâneos ou solares, mas o que elas têm a dizer sobre nossa experiência no mundo e o potencial poético da pintura poderia encher compêndios.

Se estiver atento em meio às “ciladas” que uma arte tão depurada oferece, o público poderia reescrever o modo como o professor e crítico Donald Kuspit descreveu o trabalho de Alex Katz: fresco como o amanhã (“fresh as tomorrow”). O comentário foi feito sobre sua produção dos anos 60. Ao perceber o rigor e elegância com que ele se mantém abordando tanto a condição humana quanto questões formais e sensoriais, pode-se pensar em seu trabalho como ‘enigmático como o instante’.

SOBRE O ARTISTA

Nascido no Brooklin, Nova York, em 1927, Alex Katz era filho de um comerciante e uma atriz com forte interesse por poesia, ambos de origem russa. Em 1946, ingressou na Cooper Union Art School, em Manhattan, onde foi orientado por Morris Kantor. Sua primeira exposiçãoo individual acontece em 1954, na Roko Gallery, e o convívio subsequente com pintores como Larry Rivers, Fairfield Porter, o fotografo Rudolpf Burckhardt, e os poetas John Ashbery, Edwin Denby , Frank O’Hara e James Schuyler teria impacto em sua formação. No início da década de 60, influenciado pelo cinema, televisão e publicidade, passa a pintar em larga escala, interesse que ele funde a sua dedicação ao retrato. Aliás, o modo como ele utiliza os planos de fundo monocromáticos de certa forma antecipa um dos aspectos centrais da pop art. Com mais de 200 exposições individuais e quase 500 mostras coletivas em sua carreira, Alex Katz tem trabalhos em mais de 100 coleções, como as do Albright-Knox Museum, Buffalo; The Art Institute of Chicago; The Brooklyn Museum; Carnegie Museum of Art, Pittsburgh; The Metropolitan Museum of Art, New York; The Museum of Modern Art, New York; The National Gallery of Art, Washington, D.C.; The Whitney Museum of American Art, New York; Berardo Collection (Portugal); the Essl Collection (Austria); Museo Nacional Centro de Arte Reina Sofia (Espanha); Saatchi Collection (Inglaterra); Tate Gallery (Inglaterra).

Posted by Patricia Canetti at 3:59 PM