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agosto 18, 2013

Jorge Duarte - Pinturas na Coleção de Arte, Rio de Janeiro

A densidade ‘antropofágica’ de Jorge Duarte

O artista plástico comemora 30 anos de carreira com exposição que repassa sua obra na Galeria Coleção de Arte

Jorge Duarte - Pinturas, Galeria Coleção de Arte, Rio de Janeiro, RJ - 22/08/2013 a 28/09/2013

Com obras no acervo de importantes museus – como MAM (RJ e SP), MNBA (RJ), MAC (Niterói) - e dos principais colecionadores brasileiros, como João Sattamini, Gilberto Chateubriand, Lauro Cavalcanti e Frederico Morais, o artista plástico Jorge Duarte, que há cinco anos não expõe no Rio, faz uma mostra retrospectiva dos seus 30 anos de carreira, com curadoria de Santiago Navarro. Depois de 24 anos na Galeria Anna Maria Niemeyer, Jorge Duarte é agora exclusivo da Coleção de Arte, no Flamengo, onde a exposição será aberta em 21 de agosto.

“Minha questão central é a multiplicidade, a diversidade de influências. Dou liberdade total à ideia. Cada trabalho se segura por si, se basta, se resolve. Tem início, meio e fim em si mesmo”, afirma Jorge, cujo
trabalho transita entre pintura, gravura, desenhos, esculturas – sempre de maneira conceitual, questionando valores e referências da arte.

Na exposição da Coleção de Arte, telas do início dos anos 1990 misturam citações, como haicais, com imagens que remetem às pinturas populares das traseiras de caminhão. De 2006 vem Burro morto, em acrílica, tinta artesanal e arame farpado sobre tela, recriando a paisagem árida do sertão. Outro lado de Jorge Duarte também estará representado: o diálogo que propõe com a história da arte, como em Ceci beijou Peri. “É um comentário à pintura de Magritte, uma releitura do Guarani, de José de Alencar, à antropofagia de Oswald de Andrade”, diz Navarro. Ou ainda a fina ironia e ácida crítica aos costumes com sua Ode ao alfacismo, em que uma rubra alface repousa em uma tábua de carne.

Na mesma linha – ou se opondo a ela? –, outra tábua em couro bovino pirogravado e a inscrição “lar doce lar” (que dá nome à obra) sob um desenho de uma vaca. Ou o lapidário “falso fóssil fácil”, que traz um porta-garrafas duchampiano em resina acrílica e óxido de ferro sobre placas de embalagens recicladas. “É difícil resumir minha obra. Não trabalho com fases; cito o popular e o erudito; misturo materiais, referências, me pauto pela diversidade”, diz o artista. “Esta é a forma de Jorge Duarte trabalhar. Ele atua no plano da execução de uma ideia e esta execução pode ser diferente a cada trabalho. Jorge tem uma obra variada, complexa, é um artista que sempre teve uma clara preocupação com a cultura popular, mas ao mesmo tempo se distancia para poder olhar para ela”, complementa o curador Santiago Navarro, para quem o ponto de convergência de sua obra é a densidade: são várias camadas sobrepostas de sentidos.

Uma tela representa bem a relação entre a pintura de Jorge Duarte e a escrita de Jorge Duarte: em Florais, uma profusão de pequenas flores se relaciona com os micropoemas com estilo e afetividade barrocos: “Lavado por sonhos / meu olho lírico / fantasia colírios”, pinta ele, na tela. “A relação entre imagem e palavra é importante no conjunto da minha obra. São complementos que se explicam. A palavra, apenas escrita, não faria sentido. Ela só se totaliza quando pintada”, explica o artista plástico. “A trama floral e a trama textual, em todas suas apertadas materialidades visuais e sonoras, tecem uma trama de interesses, todos os quais lutam para conter aquilo que está a ponto de desmanchar, jogando no limite do sensorialmente tolerável, da tensão entre o que estimula e o que chateia”, escreve Santiago Navarro na apresentação da mostra.

Emergente da chamada Geração 80 – que lançou no mercado artistas plásticos com linhas de pensamento e estilos diferentes –, Duarte foi um dos fundadores do coletivo Imaginário Periférico, com Raimundo Rodriguez, Deneir Martins, Julio Sekigushi, entre outros. Em 1987 recebeu o Prêmio Bolsa Ivan Serpa, da FUNARTE. Ganhou uma viagem à Alemanha em 1995 para realizar o Workshop Metrópolis e Periferia. E foi vencedor do Prêmio Icatu de Artes Visuais em 1998, que lhe conferiu seis meses em Paris.

BIOGRAFIA

Biografia
Duarte, Jorge (1958)
1958 - Palma MG
Formação: 1978/1983 - Rio de Janeiro RJ - Estuda pintura e gravura na Escola Nacional de Belas Artes – Enba
1987 - Rio de Janeiro RJ - Premiado com a Bolsa Ivan Serpa da Funarte
1993 - Belém PA - Participa do júri do 12º Salão Arte Pará, na Fundação Romulo Maiorana
1998 - Niterói RJ - Faz a curadoria da exposição EBA-EAV: 8 novos artistas, na Galeria de Artes UFF
2002 - Niterói RJ - É curador da exposição Niterói Arte Hoje, no MAC-Niterói
2002 - Rio de Janeiro RJ - É curador da exposição Niterói Arte Hoje, no Centro Cultural Candido Mendes

Exposições Individuais
1983 - Niterói RJ - Individual, na Galeria Dalto
1984 - Rio de Janeiro RJ - Jorge Duarte: pinturas, na Galeria Cesar Aché
1985 - Munique (Alemanha) - Individual, na Galeria Maeder
1987 - Rio de Janeiro RJ - Individual, na Galeria Saramenha
1988 - São Paulo SP - Individual, na Subdistrito Comercial de Arte
1991 - Rio de Janeiro RJ - Individual, na Itaugaleria
1997 - Niterói RJ - Black-Out, na Galeria do Poste Arte Contemporânea
2001 - Rio de Janeiro RJ - Pictotextos, na Galeria Anna Maria Niemeyer
2004 - Rio de Janeiro RJ - Jorge Duarte: objetos pictóricos, na Galeria Anna Maria Niemeyer
2005 - Rio de Janeiro RJ - Jorge Duarte: objetos, na Galeria Anna Maria Niemeyer
2008 – Rio de Janeiro RJ – Alegorias, na Galeria Anna Maria Niemeyer

Posted by Patricia Canetti at 1:07 PM